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SÃO PAULO – Com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o presidente interino Michel Temer corre para avançar no quebra-cabeça ministerial. Até o momento 21 nomes já foram confirmados, entre eles o ministério da Agricultura, sob comando de Blairo Maggi (PR-MT) e Meio Ambiente, liderado pelo deputado José Sarney Filho (PV-MA). Temer deve ainda divulgar a união de alguns ministérios com o objetivo de reduzir de 42 para 32 pastas.
Esse enxugamento deve fazer com que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) una-se ao ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), criando o ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, que será comandado pelo deputado Federal Osmar Terra (PMDB-RS). Entretanto, representantes do agronegócio manifestaram o desejo de que o MDA se unisse ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Ministério da Agricultura
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O senador Blairo Maggi (PR-MT) confirmado como novo ministro da agricultura é um dos membros da chamada bancada ruralista. Em 2010, ele declarou ser dono de um patrimônio de R$ 152.470.034. A declaração que mais chama atenção é a participação com 999 quotas da empresa BBM Administração e Participação, que valem R$ 109.197.109.
Fora isso, ainda aparecem várias propriedades rurais e propriedades imobiliárias na declaração do político, não apenas no Mato Grosso, mas também no Paraná e em Santa Catarina. Maggi ainda conta com aplicações em renda fixa no banco HSBC que totalizam R$ 1.393.300 e CDB (Certificado de Depósito Bancário) no Banco do Brasil totalizando R$ 2,3 milhões.
Maggi irá substituir a ex-ministra Katia Abreu (PMDB-TO), uma das principais aliadas da presidente Dilma Rousseff. Antes de assumir o ministério, Kátia Abreu era presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), na qual apesar de ter sido reeleita, teve uma administração bastante contestada. Considerada uma das vozes mais ativas em defesa do lobby ruralista, ela teve um papel fundamental em tornar o Novo Código Florestal mais flexível. Como senadora, Kátia Abreu defendeu um discurso desenvolvimentista e um controle mais rígido sobre reservas indígenas. Por essas medidas, seus opositores e membros do Greenpeace Brasil a apelidarem de “Miss Desmatamento”.
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Ministério do Meio Ambiente
Filho do ex-presidente e cacique peemedebista José Sarney, o deputado Sarney Filho assumirá pela segunda vez o ministério do Meio Ambiente, representando o PV. Em 1997, ele liderou a criação da Frente Parlamentar Ambientalista para o Desenvolvimento Sustentável, a qual coordenou até 1999, quando foi nomeado ministro do Meio Ambiente, no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). Durante gestão de três anos, Sarney Filho conquistou o respeito dos ambientalista e estreitou ainda mais sua conexão com questões ambientais. Ele foi ainda membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama-MMA) e do Conselho Consultivo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).
