Agropecuária tem que investir na intensificação da produção, diz Embrapa

Objetivo é que oferta tenha capacidade de atender crescimento da demanda com sustentabilidade

Datagro

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O agronegócio brasileiro tem que investir na intensificação da produção, sendo impulsionado pelo uso cada vez mais acentuado de tecnologia, a fim de ter capacidade de oferta para atender ao crescimento da demanda mundial por produtos agrícolas e simultaneamente proteger o meio ambiente.

Este foi um dos principais recados da palestra do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, em sua participação no GAF Talks, evento realizado pela DATAGRO  nesta quarta-feira (29), em São Paulo (SP).

No painel que teve como tema a sustentabilidade, Lopes destacou que o agronegócio brasileiro também precisa acelerar esforços por maior agregação de valor e especialização dos produtos. “Hoje, a sociedade de consumo é mais exigente e os mercados mais sofisticados e competitivos.”

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Segundo o presidente da Embrapa, o Brasil precisa trabalhar para construir uma marca institucional para o agronegócio brasileiro na comunidade internacional, tendo como mote que se trata da produção agrícola mais sustentável do planeta.

Também palestrante neste painel, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, exemplificou a importância da agregação de valor ao ressaltar que exportar carnes é muito mais interessante do ponto de vista financeiro do que o Brasil comercializar grãos.

Sobre o recente episódio da “Operação Carne Fraca”, Turra fez uma defesa veemente do setor de proteína animal, e alertou para o fato de que o desafio agora é compreender em quais condições de negociação os mercados estão sendo reabertos para a importação do produto brasileiro.

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O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, também participou deste painel, ressaltando o enorme avanço de produtividade que a agricultura brasileira registrou nos últimos 25 anos, sendo alavancada pelo uso de tecnologia no campo.

Segundo Rodrigues, desde a temporada 1990/91 até o ciclo 2016/17, a produção brasileira de grãos cresceu 285% e a área plantada avançou somente 58%, fato que, de acordo com o ex-ministro, fez o País poupar cerca de 86 milhões de hectares de floresta.