Ibovespa Futuro recua acompanhando queda das commodities; IBC-Br desacelera em janeiro

Indicador apontou queda de 0,56%, enquanto que o esperado era recuo de 0,80% na comparação mensal

Luis Taveira

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SÃO PAULO – Os contratos futuros do Ibovespa com vencimento em abril recuavam 0,31%, aos 84.700 pontos, às 9h11 (horário de Brasília) desta segunda-feira (19), acompanhando a queda das commodities, bem como dos contratos futuros norte-americanos. Além disso, destaque para o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que desacelerou em janeiro. Vale lembrar que hoje haverá vencimento de opções sobre ações na B3.

O indicador, que é considerado um prévia do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, registrou queda de 0,56% na passagem de dezembro para janeiro, revertendo a expansão de 1,41% verificada no mês anterior, mas acima da estimativa de um recuo de 0,80%. Na comparação anual, o dado mostrou alta de 2,97%, acima dos 2,14% da medição anterior e acima da expectativa de crescimento de 2,40%.

Em meio ao clima de maior aversão ao risco, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2019 operavam praticamente estáveis, cotados a 6,47%, enquanto que os com vencimento em janeiro de 2021 subiam 1 ponto-base, a 8,23%. Enquanto isso, os contratos futuros de dólar com vencimento em abril subiam 0,15%, aos R$ 3,289.

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  1. Bolsas mundiais

Os contratos futuros norte-americanos recuam nesta manhã, na espera pela reunião do Fed que acontecerá nesta semana, a primeira comandada por Jerome Powell. A expectativa é de que o BC dos EUA eleve a taxa de juros na quarta-feira (21) e os investidores estarão atentos às possíveis sinalizações que indiquem quantas altas ocorrerão durante 2018.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida. No Japão, a bolsa fechou em queda, pesando novamente as acusações de uma venda irregular de terreno que afetam o primeiro-ministro Shinzo Abe e ainda em meio a preocupação com o cenário político nos EUA. Mais uma vez surgem informações de que Donald Trump, presidente norte-americano, está preparando proposta para taxação de produtos chineses.

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As sobretaxas giram ao redor de US$ 30 bilhões e seriam utilizadas para reduzir o déficit comercial com o gigante asiático. Apesar disso, o dia foi positivo na China após o Congresso Nacional do Povo confirmar novos mandatos para o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang, além de nomear Yi Gang para chefiar o Banco Central chinês.

O minério de ferro continua em sua trajetória de queda diante de temores sobre os estoques no país. Vale destacar ainda que as tarifas norte-americanas ao aço e alumínio entram em vigor nesta semana. Enquanto isso, o petróleo também recua, com aumento de produção nos EUA.

Às 9h02, este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,59%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,55%

*DAX (Alemanha) -0,86%

*FTSE (Reino Unido) -1,26%

*CAC-40 (França) -0,66%

*FTSE MIB (Itália) -0,30%

*Nikkei (Japão) -0,90% (fechado)

*Shangai (China) +0,30% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,04% (fechado)

*Petróleo WTI -0,42%, a US$ 62,08 o barril

*Petróleo brent -0,38%, a US$ 65,96 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -4,54%, a 463 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.219,96 -6,49%
R$ 26.987 +4,7% (nas últimas 24 horas)

Agenda doméstica

O destaque fica para a definição de juros do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira, a partir das 18h. Desde a última semana o mercado já passou a cravar um novo corte da Selic, que levaria a taxa para 6,50% ao ano, na 12ª redução consecutiva. 

Já na sexta-feira (23), será a vez do IBGE divulgar o IPCA-15 de março, que deve mostrar alta de apenas 0,20% segundo projeção do mercado, levando o acumulado em 12 meses para abaixo do piso da meta, em 2,90%. Ainda sem data definida, o Ministério do Trabalho deve divulgar os dados do Caged referente ao mês de fevereiro na próxima semana. A GO Associados estima geração líquida positiva de 145 mil vagas de emprego formal no mês. 

Agenda externa

No exterior, a agenda tem como principal evento a decisão de política monetária do Fomc (Federal Open Market Committee) na quarta-feira às 15h. A expectativa predominante no mercado é que o Fed subirá a taxa de juro em 25 pontos-base, levando-a para o intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano.

Além do Fomc, atenção para alguns dados de inflação e serviços na Europa, enquanto nos EUA vale ficar atento a discursos de três membros do Federal Reserve. Além disso, na quinta-feira (22), também serão apresentados dados de emprego e os PMIs da indústria e serviços norte-americanos. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

Notícias do dia

No campo político, o STF segue pressionado para que altere a decisão de permitir a prisão de condenados após julgamento em segunda instância, na esteira dos recursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Marco Aurélio Mello pode motivar a discussão em plenário sobre a prisão em 2ª instância. Além do PT e de partidos da base, a ministra Cármen Lúcia sofre pressão de colegas para colocar o assunto em pauta.

o jornal O Estado de S. Paulo informa que o presidente Michel Temer já começou a avisar seus principais interlocutores que está disposto a disputar a reeleição presidencial. Temer acha que poderá melhorar de situação com a confirmação da recuperação da economia e com outras medidas que pretende adotar até o final de seu mandato. Enquanto isso, O Globo informa que, convidado para entrar no MDB, Henrique Meirelles também avalia filiação a outro partido. 

Em destaque nas eleições estaduais, a Folha de S. Paulo informa que o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) comunicou ao partido que aceita discutir sua candidatura ao governo de Minas, num movimento que favorece a campanha do governador Geraldo Alckmin. Já João Doria venceu as prévias do partido com 80% dos votos e será o candidato a governador de São Paulo. Sobre o assunto, Alckmin afirmou à Folha que as eleições serão fragmentadas e que “o povo está meio cansado dessa brigalhada política”. Por outro lado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse ao Correio Braziliense que o governo “quer candidato para defender o passado”.

Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo, o CEO da Suzano , Walter Schalka, estima que as sinergias entre a empresa e a Fibria aparecerão em 2 ou 3 anos e podem alcançar até R$ 10 bilhões. Ainda sobre a união das operações, a Moody’s afirmou rating “Ba1”, com perspectiva negativa, tanto para a Suzano quanto para a Fibria após o anúncio do negócio, já a Fitch rebaixou a perspectiva deste último papel de “positiva” para “estável”. Por outro lado, a Suzano foi elevada de “BB+” para “BBB-” pela S&P.

A JBS, por sua vez, concluiu a venda da Five Rivers por cerca de US$ 200 milhões. No radar de recomendações, a BRF foi rebaixada a “neutra” pelo UBS, com preço-alvo de R$ 28,50, enquanto que a Magazine Luiza foi rebaixada a “market perform” com preço-alvo elevado de R$ 59 para R$ 94 pelo Itaú BBA. O Itaú BBA ainda elevou o preço-alvo das ações da Multiplan para R$ 76 e sua recomendação para “outperform”.