Produtos ilegais representam 20% das vendas de defensivos agrícolas no Brasil

Somente em 2014, o Paraguai importou US$ 110 milhões excedentes à necessidade interna de Benzoato de Emamectina – inseticida proibido no Brasi

Datagro

Publicidade

SÃO PAULO – A receita do setor de agroquímicos no Brasil caiu 21,56%, totalizando faturamento perto de US$ 10 bilhões. A crise econômica, a alta do dólar e a dificuldade de acesso ao crédito rural são alguns dos motivos desta redução. Porém é o contrabando de defensivos agrícolas que tem roubado grande parte da fatia deste setor. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), as vendas de produtos ilegais já representam 20% do mercado brasileiro.

Só em 2014, o Paraguai importou US$ 110 milhões excedentes à necessidade interna de Benzoato de Emamectina – inseticida proibido no Brasil, usado somente em casos de emergência sanitária em áreas com forte incidência da praga helicoverpa armigera. Para o Sindicato, este excedente foi provavelmente todo destinado ao mercado brasileiro informalmente, sem registros de agrotóxico nem regularização das importações.

Os inseticidas, produtos mais comercializados no País, é o segmento mais prejudicado pelo comércio ilegal. E os números comprovam isso: em 2015, houve queda 35,2% nas vendas do produto. “A ilegalidade no mercado é um grande problema, não somente pelas questões econômicas, mas, sobretudo, pela questão de segurança alimentar”, disse a vice-presidente executiva do Sindiveg, Silvia Fagnani.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A queda na comercialização de agroquímicos no Brasil colaborou com a redução das vendas globais de defensivos agrícolas, que caíram pela primeira vez depois de cinco anos consecutivos de alta.  De acordo com o balando do Sindiveg, o mercado mundial encolheu cerca de 10% em 2015, com receita de um pouco mais de US$ 54 bilhões.