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SÃO PAULO – Em maio de 2012, Osney Cola, da Equipe Trader, publicou uma análise mostrando os ciclos do mercado brasileiro desde 1963, indicando como o Ibovespa “dolarizado” sempre respeitou uma movimentação em “M” (forte alta, dois topos duplos e queda abaixo do fundo anterior) e que, por isso, havia uma enorme chance de continuarmos caindo para o fundo formado em 2008. A “profecia” de fato se cumpriu e rompemos com força a região mínima deixada no ápice da crise do subprime. Achou má notícia? Na verdade, essa é uma ótima notícia.
Em entrevista concedida ao InfoMoneyTV na útlima quinta-feira (11), o especialista da Equipe Trader mostrou que, como já atingimos o “objetivo” desse ciclo histórico do mercado, há uma grande possibilidade do Ibovespa retomar um movimento de alta rumo aos “topos duplos” formados em 2008 e em 2010 (que são justamente suas máximas históricas). O segredo do investidor agora é “girar a chave” para começar a ver com bons olhos comprar ações.
“Uma coisa que eu aprendi na prática no mercado é que se você quer ser um investidor, você tem que ter facilidade de mudar de ideia”, disse Osney durante a entrevista. Não há um momento claro para dizer que formamos um fundo e revertemos a tendência, mas há uma chance muito maior de engatarmos um movimento de alta do que acentuar ainda mais as quedas nos próximos meses – se a Bolsa seguir caindo por mais anos, é sinal que o Brasil quebrou e seus investimentos em ações seria o menor dos problemas, complementa.
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Para o investidor mais conservador, que prefere um sinal mais claro de mudança de tendência, o especialista recomenda aguardar um “zigue-zague” altista na região entre 42.000 pontos e 43.500 pontos. Sobre as ações que podem puxar essa retomada do Ibovespa, Onsey diz que não é possível cravar quais as que mais subirão, mas disse estar de olho nos papéis do setor financeiro e na Ambev, que são as que possuem maior participação na composição do índice.
Confira a entrevista feita com Osney Cola, da Equipe Trader:
O gráfico de 53 anos do Ibovespa utilizado na análise está disponível gratuitamente no site da Enfoque. Para ter acesso ao gráfico, clique aqui.
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