Crises no Zimbábue e na Venezuela mostram poder do Bitcoin como o “ouro digital”

Entre as principais proteções que a moeda oferece ao investidor estão em casos contra a hiperinflação e a forte desvalorização da moeda local

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Ouvir que o Bitcoin é o ouro digital não é mais uma novidade. Desde que a moeda ganhou força, diversos analistas e economistas apontam que a maior criptomoeda do mundo tem um forte poder para fazer o papel de proteção contra volatilidade que já foi do ouro um dia.

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Recentemente, quando as discussões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte esquentaram, foi possível ver uma alta no preço do bitcoin, que especialistas indicaram ser grupos de investidores tentando driblar um cenário mais turbulento se este embate se tornasse mais forte. Mas é na crise econômica que o real poder do bitcoin se mostra.

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A Venezuela é um bom exemplo disso. Enquanto a crise econômica diminui a oferta de emprego, o poder de compra da população e leva a uma forte escassez de produtos, a situação degradante aumenta o interesse dos venezuelanos pelas criptomoedas, em especial o bitcoin.

Entre as principais proteções que a moeda oferece ao investidor estão os casos contra a hiperinflação e a forte desvalorização da moeda local, no caso o bolívar. Com bitcoin, os venezuelanos conseguem comprar produtos no exterior e evitam problemas como a falta de papel moeda. Mas é na mineração que o País vê o maior caso de procura da população.

Na Venezuela, o baixo custo da energia elétrica é uma vantagem para os mineradores. Na visão do negociador, o baixo salário mínimo e o desemprego são outros incentivos à geração de bitcoins. Mineradores têm conseguido produzir entre US$ 12 e US$ 15 por dia, valor seis vezes superior ao salário mínimo no país.

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Mais atual ainda é o caso do Zimbábue, onde o preço do bitcoin disparou e hoje já é vendido com com um prêmio de 100% ante seu valor no mercado internacional, chegando a US$ 13.000. Isso acontece em meio ao golpe militar ocorrido no país.

Em entrevista para a Bloomberg, Andrew Milne, diretor de investimentos e cofundador do Altana Digital Curreny Fund, um hedge fund de US$ 22 milhões que investe em ativos de moedas criptografadas, afirma que “o bitcoin é um refúgio seguro para pessoas de todo o mundo que não confiam em seu governo”. “Existem muitos países onde as pessoas procuram um ativo que não seja vulnerável ao colapso dos bancos”, explica.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.