Indústria de proteína animal apoia esforço da ONU para combater resistência aos antibióticos

Antibióticos conhecidos já não são mais tão eficazes como instrumentos de tratamento

Datagro

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Representantes da indústria de proteína animal, entre empresas de medicina veterinária, de alimentos, entidades, entre outros membros da cadeia produtiva das carnes, divulgaram carta em que expressam apoio ao esforço conclamado na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), realizada na semana passada, de combater a resistência aos antibióticos. A preocupação consiste no desafio de se enfrentar o problema da resistência de bactérias e vírus, por exemplo, a antibióticos conhecidos, já não tão mais eficazes como instrumentos de tratamento.

Cresce a preocupação da sociedade sobre a resistência do organismo aos antibióticos (Foto: Richa)

Na correspondência, que conta com a assinatura de pesos-pesados, como, por exemplo, Cargill, Tyson Foods e Elanco, o segmento produtivo se compromete a apoiar globalmente a eliminação do uso de antibióticos da classe compartilhada [utilizados tanto em animais quanto em seres humanos] para fins de promoção de crescimento e a ampliar esforços na busca de alternativas para se reduzir a necessidade da utilização destes medicamentos.

O cenário é que embora seja ainda uma hipótese em avaliação, existem suposições de que o consumo de carnes de animais tratados com antibióticos compartilhados possa tornar as bactérias mais resistentes e, consequentemente, o tratamento com tais medicamentos menos efetivo em humanos. Ou seja, há uma crescente preocupação da sociedade sobre a resistência do organismo humano aos antibióticos.

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Signatária da carta, a Elanco foi a primeira empresa a anunciar que pretende interromper – inclusive no Brasil -, a partir de janeiro de 2017, a venda de antibióticos de classe compartilhada utilizados como promotores de crescimento em bovinos, suínos e aves. De acordo com Karla Camargo, diretora de acesso ao mercado da Elanco, o objetivo é investir cada vez mais em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de alternativas como vacinas, enzimas e imunorrestauradores para prevenir doenças, bem como em antibióticos de uso exclusivo em animais, para assim diminuir a necessidade do uso de medicamentos de utilização compartilhada na produção de proteína animal.