Preço internacional dos alimentos sobe pelo terceiro mês seguido

No entanto, os valores ainda ficaram 10% mais baixos do que os registrados em abril do ano passado

Datagro

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SÃO PAULO – O preço dos alimentos medido mensalmente pela Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) subiu pelo terceiro mês seguido em abril. Segundo balanço da instituição, os preços alcançaram 151,8 pontos na escala da FAO no mês passado, com alta de 0,7% sobre março. No entanto, os valores ainda ficaram 10% mais baixos do que os registrados em abril do ano passado.

Segundo a FAO o aumento dos preços registrado em abril foi provocado principalmente pelo avanço no custo do óleo de palma, que alcançou a maior cotação dos últimos 17 meses em razão de expectativas de uma baixa produção e demanda em alta. Esse produto influencia a cotação de óleos vegetais, que registrou alta de 4,1% em abril para 166,4 pontos.

O grupo de cereais também teve aumento nas cotações, com custos 1,5% maiores sobre março, chegando a 150 pontos. Esse acréscimo foi resultado principalmente da elevação dos preços do milho. Já o preço das carnes subiu 1,2%, para 146,6 pontos, influenciado pelo aumento nas cotações de carne ovina e bovina.

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O preço dos açúcares caiu 1,7% sob influência do Brasil. Segundo a FAO, o País poderá obter uma das maiores safras dos últimos tempos, ao mesmo tempo em que tem demanda menor pelo etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. Caíram também em abril os preços dos laticínios. A redução foi de 2,2%, para 127,4 pontos. “As cotações dos derivados de leite continuaram a ser afetadas pelo amplo fornecimento global e interesse limitado dos tradicionais importadores”, afirmou a FAO em nota.

O Índice de Preços da FAO leva em consideração o custo de mais de 40 produtos divididos em cinco grupos de commodities: óleos vegetais, cereais, carnes, açúcar e laticínios. A entidade elabora uma escala de pontos para cada um deles e depois um índice geral com base em todos os preços. Quanto maior a pontuação, mais caros os alimentos. Quanto menor, mais baratos. Até começarem a subir, em janeiro, os preços acumularam quedas nos últimos quatro anos.