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SÃO PAULO – Na tarde da última quarta-feira (6) o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) suspenda a seleção e assentamento de novos beneficiários da reforma agrária no país. Segundo o tribunal, há indícios de irregularidades nos processos de 578 mil beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária.
De acordo com o TCU, entre os beneficiários com suspeita de irregularidades estão empresários, servidores públicos, pessoas com renda superior a três salários-mínimos, estrangeiros, ou pessoas com sinais exteriores de riqueza, como veículos de alto valor, além de 37 mil falecidos que ainda constam na lista.
Ainda na mesma lista foram encontrados 1.017 beneficiários com cargos políticos, entre eles vereadores, deputados estaduais, vice-prefeitos, prefeitos e um senador. O TCU determinou que os pagamentos de créditos da reforma agrária sejam suspensos para os beneficiários com indícios de irregularidades, que também não terão acesso a outros benefícios e políticas públicas.
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Segundo informações da Agência Brasil, o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) terão 15 dias para se manifestar sobre a decisão do TCU.