Operações de hedge atingem recorde entre pecuaristas do Mato Grosso

Negociações cresceram cerca de 30% sobre o volume registrado no ano anterior

Datagro

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A utilização de mecanismos de hedge (como são chamadas as negociações a termo e na BM&F/Bovespa) entre os pecuaristas do Mato Grosso cresceu em torno de 30% sobre o volume registrado em 2015, atingindo o maior índice já registrado no Estado, apontam dados da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Operações de hedge crescem 30% em Mato Grosso neste ano

Para garantir receita, informa a entidade, 42,7% dos pecuaristas optaram pelas vendas a termo e na BM&F. “O ano teve variações consideráveis nas intenções de confinamento, e o produtor teve que avaliar custos, preços do boi gordo e outras perspectivas do mercado, e escolher a melhor forma de vender seu produto. Quem observou o mercado, teve bons resultados”, afirma Francisco Manzi, superintendente da Acrimat.

Em 2016, o Estado registrou uma queda de 8% nas intenções de confinamento. Segundo a Acrimat, os custos de produção, especialmente do milho e do farelo de soja – insumos usados no confinamento – foram os fatores que incentivaram os pecuaristas a operarem com menor risco. Conforme aponta o 3º Levantamento das Intenções de Confinamento em 2016, realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em maio, o preço de balcão (spot) chegava a R$ 134/@, enquanto que as vendas a termo e na BM&F chegavam a R$ 150,00/@, acréscimo de até 12%.