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Os produtores de algodão aguardam, para 2017, a liberação pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) de três novas tecnologias de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) para a cultura. Todas elas trazem eventos combinados, como tolerância a herbicidas e resistência a insetos (lagartas), informa a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A próxima reunião da CTNBio está agendada para os dias 08 e 09 de fevereiro.
Desde 2005, a CTNBio liberou 13 tecnologias transgênicas de algodão, sendo a última em 2016, após uma lacuna de quatro anos. Trata-se da Bollgard III x Roundup Ready Flex, tolerante ao herbicida glifosato e resistente a insetos (lagartas). De 1998, quando foi liberada a primeira soja transgênica no País, até 2016, CTNBio liberou a comercialização de 67 tecnologias geneticamente modificadas, entre soja, milho e algodão.
Depois de, aproximadamente, dez anos de pesquisas e investimentos em torno de US$ 150 milhões, em média, os obtentores das tecnologias desenvolvem em campo cada variedade por mais dois anos, até completarem o dossiê, que é submetido à CTNBio. Na Comissão, pela lei brasileira, são necessários 90 dias para a emissão de um parecer. “Na prática, o tempo médio tem sido de 18 meses a 24 meses”, explica o consultor técnico da Abrapa, Edivandro Seron.
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As três novas tecnologias que devem chegar ao mercado, quando aprovadas pela CTNBio, foram submetidas pela Monsanto (tolerante aos herbicidas dicamba e glufosinato de amônio); Bayer (resistente a insetos e tolerante aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio) e Dow AgroSciences (resistente a lagartas e tolerante ao glufosinato de amônio).