Em expansão, mercado de bitcoin surpreende e chega a 50 mil usuários no Brasil

Executivo da Coinverse, que lançou o primeiro caixa eletrônico de bitcoin do Brasil, diz que mercado está crescendo bastante e que espera movimentar cerca de R$ 1 milhão anuais

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Mesmo com todas as polêmicas envolvendo seu uso e a falta de apoio por parte dos Bancos Centrais, as bitcoins continuam a ganhar cada vez mais mercado. Se no ano passado a moeda virtual passou por um momento de forte especulação, que levou a divisa a atingir R$ 3,250 mil para cada bitcoin, a utilização dela começa a se mostrar mais consciente, levando o mercado a ter uma maior estabilidade.

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Analistas ainda alertam para os riscos da bitcoin, que ainda é altamente especulativa, mas seu uso se tornou mais comum e já existem milhões de estabelecimentos que aceitam a moeda. Enquanto no mundo a quantidade de usuários já atingiu os 2 milhões – movimentando R$ 5 milhões por mês-, no Brasil ainda são 50 mil pessoas usando a divisa para suas transações, mas o número já é muito expressivo se comparado ao que o País tinha nos últimos anos.

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Para o diretor financeiro da Coinverse, Safiri Felix, a adesão de usuários no Brasil está superando muito as expectativas. “Tratando-se de tecnologia com curva de adoção exponencial, as trajetórias de crescimento tendem a ganhar velocidade por fatores muitas vezes inesperados, como o ocorrido em novembro do ano passado onde a cotação da moeda atingiu seu pico histórico”, explica.

A empresa é responsável por instalar o primeiro caixa eletrônico de bitcoin no Brasil e o aumento das operações está superando as expectativas, movimentando mais de R$ 200 mil desde que foi instalada em São Paulo. Deste total 90% são em operações de compra, enquanto 10% representam operações de saques em dinheiro. Segundo Safiri, a expectativa é que o interesse aumente significativamente a medida que a estratégia de educar o público vá ganhando escala, em especial pela conjuntura favorável para diversificação de investimentos.

“Temos observado um interesse crescente por parte de clientes do mercado financeiro e mesmo grande empresas interessadas em conhecer quais as potenciais implicações que o bitcoin terá nos seus modelos de negócio. Segundo nossas projeções, pretendemos movimentar cerca de R$ 1 milhão anuais”, disse o diretor da Coinverse.

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No Brasil, a companhia tem se esforçado para reduzir as dificuldades do mercado, visando facilitar o entendimento e levar a um aumento de usuários da bitcoin. “Não cobramos taxas. O cliente poderá fazer saques no Brasil em real vendendo seus bitcoins pela cotação do momento, que é atualizada de forma instantânea. Além disso, o usuário pode comprar bitcoin e enviar para aonde quiser sem multas, e sem as taxas elevadas cobradas pelas instituições financeiras aqui no Brasil,” observa Safiri.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.