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O sojicultor sul-mato-grossense está pagando para trabalhar, diz a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS). Esta é a realidade do produtor rural diante dos baixos preços pagos pela saca de soja.
Para entender a situação, ressalta a associação, basta voltar os olhos para Maracaju, por exemplo, principal município produtor de soja do Estado e que alcançou produtividade de 58 sc/ha na safra atual. Naquela região, o produtor que plantou soja RR1 no início do ciclo está obtendo, atualmente, renda líquida de R$ 190,11 por hectare na comercialização do grão, o que significa uma margem extremamente estreita de lucro.
Com receita total de R$ 3.517,12 por hectare para um custo total de produção de R$ 3.323,74, também por hectare, a realidade do produtor é preocupante, ainda mais quando considerado um preço médio ponderado de R$ 60,64 pago pela saca de soja.
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“Isso significa escassez de recursos para investimento em tecnologia, máquinas e insumos na próxima safra”, alerta o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto. “Hoje a maior preocupação do setor é a rentabilidade, e é até um contrassenso, mesmo com uma safra recorde e com uma produtividade tão alta, nós falarmos em crise. Mas hoje podemos dizer que o produtor de soja está vivendo uma crise de armazém cheio: colhemos bastante, mas não estamos conseguindo alcançar rentabilidade por conta dos preços baixos.”