Publicidade
SÃO PAULO – Esta última semana foi bastante agitada no mercado de Bitcoin. Logo na segunda-feira, a moeda digital superou o patamar de US$ 1.000 pela primeira vez em dois anos, seguindo seu forte rali registrado desde o fim do ano passado. Por outro lado, na quinta-feira (6), as perdas chegaram a 23% com analistas considerando o estouro de uma “pequena bolha”.
O cenário está tão movimentado que até um dos maiores gestores do Brasil, Luis Stuhlberger, comentou sobre a Bitcoin em sua mais recente carta mensal. Segundo ele, a disparada da moeda digital ajuda a explicar porque a maior exposição da Verde Asset é contra o Renminbi chinês. A moeda chinesa tem desabado em um movimento exatamente oposto ao da Bitcoin. O gestor destaca que 90% dos negócios com a moeda são feitos por chineses.
“A dinâmica própria da China reforça a direção de uma moeda desvalorizada. O desafio de conter a fuga de capital está ficando cada dia mais complexo, com pressão acelerando desde setembro do ano passado e trazendo as reservas chinesas para muito próximo de US$ 3 trilhões”, diz Stuhlberger na carta.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Segundo ele, os dilemas da economia chinesa em termos de crescimento, liquidez, taxas de juro e de câmbio estão ficando mais agudos, e a probabilidade de um movimento mais forte de desvalorização do Renminbi está crescendo.
Analistas destacaram que o recente ganho de força do Bitcoin pode ter relação com o aumento da adoção da moeda por investidores profissionais e temores de instabilidade em torno das maiores economias do mundo. O preço da Bitcoin vem subindo desde os resultados das eleições nos EUA, que pressionaram o dólar norte-americano. Entre os investidores que vêm comprando mais moedas estão os chineses, que procuram proteção contra a depreciação do yuan, que vem deslizando ante o dólar.