Agronegócio precisa investir em marketing e em construção de marcas, diz especialista

Setor tem bons exemplos de eficiência administrativa e gerencial, incluindo o uso da tecnologia

Datagro

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O agronegócio brasileiro precisa investir em marketing e em construção de marcas para abocanhar uma fatia maior do faturamento mundial do setor, estimado hoje em aproximadamente US$ 15 trilhões. A questão é que mesmo sendo uma potência agropecuária, especialmente em commodities, o Brasil só captura 0,3% deste valor. Foi o que assinalou o professor da ESPM, José Luiz Tejon, referência em marketing no agronegócio, durante palestra na HSM Expo, realizada nesta terça-feira (08), em São Paulo (SP).

Brasil precisa aumentar participação no marketing em agronegócio

“O Brasil deve comunicar que sua missão é a de saciar a fome do mundo em nome da paz”, disse Tejon, lembrando também o desafio de se agregar valor à produção, incorporando também atributos de criatividade, design, entre outros. Em sua exposição, justamente em um evento que tratava de gestão e liderança, o professor destacou que no agronegócio as cooperativas são bons exemplos de eficiência administrativa e gerencial, exemplificando com o caso da Aurora de Santa Catarina.

Tejon mencionou, ainda, empresas como Souza Cruz [tabaco – sem entrar no mérito do ato de fumar, o que fez questão de frisar] e Agropalma [óleo de palma] como outros bons exemplos de gestão e liderança eficiente no agronegócio. “Liderar uma empresa é uma coisa, agora liderar uma cadeia produtiva completa, do antes, até o pós-porteira é muito mais difícil, e estas empresas são exemplos positivos disso”, pontuou, acrescentando que o agronegócio “vai, por exemplo, da genética à mente do consumidor”.

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E, por falar no consumidor, o professor salientou que é cada vez mais necessário que o agronegócio explique a Ciência aplicada na produção de alimentos. “Nós comemos Ciência, e o consumidor precisa ser informado e educado neste sentido.” De acordo com Tejon, para manter sua competitividade, o agronegócio brasileiro precisa de um plano de segurança científica e tecnológica. Neste ponto, acentuou que investir em agricultura de precisão digital é um dos fatores cruciais para que nos mantenhamos competitivos no mercado internacional.