Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta sexta-feira

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Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sexta-feira (22) começa com os olhos de boa parte dos brasileiros voltados para o segundo jogo na seleção da Copa do Mundo, a partir das 9h, o que pode levar a uma diminuição no ritmo dos negócios no mercado financeiro nacional (veja mais clicando aqui).

Se os brasileiros esperam por um desempenho da seleção em campo contra a Costa Rica, a expectativa nos mercados é por uma sessão impactada positivamente pelo exterior,  que tem dólar em queda e bolsas em alta. Por outro lado, o mercado deve sofrer o impacto com a derrota de ação bilionária no TST contra a Petrobras. Veja no que ficar de olho nesta sexta:

1. Bolsas mundiais

A sessão é de ganhos para as bolsas europeias e foi mista para os mercados asiáticos em meio aos dados positivos no Velho Continente e notícias sobre possível retomada de negociações entre EUA e China. Na zona do euro, o PMI composto, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, subiu de 54,1 em maio para 54,8 em junho. O número surpreendeu os analistas, que previam queda do indicador, a 53,7.

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Já as moedas ligadas a commodities lideram ganhos contra o dólar e iene recua com notícias de que alguns representantes do governo americano estariam retomando contatos com a China para tentar evitar agravamento da guerra comercial entre os dois países. Nos últimos dias, os negócios na Ásia foram pressionados por desdobramentos da rixa comercial entre Washington e Pequim. No começo da semana, os EUA ameaçaram adotar tarifas de 10% contra até US$ 400 bilhões em bens chineses se Pequim retaliar suas medidas comerciais. Antes disso, há uma semana, Washington anunciou planos de tarifar em 25% um total de US$ 50 bilhões em produtos chineses. Na ocasião, Pequim disse que retaliaria na mesma proporção. 

Há expectativa também para o resultado de uma reunião de cúpula que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e outros dez produtores que não integram o cartel iniciaram nesta sexta, em Viena. Nas últimas semanas, Arábia Saudita e Rússia vinham defendendo um aumento na produção combinada do grupo, uma vez que os preços do petróleo recentemente atingiram os maiores níveis em três anos e meio. O Irã, porém, afirma ser contrário a um eventual acréscimo na oferta de petróleo. 

Por um acordo que está em vigor desde o começo do ano passado, a Opep e aliados têm procurado reduzir sua produção conjunta em cerca de 1,8 milhão de barris por dia (bpd). Ontem, os sauditas propuseram um aumento de 1 milhão de bpd, que, na prática, reduziria os atuais cortes na oferta a 800 mil bpd. Na expectativa pelo resultado do encontro, o petróleo aponta para uma sessão de recuperação e sobe cerca de 1%, enquanto o cobre e o níquel avançam em Londres.

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Às 8h02 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,45%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,43%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,36%

*DAX (Alemanha) +0,46%

*CAC-40 (França) +0,80%

*FTSE (Reino Unido) +0,79%

*FTSE MIB (Itália) +1,14%

*Hang Seng (Hong Kong) +0,15% (fechado)

*Xangai (China) +0,49% (fechado)

*Nikkei (Japão) -0,78% (fechado)

*Petróleo WTI +1,10%, a US$ 66,26 o barril

*Petróleo brent +1,23%, a US$ 73,95 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,33%, a 457,50 iuanes (nas últimas 24 horas) 

*Bitcoin US$ 6.377 -5,45%
R$ 25.102 -3,79% (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda do dia

Em um dia de poucos indicadores no Brasil e no exterior, o destaque fica para o encontro de Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, com investidores em Nova York. Ao longo do dia tem encontros marcados com BlackRock, Stone Harbor, JPMorgan Chase, Fidelity e Wellington. O ministro embarca de volta para o Brasil no fim do dia.

Já o Banco Central oferta até 8.800 contratos de swap cambial para rolagem de contratos de julho, das 11h30 às 11h40, com resultado a partir das 11h50. 

No exterior, os EUA divulgarão o PMI prévio de manufatura de junho às 10h45. 

Fique de olho: os jogos de hoje da Copa (horário de Brasília)

09h00 – Brasil x Costa Rica

12h00 – Sérvia x Suíça

15h00 – Nigéria x Islândia

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3. Política na IMTV

O Conexão Brasília desta semana entrevista, a partir das 14h30, Andréa Freitas, professora do Departamento de Ciência Política da Unicamp e coordenadora do Núcleo de Instituições Políticas e Eleições do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Na pauta, o cenário eleitoral e os desafios do próximo governo em gerenciar uma coalizão em um Congresso hiperfragmentado e empoderado. Também participa do programa Paulo Gama, analista político da XP Investimentos. Veja a grade completa da IMTV clicando aqui. 

4. Notícias do dia

Em destaque nos jornais, estão as perspectivas para o julgamento de novo pedido de soltura de Lula no STF, a ocorrer no próximo dia 26. Segundo o Estadão, há adeptos na Corte de uma prisão domiciliar do ex-presidente, enquanto a defesa do petista diverge sobre o pedido de prisão domiciliar (veja mais clicando aqui). Enquanto isso, o plano B para disputar a presidência pelo PT segue sendo discutido. De acordo com o mesmo jornal, emissários da legenda deflagraram um movimento para convencer integrantes do centro a não fechar aliança com Ciro Gomes (PDT), com o nome do ex-governador Jaques Wagner voltou ao topo da lista de cotados para ser o candidato do partido ao Planalto em substituição a Lula. 

Já o Valor Econômico informa que, sem consenso sobre qual pré-candidatura apoiar caso o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desista de concorrer à Presidência da República, cresce no DEM o número de defensores de que o partido teste o nome do apresentador José Luiz Datena – até então cotado para disputar o Senado em São Paulo – para o Planalto. A ideia já chegou à cúpula do partido, que encomendou pesquisa qualitativa para avaliar as opções. 

5. Noticiário corporativo

A grande notícia no radar corporativo foi a derrota sofrida pela Petrobras em ação trabalhista julgada pelo TST após a ação despencar 6,9% na véspera com expectativa para a decisão. A decisão pode obrigar empresa a pagar R$ 15 bilhões, além de aumentar folha de pagamento em R$ 2 bilhões por ano daqui para a frente. A estatal informou que irá recorrer da decisão. Por outro lado, um motivo de alívio: conforme informa o Valor, citando análise de especialistas da UFRJ, a venda de 70% do direito de exploração dos 5 bilhões de barris do contrato de cessão onerosa poderia render, ao menos, US$ 28 bilhões à estatal. A estimativa é apontada como conservadora, pois aplica o preço de US$ 8 por barril de petróleo não extraído aos 3,5 bilhões de barris a serem vendidos.

Ainda sobre estatais, as discussões em torno da privatização de seis distribuidoras de energia da Eletrobras podem atrasar a desestatização da Eletrobras, disse o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Em viagem aos Estados Unidos, ele declarou que o cronograma está cada vez mais apertado para que a venda da estatal saia ainda em 2018.  

Já a Duratex anunciou a formação de uma joint venture com a Lenzing para celulose solúvel; a companhia terá 49% de participação na união, que deverá contar com um investimentos de mais de US$ 1 bilhão. A Localiza, por sua vez, aprovou a recompra de 43 milhões de ações em 1 ano.

(Com Agência Estado e Bloomberg) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.