Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta terça-feira

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (15)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A terça-feira (15) começa com mais uma sessão de alta do dólar, ao mesmo tempo em que os mercados emergentes ficam de olho na Argentina, cujo Banco Central  tenta assegurar renovação das Lebacs. Por aqui, o desenrolar do cenário eleitoral após a pesquisa CNT/MDA e o primeiro dia de reunião do Copom também estão em foco. Veja no que se atentar:

1. Bolsas mundiais

Com o clima de aversão ao risco tomando conta do mercado neste começo de dia, o dólar volta a se fortalecer ante a maioria das moedas com o rendimento dos títulos norte-americanos superam os 3%, atingindo o maior patamar em quatro anos.

As bolsas europeias operam sem direção única nesta manhã, enquanto investidores digerem balanços corporativos e uma série de indicadores econômicos relevantes da região e na China. O PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro avançou 0,4% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores e registrou expansão anual de 2,5%, em linha com a expectativa do mercado. Por sua vez, a produção industrial cresceu 0,5% em março ante fevereiro, contrariando previsão de avanço de 0,7%.

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A China publicou no fim da noite de ontem dados de produção industrial que superaram as expectativas, mas números de vendas no varejo e de investimentos em ativos fixos que avançaram menos do que o esperado. Desta forma, as bolsas asiáticas tiveram baixa em sua maioria, ficando também à espera de desdobramentos das negociações comerciais entre Washington e Pequim.

No mercado de commodities, o petróleo sobe e volta a superar os US$ 71 o barril com riscos geopolíticos diante de protestos em Gaza e sanções contra o Irã; cobre e níquel sobem em Londres e minério fica perto da estabilidade em Dalian.

Às 8h03 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

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*S&P 500 Futuro (EUA) -0,12%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,18%

*Nasdaq Futuro (EUA) -0,18%

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*DAX (Alemanha) -0,11%

*FTSE (Reino Unido) +0,28%

*CAC-40 (França) +0,06%

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*FTSE MIB (Itália) -0,64%

*Hang Seng (Hong Kong) -1,23% (fechado)

*Xangai (China) +0,58% (fechado)

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*Nikkei (Japão) -0,21% (fechado)

*Petróleo WTI +0,97%, a US$ 71,65 o barril

*Petróleo brent +1,25%, a US$ 79,21 o barril

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*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,31%, a 485,50 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.824,01 +4,43%
R$ 32.660 +2,73% (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda econômica

Nesta terça, o IBGE divulga o resultado de março da Pesquisa Mensal de Serviços, que deve ter registrado queda de 1,5% na comparação mensal, segundo dados de pesquisa compilados pela Bloomberg. Também tem início o primeiro dia da reunião de política monetária do Copom. 

Vale destacar que hoje é o “dia D” na Argentina, o que pode movimentar e muito o câmbio no Brasil após o dólar atingir a máxima pré-impeachment de Dilma Rousseff na véspera, a R$ 3,64, com a queda da carry trade se somando às tensões externas e incertezas eleitorais realçadas pela pesquisa MDA. Nesta terça, na Argentina, vencem na moeda do país (pesos argentinos) o equivalente a US$ 27 bilhões (671,8 bilhões de pesos) em letras do Banco Central (Lebacs). O montante representa 65% de todo o dinheiro em circulação no país. Se o governo não conseguir rolar a dívida, pode haver uma saída elevada de dólares do país, piorando ainda mais a situação argentina. 

Já nos Estados Unidos, às 9h30, serão divulgados o índice Empire State de manufatura de maio e vendas no varejo avançado de abril, com estimativa de alta de 0,3% na base mensal. Atenção ainda para as falas de dirigentes do Federal Reserve: presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, fala às 9h e o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, às 14h00. Richard Clarida, nomeado vice- do Fed, e Michelle Bowman, nomeada diretora do Fed, discursam em painel do Senado às 11h.

3. IMTV

O InfoMoney recebe, a partir das 11h30 (horário de Brasília), o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) para uma entrevista ao vivo. O parlamentar é pré-candidato à presidência. Na pauta da entrevista, diagnósticos e propostas de soluções para a crise brasileira, a perda de representatividade da classe política, a possibilidade de superação do paradigma PT-PSDB nestas eleições e os dilemas da governabilidade. Veja a grade completa da IMTV clicando aqui.

4. Notícias do dia

A repercussão sobre a pesquisa eleitoral CNT/MDA segue sendo destaque no noticiário, ao mostrar liderança de Jair Bolsonaro, seguido por Marina Silva e Ciro Gomes, em cenário sem Lula. Geraldo Alckmin teve queda para 5,3%, de 8,6% em março; outros candidatos vistos como pró-reformas, como João Amoedo, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e Flavio Rocha têm menos de 1% cada; a pesquisa ainda destaca ainda o elevado percentual de votos brancos, nulos e indecisos.

Segundo a consultoria de risco político Eurasia, o desencanto com os políticos tradicionais é negativo para Alckmin, positivo para Bolsonaro ou alguém da esquerda, avaliando ainda que a chance de vitória da esquerda subiu de 20% para 25% depois que Joaquim Barbosa desistiu de concorrer.

5. Noticiário corporativo

O destaque do noticiário de empresas fica com a temporada de balanços. A Marfrig teve prejuízo líquido de R$ 206 milhões no primeiro trimestre, uma leve melhora ante o prejuízo de R$ 233 milhões registrados um ano antes, enquanto a CSN teve lucro líquido de R$ 1,48 bilhão, mais de 12 vezes (1.159%) acima do lucro líquido de R$ 117,6 milhões obtido no mesmo período de 2017. JBS, BR Malls, entre outras companhias também divulgaram seus números. 

Na Sabesp, o Conselho elegeu Karla Trindade como diretora presidente, enquanto o noticiário sobre Petrobras também é movimentado, com destaque para a cessão onerosa. O governo deve ceder entre 1 bilhão e 2 bilhões de barris de petróleo além dos 5 bilhões do acordo original, diz a colunista do Valor Econômico Claudia Safatle.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.