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A produção de café no Brasil deve fechar o ano com 44,97 milhões de sacas de 60 kg. O número indica uma queda de 12,5% em relação à colheita do ano anterior, que alcançou 51,37 milhões. Neste ano, a área de colheita também foi menor, com recuo de 4,3%, resultando em 1,87 milhão de hectares. Os dados do fechamento da safra foram divulgados hoje (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“A queda nos números se explica pela chamada bienalidade negativa do café arábica, cultivar que responde por 76,2% da produção total. O arábica tem como característica alternar uma safra alta com outra baixa, em ciclos bienais. Este ano foi de baixa, e a produção ficou em 34,25 milhões de sacas, com queda de 21,1% em relação à safra 2016”, explicou, em comunicado, a Conab.
Neste ano, a produtividade média do café arábica foi 18,8% menor, caindo para 23,07 sacas por hectare. A área colhida recuou 2,7%, e ficou em 1,48 milhão de hectares.
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Já a produção de café do tipo conilon chegou a 10,72 milhões de sacas, com aumento de 34,2% sobre a safra anterior. A produtividade média também foi positiva e atingiu 28,1 sacas/hectare, 49,4% acima das 18,81 sacas por hectare do ciclo anterior. A área colhida de conilon foi de 381,58 mil hectares, 10,2% inferior à da safra passada.
O levantamento indicou queda na colheita do grão nos principais Estados produtores. Em Minas Gerais, por exemplo, a safra foi 20,4% menor na comparação com 2016, totalizando 24,45 milhões de sacas. Já no Espírito Santo, segundo maior produtor, a queda na safra é de 1,1%, devido à falta de mudas para plantio e dos efeitos da bienalidade negativa no café arábica. Nesse cenário a produção total ficou em 8,87 milhões de sacas.
