Com maior demanda do mercado externo, preço dos alimentos no Brasil deve subir

Ministro da Agricultura avalia que alta nas cotações seria menos danosa para a economia do que uma eventual inflação por falta de produtos

Datagro

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Durante o lançamento do Plano Agro +, o governo admitiu a possibilidade de aumento nos preços dos alimentos a nível interno devido a elevação da demanda para o exterior. Entretanto, para Blairo Maggi, ministro da Agricultura, esse efeito de alta nas cotações seria menos danoso para a economia do que uma eventual inflação por falta de produtos, que o país pode enfrentar caso não elimine dificuldades no setor agropecuário.

Com abertura de novos mercados, carne deve ficar mais cara para o consumidor brasileiro

Segundo Maggi, os reflexos de uma maior participação dos produtos brasileiros no mercado internacional podem incluir a alta do preço desses produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros. É o caso, inclusive, da carne, que pode subir de preço no Brasil em consequência da recente abertura do mercado dos Estados Unidos para o comércio do produto in natura.

“A questão das carnes vai seguir o mesmo caminho. Se o Brasil quer ser um país aberto e participante do mercado internacional, em determinados momentos seremos penalizados. Não tenho dúvida disso. Mas em outros momentos seremos beneficiados”.

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Segundo o ministro, “a política já demonstrou que controle de preços não é um bom caminho para a sociedade andar”. Maggi, no entanto, diz que há outras saídas para o consumidor se esquivar de eventuais aumentos. “Se subir o preço da carne bovina, temos frango e suínos para fazer substituições. É nesse caminho que vamos deixar o mercado andar.”

Maggi diz não se preocupar com o efeito desses aumentos sobre os índices de inflação.

“Não tenho essa preocupação. O que preciso olhar é para o futuro. Por exemplo, nesse ano as margens dos produtores de frangos e suínos está muito ruim. Se eles olharem só o mercado desse ano, muito provavelmente disponibilizarão, no ano que vem, um alojamento menor de matrizes. Consequentemente, teríamos uma oferta menor de aves e suínos no futuro. Portanto, se não os estimularmos, ano que vem teremos oferta menor. Aí teremos uma inflação não por problemas de preços internacionais, mas uma inflação por falta de produtos”, destacou o ministro.