Ibovespa Futuro recua após 3 pregões seguidos de alta e digerindo dados da China

Produção industrial na China decepciona em junho, enquanto PIB fica em linha com o esperado

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Os contratos futuros do Ibovespa com vencimento em agosto recuavam 0,25%, aos 76.830 pontos, às 9h14 (horário de Brasília) desta segunda-feira (16), em um movimento de correção após subirem 2.495 pontos em três pregões, assim como acompanhando a queda das commodities nesta manhã em vista dos números da economia chinesa. Por aqui, o dia promete ser agitado por conta do vencimento de opções sobre ações na B3.

O PIB (Produto Interno Bruto) da China cresceu 6,7% no segundo trimestre de 2018, uma ligeira queda frente ao crescimento de 6,8% registrado no primeiro trimestre e em linha com o esperado pelo mercado. Entretanto, a produção industrial desacelerou de 6,8% para 6% na passagem de maio para junho, enquanto as projeções eram de uma alta de 6,5%, o que pressiona as commodities metálicas, como cobre e zinco.

Além disso, temos mais um dia de forte queda para os preços do petróleo em vista das preocupações sobre o ritmo de aumento da oferta, com a reabertura de portos de exportação na Líbia, além de notícias de aumento na produção da Arábia Saudita e com Rússia e EUA indicando que também podem ampliar o fornecimento.

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No câmbio, os contratos futuros de dólar com vencimento em agosto recuavam 0,06%, aos R$ 3,856, enquanto os juros futuros com vencimento em janeiro de 2019 e 2021 operavam praticamente estáveis, aos 6,82% e 9,20%, respectivamente. Vale lembrar que o BC ofertará até 14.000 contratos de swap cambial para rolagem neste pregão.

Às 9h14, este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,03%

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*Dow Jones Futuro (EUA) +0,02%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,07%

*DAX (Alemanha) +0,12%

*FTSE (Reino Unido) -0,56%

*CAC-40 (França) -0,20%

*FTSE MIB (Itália) +0,11%

*Hang Seng (Hong Kong) +0,05% (fechado)

*Xangai (China) -0,61% (fechado)

*Nikkei (Japão) — (feriado)

*Petróleo WTI -1,62%, a US$ 69,85 o barril

*Petróleo brent -1,99%, a US$ 73,83 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,22%, a 466 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin +1,58%, R$ 25.190 (confira a cotação da moeda em tempo real)

Agenda da semana

O Banco Central divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de maio, que surpreendeu negativamente ao apontar queda de 3,34% na comparação com abril, enquanto o mercado projetava retração de 3,15% durante o mês que foi marcado pela greve dos caminhoneiros.

Já na sexta-feira (20), o IBGE divulga o IPCA-15 do mês de julho, que para a GO deve ter alta de 0,75%, levando a inflação no acumulado em 12 meses a 4,64%. Para a consultoria, a prévia da inflação continuará pressionada refletindo a alta dos preços dos alimentos em função da greve.

A política monetária dos Estados Unidos volta ao centro das atenções com dois importantes eventos podendo dar sinais sobre o futuro da taxa de juros no país. O primeiro é a sabatina do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell no Senado na terça-feira (17). Ele deverá responder perguntas sobre a guerra comercial e como seus impactos devem guiar os planos da autoridade norte-americana. Além disso, atenção ainda para a divulgação do Livro Bege, na quarta-feira (18).

Notícias do dia

Com o prazo para a definição das candidaturas se aproximando, partidos ampliam disputa por alianças eleitorais. Em destaque,  Geraldo Alckmin (PSDB) sela aliança e terá apoio do PSD de Gilberto Kassab, enquanto o PRB, sem candidato após a desistência do empresário Flávio Rocha, aproxima-se do tucano.

O PT de Lula e o PDT de Ciro Gomes continuam disputando o apoio do PSB, enquanto Alckmin faz investida para manter o partido neutro, informam os jornais. Contudo, Ciro também segue de olho nos partidos do chamado Centrão. Segundo informou o jornal O Globo no último domingo, Ciro afirmou que vai ajustar seu discurso, principalmente na área econômica, para atrair o DEM em reunião  com parlamentares do centrão. De acordo com o jornal, não houve a definição de uma aliança.

Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo, a Embraer vê demanda de 10.550 aviões até 150 assentos em 20 anos, enquanto a CSN anunciou aumento de 12,25% para o preço do aço. No noticiário das estatais, em meio a dificuldades para o leilão das distribuidoras, que foi barrado pela Justiça do Rio de Janeiro, o ministro Eduardo Guardia cogita adiar o certame para vendê-las em bloco, diz o Valor. Sobre a Vale, o governo do Espírito Santo vai à Justiça contra renovação de concessão ferroviária da mineradora, informa o Valor, que também destaca em reportagem que o governador paulista, Márcio França, exige que a União compense São Paulo por suspensão de pedágio. O mesmo jornal informa que o SUS tem a receber quase R$ 2 bilhões de operadoras de planos de saúde.

Uma série de recomendações também promete agitar o mercado brasileiro hoje. O Barclays retomou a cobertura da Marfrig, classificada como “underweight”, e da JBS, apontada como “overweight”. No mundo da aviação, o banco Goldman Sachs retomou a cobertura da Gol, com classificação “neutra”, e iniciou análise da Azul, com indicação de “compra”. Por fim, o HSBC elevou a classificação de três de empresas do varejo, com Guararapes e Marisa elevadas à “manutenção” e a Renner recebendo indicação de “compra”. 

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura