Queda à vista? Ibovespa perde os 56.600 pontos e analista vê possível reversão

Baixa de ontem acende a luz amarela para investidores; veja o que esperar do mercado e de Petrobras e Vale para os próximos pregões

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – Depois de operar em vários pregões do começo do ano perto dos 48 mil pontos, o Ibovespa começou um rali em março e desde então já subiu 16,8%, fazendo a festa dos comprados em Bolsa. Ontem, no entanto, o principal índice da BM&FBovespa teve uma queda de 0,74% que pode não parecer expressiva no curto prazo, mas que acende a luz amarela para os investidores. 

Com a baixa, o benchmark rompeu um importante suporte que era a região dos 56.600 pontos. De acordo com o analista técnico da Guide Investimentos, Lauro Vilares, esse ponto era importante, porque em uma tendência de alta “saudável” cada fundo é formado acima do topo anterior rompido. É aquela velha regra da análise técnica segundo a qual, quando uma resistência é rompida ela passa a funcionar como suporte e vice-versa. 

Esse nível de 56.600 pontos foi o fechamento mais alto do mês de abril, sendo rompido no começo de maio. Apesar disso, Vilares não acredita que já é possível falar em reversão, uma vez que no longo prazo a tendência ainda é altista, já que os topos e fundos do movimento ainda estão ascendentes, ou seja, cada um é formado acima do anterior, e a média móvel de 21 dias segue também em trajetória de alta. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“A tendência será realmente revertida com a perda de 55.300 pontos, pois os topos e fundos não ficariam mais ascendentes e teríamos também a perda da média de 21 dias”, explica o analista. Já para cima, os investidores que operam na ponta comprada podem começar a comemorar se a próxima resistência, lá nos 58 mil pontos for rompida. Neste caso, mais altas ficariam no horizonte do mercado brasileiro. 

Contudo, para quem espera este cenário mais otimista, a perda de uma LTA (Linha de Tendência de Alta) curta como mostrada no gráfico, pode ser um mal sinal. 

Vale é cautela, Petrobras é otimismo
Para as duas blue chips mais famosas da Bolsa, o cenário é bem diverso. 

Continua depois da publicidade

A Vale (VALE3; VALE5) segue em tendência de alta com topos e fundos ascendentes no médio prazo, porém ainda há uma preocupação com o falso rompimento do nível dos R$ 19,00, o que mostra fraqueza no curto prazo. O próximo suporte, lembra Vilares, está nos R$ 16,56, sendo que a perda deste patamar deixa a situação bem preocupante para os acionistas da empresa. “A perda da média de 21 dias já seria um sinal de alerta”, explica. Já um objetivo para quem aposta em alta são os R$ 20,78 – próximo ao patamar de abertura do dia 6 de maio. “Na quarta-feira tivemos o fechamento do gap altista aberto no começo de maio e ainda a formação de um gap de baixa. No curto prazo, não vejo motivos para manter posição em VALE5“, afirmou. 

Já no caso da Petrobras (PETR3; PETR4), o ativo segue firme, com topos e fundos ascendentes e média de 21 dias apontando para alta. “Nos últimos dias tivemos o suporte em R$ 13,33 sendo testado, com o ativo voltando a subir, isso mostrou que a tendência de alta segue forte. A perda do nível de R$ 13,33 (mínima do dia 7) deixaria a situação bem negativa e é um bom ponto para a colocação de stops para os comprados”, explica Vilares. As próximas resistências estão em R$ 14,73 e R$ 15,30, sendo que este patamar rompido trará situação bem positiva para os acionistas da petroleira.