Jovens têm no agronegócio alternativa contra o desemprego

Profissões modernas e de alta qualificação, relacionadas especialmente à tecnologia digital, são cada vez mais demandadas no setor

Datagro

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SÃO PAULO – O agronegócio vem se mostrando uma exceção positiva no mercado de trabalho, especialmente para a população mais jovem, a que mais vem sofrendo com a elevação do desemprego no País. É o que afirmam especialistas, entre acadêmicos e headhunters, com significativa vivência no setor.

De acordo com Rafael Possik Jr, professor da Faculdade de Administração da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) de São Paulo (SP), a expectativa, conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é que na metade do século, o Brasil consolide ainda mais seu protagonismo como um dos grandes produtores de alimentos do mundo, respondendo por cerca de 40% da oferta global.

“Somente este número já demonstra que este mercado é promissor e esta perspectiva representa uma enorme oportunidade para os jovens interessados no agronegócio”, diz Possik, que é responsável pela disciplina “gestão do agronegócio” na instituição de ensino, que acrescenta: “o mercado profissional desta área é muito amplo, seja no campo ou na cidade”.

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Segundo o professor, atualmente a área da tecnologia é a mais demandada, porém, de acordo com Possik, os jovens têm ainda um grande leque de opções, podendo atuar em pesquisa, logística e armazenagem, além da parte financeira e administração geral do negócio, entre outras atividades.

Tiago Mavichian, headhunter, da Companhia de Estágios, vai na mesma linha de Possik ao assinalar que é no casamento entre tecnologia e agronegócio que a mão de obra jovem se torna ainda mais fundamental. “Lidar com este tipo de mercado é relativamente mais fácil para jovens estudantes porque eles já nasceram na era digital e, por mais que não pareça, essas áreas estão intimamente ligadas. Hoje, o agronegócio conta com tecnologia de ponta, nas áreas de climatologia, maquinário e pesquisas, por exemplo”, explica. De acordo com o professor da FAAP, o fato é que o gestor do agronegócio se torna a cada dia cada vez mais digital.

Mavichian pontua, ainda, que o perfil do profissional do campo já não é mais o de décadas atrás. Segundo o headhunter, profissões modernas e de alta qualificação são cada vez mais desejáveis no campo. “A procura por profissionais se estende desde veterinários, agrônomos, passando por operadores de máquinas agrícolas, e chegando até os tradicionais trabalhadores do campo e funcionários de frigoríficos e usinas, etc.”