Queda de 20%, upside de 30%: mercado pegou pesado com Ser e há bom potencial de ganho no preço atual

Ações da Ser Educacional recuaram forte em vista do resultado abaixo do esperado

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Penalizada pelo resultado abaixo do esperado no quarto trimestre e a grande decepção com o crescimento da base total de alunos, as ações da Ser Educacional (SEER3) estão entre os destaques de baixa da bolsa nesta sexta-feira (23) com queda superior de 20%, retornando aos níveis de agosto de 2017. Diante de uma derrocada deste tamanha, impossível não fazer a pergunta: essa é uma boa oportunidade de compra? Para os analistas do Itaú BBA, o mercado exagerou e temos um bom ponto de entrada.

De fato, o resultado do quarto trimestre foi decepcionante, principalmente quando olhamos o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que ficou 26% abaixo do esperado pelo banco de investimento, este pressionado pelo aumento expressivo da linha de despesas. Porém, isso não justifica uma queda de 26% levando em conta a mínima do dia em R$ 22,21. Para provar a tese, os analistas fizeram um teste de sensibilidade e colocaram na conta uma redução de 200 pontos-base na margem Ebitda nas projeções do modelo.

Levando em consideração essa queda expressiva de margem, o que automaticamente reduz o preço-alvo para as ações, os analistas chegaram em target de R$ 30,20 para a empresa, ou seja, ainda há um potencial de valorização de 30% em vista do preço atual. Assim, concluem: “em nossa opinião, temos um upside para o papel considerando o nível atual de preço”.

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Resultado decepcionante

Além do Ebitda ajustado e lucro líquido decepcionantes, o que de fato pesou sobre os papéis e sobre o setor de educação como um todo, foi o resultado muito abaixo do esperado do crescimento da base total de alunos. Houve um crescimento de 3,1% do quarto trimestre de 2016 para os últimos três meses de 2017, enquanto o mercado esperava por um avanço de pelo menos dois dígitos no período.

De acordo com o BTG, o resultado foi fraco, especialmente olhando a captação de alunos, tendo em vista a estratégia da empresa em reduzir o ritmo de expansão para controlar a rentabilidade em 2018 (as margens caíram 8 pontos percentuais no quarto trimestre): “acreditamos que a empresa está tomando a decisão correta no longo prazo para manter sua posição número 1 no Norte e Nordeste, mas o risco de curto/médio prazo, sem dúvida, piorou”, apontaram. Com esse resultado, as ações de outras empresas do setor caem, caso de Estácio (ESTC3) e Kroton (KROT3).