Netflix registra 1 milhão de assinantes abaixo do esperado no 2º tri e ações desabam 14%

Companhia desapontou no crescimento de assinantes, além de receita e lucro abaixo do esperados entre abril e junho 

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após fechar com leves ganhos de 1,18%, as ações da Netflix desabam mais de 14% no after market em Nova York após a companhia desapontar no resultado do segundo trimestre, registrando um número bem abaixo do esperado em novos assinantes. Às 17h45 (horário de Brasília), os papéis da empresa tinham perdas de 14,10%, a US$ 344,00.

A Netflix viu seu número de assinantes subir em 5,15 milhões entre abril e junho, cerca de um milhão abaixo do que era esperado. Foram adicionados 670 mil novos assinantes nos Estados Unidos, contra expectativa de 1,23 milhões. Já nos dados internacionais, houve um aumento de 4,5 milhões, ante projeção do mercado de 5,11 milhões.

Em receita, a empresa registrou um resultado de US$ 3,91 bilhões, contra US$ 3,94 bilhões de projeção do mercado. O lucro líquido, por sua vez, ficou em US$ 384 milhões, ou US$ 0,85 por ação, uma alta de US$ 66 milhões em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa dos analistas era de um lucro por ação de US$ 0,79.

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Segundo a CNBC, alguns analistas já começam a se mostrar preocupados de que a companhia não vai conseguir sustentar a forte alta de suas ações, que no acumulado de 2018 já registram ganhos de mais de 100%. Eles também levantam preocupações com o aumento da concorrência vinda da Amazon, por exemplo, enquanto outras companhias como Disney e AT&T aumentam seus esforços em serviços de streaming. A expectativa é que a Netflix gaste até US$ 8 bilhões este ano em 700 séries originais.

A Netflix também divulgou um guidance menor para o terceiro trimestre, afirmando que espera adicionar um total de 5 milhões de assinantes em comparação com uma estimativa de analistas de mais de 6 milhões. Para a receita, o novo guidance agora é de US$ 3,988 bilhões, ante US$ 4,126 bilhões previstos pelo mercado.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.