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O agronegócio brasileiro tem sido um vendedor de ocasião, mas o setor precisa mudar esta realidade, a fim de ampliar as exportações e participar com mais qualidade das cadeias globais de valor de alimentos. O diagnóstico foi feito pelo ex-ministro da Agricultura e uma das principais lideranças do setor, Roberto Rodrigues, durante evento nesta quarta-feira (26), em São Paulo (SP).
Segundo Rodrigues, o agronegócio tem que ser compreendido e trabalhado como um projeto de País – e não algo sectário. De acordo com o ex-ministro, o setor gera divisas, emprego, renda, com efeitos positivos para demais segmentos da economia. “O agronegócio se profissionaliza cada vez mais, é cada vez mais tecnológico, urbano, e menos rural”, disse.
Na avaliação de Rodrigues, é preciso comunicar melhor a força do agronegócio brasileiro em nível internacional. Segundo o ex-ministro, além de todos os produtos dos quais somos líderes em produção e estamos bem posicionados no tocante às exportações, há uma infinidade de outros que precisam ser mais bem explorados, como, por exemplo, frutas, pescados, flores, etc. “No entanto, não falamos isso de forma clara para o mundo.”
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De acordo com Rodrigues, sem se esquecer dos mercados europeu e estadunidense, claro, é na Ásia, onde população e renda crescem, que reside as maiores oportunidades para o agronegócio brasileiro. Em sua fala, o ministro citou, ainda, números da FAO/OCDE que imputam ao Brasil o desafio de produzir mais 40% de alimentos sobre a base atual nos próximos dez anos, a fim de contribuir para garantir a segurança alimentar do planeta.
