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SÃO PAULO – As indústrias do Brasil fecharam compras de milho na Argentina e Paraguai estimadas em cerca de 500 mil toneladas para amenizar a escassez de curto prazo no país, afirmou à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, nesta quarta-feira.
As entregas do milho importado deverão ser realizadas entre abril e maio, nos Estados do Sul, importantes produtores de carnes de aves e suína. Com as importações e o progresso da colheita da primeira safra, Turra acredita que os preços do cereal, que atingiram níveis recordes, deverão iniciar uma trajetória de baixa no mercado interno.
Ontem, a ministra da Agricultura Kátia Abreu enviou ao Ministério da Fazenda proposta de isenção do PIS/COFINS para a importação de milho. Segundo ela, a medida é necessária devido ao aumento das exportações brasileiras do grão. Por isso, há necessidade de incentivar a importação para abastecer o mercado interno, com o objetivo de reduzir os custos de produção das carnes suína e de aves, já que o milho é a base na alimentação dos animais.
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Somente no primeiro bimestre do ano, as exportações brasileiras de milho alcançaram 9,8 milhões de toneladas. Em contrapartida, o custo de produção de suinocultores e avicultores subiu 10%.
