Google abre caminho para que qualquer um compre na internet usando bitcoins

Com a novidade, se tornará muito mais fácil para que qualquer um aceite bitcoin e outras moedas digitais para a compra de produtos e serviços on-line

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Desenvolvedores de algumas das principais empresas de tecnologia criaram uma API de navegador que pode mudar a vida de quem quer usar criptomoedas como meio de pagamento. Com a novidade, se tornará muito mais fácil para que qualquer um aceite bitcoin e outras moedas digitais para a compra de produtos e serviços on-line.

O trabalho teve início com o W3C (World Wide Web Consortium) e conta com ajuda da Microsoft, Google, Facebook, Apple e Mozilla. A API foi implementada na semana passada, sem alarde, e já inclui navegadores como o Chrome, Edge, o Webkit da Apple e o Firefox.

Com isso, na atualização da API solicitação de pagamento, o Google adicionou a capacidade de solicitar pagamentos em bitcoin. Agora, os códigos de três letras usados para as moedas digitais passam a ser considerados como um meio de pagamento válido para o sistema, permitindo a qualquer comerciante aceitar a moeda.

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Os consumidores poderão escolher entre um menu suspenso de métodos de pagamento disponíveis, um tipo de expansão no recurso de preenchimento automático já usado. Com essa funcionalidade potencial nova, Ian Jacobs, chefe da atividade de pagamentos do W3C, disse ao portal Coindesk que agora é um bom momento para os desenvolvedores começarem a escrever código para os métodos de pagamento que eles gostariam de ver disponíveis.

Apesar deste grande passo, ainda faltam melhorias para que a tecnologia seja realmente aproveitada por todo. Isso porque, Jacobs explica que os comerciantes precisarão integrar a API e escolher quais métodos de pagamento eles querem aceitar. Com isso, os clientes precisarão baixar a extensão do navegador e indicar quais os métodos de pagamento que eles usam.

Ou seja, os comerciantes precisam construir sites que reconheçam os novos métodos de pagamento, enquanto os usuários precisam ter carteiras que “falem o protocolo que estamos escrevendo”, como disse Jacobs. “Então, por exemplo, você pode identificar um método de pagamento de bitcoin específico com um URL e, em seguida, as pessoas podem distribuir aplicativos de pagamento que declaram seu suporte para esse método de pagamento”, completou.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.