Publicidade
A combinação entre a adoção de boas práticas no campo, com a integração e intensificação das atividades agrícola e pecuária em uma mesma propriedade sob o guarda-chuva de uma gestão eficiente do negócio pode aumentar a produção de carne em até cinco vezes e diminuir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) provenientes do rebanho bovino em até 50% por hectare de pastagem e 90% por quilo de carne produzida.
É o que aponta estudo desenvolvido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) a partir do acompanhamento de fazendas de gado de corte, localizadas na região norte de Mato Grosso.
Durante dois anos, os pesquisadores do Imaflora acompanharam as mudanças promovidas em cinco propriedades rurais que juntas somam 3,5 mil hectares e 7,5 mil cabeças de gado. Todas tinham pastagens degradadas que passaram por reforma, entre 10% e 20% da área, com intervenções que permitiram a intensificação do sistema da produção.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Além disso, foram implantados sistemas de integração da bovinocultura, com lavouras de soja e milho, bem como a rotação de pastagem, o abate precoce e outras intervenções na forma da gestão da propriedade.
“Nos dois anos acompanhados pelo estudo, a diminuição de emissões foi de 25% por hectare de pastagem e 60% por kg de carne produzida. Pelo comportamento observado, o potencial de redução é de 50% por hectare e 90% por kg carne produzida. Além disso, as fazendas aumentaram a produção de carne em 120%”, aponta o responsável pelo trabalho, Ciniro Costa Junior, do Imaflora, que acrescenta: “os resultados são extremamente positivos, especialmente, considerando o pouco tempo em que foram obtidos”.
Dados do inventário brasileiro de emissões posicionam a pecuária como a atividade que responde por 15% do total dos GEE que são lançados na atmosfera. “A atividade pecuária, quando bem manejada, é o segmento de maior oportunidade de redução de emissões de GEE e sequestro de carbono”, diz Francisco Beduschi, presidente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS).