Banco reduz alocação em mercados emergentes e cita riscos vindos dos EUA

“É preciso ser tático neste ambiente“, disse gestor do UBS

Bloomberg

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(Bloomberg) — O UBS Group, maior gestor de fortunas do mundo, permanece otimista em relação aos ativos de mercados emergentes, mesmo após a redução de posições em ações.

A instituição ainda tem alocação desproporcionalmente maior em ações de nações em desenvolvimento, embora tenha se decidido por uma concentração não tão grande há uma semana, devido a temores referentes a uma escalada dos conflitos comerciais e à aceleração do ritmo de aperto monetário nos EUA, informou Michael Bolliger, responsável por alocação de ativos em mercados emergentes na diretoria de investimentos da UBS Wealth Management.

“É preciso ser tático neste ambiente”, disse Bolliger, em Zurique. “Geralmente, ciclos de ganhos em mercados emergentes duram anos. As pessoas podem se dar ao luxo de pausar, reavaliar, esperar o pior passar e então voltar.”

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O UBS ainda prefere ativos de nações emergentes aos de países desenvolvidos por causa da perspectiva de crescimento mais forte, segundo Bolliger. Outro fator é a menor necessidade de elevação das taxas básicas de juros nas nações em desenvolvimento — salvo algumas exceções, incluindo a China.

As bolsas emergentes recuaram quase 8 por cento desde janeiro, quando atingiram os maiores níveis em 10 anos. Bolliger favorece mercados puxados pelo crescimento doméstico ou que passam por reformas, como Brasil, África do Sul, Rússia e China.

“Os mercados emergentes irão bem em um horizonte de 12 meses ou mais”, acredita Bolliger. “É preciso ser seletivo. Examinar os detalhes para encontrar a melhor equação entre risco e retorno.”

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Estes foram alguns comentários dele sobre nações emergentes:
* O dólar voltará a cair, impulsionando as moedas de emergentes.

* Ele prefere o real e o rand sul-africano devido ao carregamento atraente.

* O peso mexicano é vulnerável a fraqueza no curto prazo e o risco eleitoral no país ainda não está “adequadamente” precificado.

* “O ambiente global ainda é relativamente benigno. Ainda há amplo crescimento e expansão dos lucros. Os valores dos ativos são preocupação relevante, mas voltaram ao segundo plano.”