Exportações do agronegócio mostram recuperação e crescem em volume e faturamento

Crescimento no volume exportado e no faturamento em dólar chega a dois dígitos

Datagro

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Entre dezembro de 2016 a dezembro de 2017, as exportações brasileiras do agronegócio registraram crescimento de 14% no volume. O faturamento em dólar do setor também foi maior, com alta de 12%, encerrando o último ano com US$ 96 bilhões. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que destaca o aumento nos embarques de soja e milho como principal fator de impulso nas vendas externas.

Demanda por produtos agropecuários deve continuar em alta, prevê Cepea (Foto: Appa)

De acordo com o Cepea, o faturamento em Reais foi maior (4%) devido à valorização da moeda nacional frente a dos principais parceiros comerciais do Brasil. Essa alta do Real, no entanto, reduziu a atratividade das vendas externas do agronegócio, em 3,3% no ano, mas o aumento dos preços em dólar compensou parte da perda com o câmbio. 

A participação do agronegócio nas exportações totais do Brasil chegou a 44% e ficou um pouco abaixo da participação de 2016. Ainda assim, enquanto o saldo comercial dos outros setores ficou negativo em quase US$ 15 bilhões em 2017, o superávit gerado pelo agronegócio foi superior a US$ 81 bilhões no ano, mais que compensando toda saída de moeda estrangeira (dólar) do País. Nesse cenário, a balança comercial brasileira fechou 2017 com superávit superior a US$ 66 bilhões.  

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A China segue como principal parceiro do agronegócio brasileiro, respondendo por 28,2% das exportações do setor. Europa e Estados Unidos completam a lista dos maiores compradores.

Perspectivas para 2018

A expectativa para este ano é que a produção agropecuária brasileira fique um pouco abaixo da obtida em 2017, segundo a Conab, mas isso não deve pressionar as cotações, visto que os estoques dos produtos agrícolas estão elevados, tanto no Brasil como no mundo. Do lado da demanda, um crescimento mais acelerado e sincronizado da economia mundial deve manter a procura firme, o que seria bom para o setor exportador do agronegócio brasileiro.