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De janeiro a dezembro de 2016, o volume exportado pelo agronegócio brasileiro caiu 2,6% enquanto que os preços em dólares recebidos pelos exportadores do setor recuaram 1,8%. Como resultado, o faturamento do setor registrou queda de 3,6% na comparação com 2015, totalizando US$ 86 bilhões. Em reais, a queda nas receitas foi ainda maior: 21%.
Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que relacionam a queda no faturamento com a desvalorização de 17,6% da taxa de câmbio efetiva real do agronegócio, que reduziu a atratividade das exportações do agronegócio brasileiro em 19% nesse mesmo período.
Segundo informações do Cepea, os produtos do setor que tiveram maior retração no volume embarcado foram o óleo de soja (-24,9%) e o milho (-24,4%). Por outro lado, houve aumento nos embarques de carne suína (+32,6%) e açúcar (20,5%).
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No ano passado, a China manteve foi o maior comprador de produtos agropecuários brasileiros, respondendo por 24,3% da receita, seguido por países da Zona do Euro, Estados Unidos, Japão e Irã.
Em 2017, o Cepea estima crescimento da agropecuária nacional em relação ao último ano. A expectativa é ancorada pelo aumento na renda dos asiáticos, que deve manter elevada a demanda por alimentos.
No entanto, alerta o Cepea, a mudança de tratados de comércio internacional propostas pelo governo dos Estados Unidos pode acarretar em volatilidade aos mercados, afetando o câmbio e as taxas de juros no mercado internacional. Ainda, restrições ao comércio podem ser impostas a importantes parceiros comerciais do País.
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