Produtores de leite reivindicam regulamentação definitiva das importações do Uruguai

Presidente de associação alerta que custo de produção é maior do que o valor recebido pelo produtor

Datagro

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A situação da produção de leite no Brasil é grave e a regulamentação definitiva das importações do Uruguai é urgente, avalia o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues. Nesta segunda-feira (16), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a suspensão das importações do produto do país vizinho é temporária, e que a questão será tratada diretamente pelo presidente Michel Temer.

Segundo Rodrigues, o custo de produção hoje é maior que o valor recebido pelo produtor e a grande entrada de leite do Uruguai só piora a situação. “Enquanto o preço médio nacional pago ao produtor em setembro foi de R$ 1,13 (com vários Estados pagando menos de um real), o custo de produção está em torno de R$ 1,30.”

“Não queremos fechar as portas do mercado comercial na América do Sul, mas a importação precisa ser regulamentada. Da mesma forma que para a Argentina existe uma cota em torno de 4.500 toneladas/mês, para o Uruguai também deve existir. Hoje, essa importação é predatória para os produtores brasileiros, principalmente Minas Gerais que é o maior produtor de leite do Brasil. Até o mês passado já tinha entrado mais de 100 mil toneladas de leite do Uruguai. É um número gigantesco, como se estivesse abrindo uma grande empresa no País”, pontua o vice-presidente da Faemg e presidente Comissão Técnica de Leite, Eduardo de Carvalho Pena.

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De acordo com o coordenador da Câmara de leite da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Vicente Nogueira, os produtores ainda pedem que o governo brasileiro investigue se realmente há triangulação nas importações feitas do Uruguai, para que o leite da Europa entre no Brasil via Mercosul, sem ser tarifado.

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