Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta sexta-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os mercados internacionais têm uma sexta-feira (16) sem direção, com o minério de ferro revertendo a alta do dia anterior. Nos EUA, os receios com a investigação da interferência russa nas eleições voltaram a ganhar força, enquanto que na Ásia continuam os temores por uma tarifação aos produtos chineses. No Brasil, o destaque fica para a conclusão das conversas para a união entre a Fibria e a Suzano, devendo culminar com a criação da líder mundial no setor de papel e celulose. No radar político, os jornais destacam morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e também para as discussões no STF sobre prisão em segunda instância. Confira os destaques:

  1. 1. Bolsas mundiais

Os contratos futuros norte-americanos operam entre leves ganhos e perdas nesta manhã, devido aos receios causados pela política externa do país, que ganham força com a sanção anunciada ontem pelo governo norte-americano contra Rússia por suposta interferência nas eleições presidenciais de 2016 e ataques cibernéticos. O conselheiro Robert Mueller, que lidera as investigações sobre a interferência nas eleições americanas, intimou empresas do presidente Donald Trump a entregar documentos relacionados ao caso.

Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa, em meio a preocupação com o cenário político nos EUA, culminando na valorização do iene frente ao dólar, revertendo o movimento observado nos últimos dias. Na China, a preocupação é de que o presidente americano estaria considerando taxar bilhões de dólares em produtos do país, que poderia gerar um impacto entre US$ 30 bilhões e US$ 60 bilhões.

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O minério de ferro não manteve sua recuperação e teve queda de 1,22% (a 484 iuanes) na China. Enquanto isso, o petróleo opera sustenta a alta do dia anterior, com leves ganhos.

Às 7h39 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,01%

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*Dow Jones Futuro (EUA) -0,13%

*DAX (Alemanha) +0,32%

*FTSE (Reino Unido) +0,09%

*CAC-40 (França) -0,06%

*FTSE MIB (Itália) +0,09%

*Nikkei (Japão) -0,58% (fechado)

*Shangai (China) -0,63% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,12% (fechado)

*Petróleo WTI +0,34%, a US$ 61,40 o barril

*Petróleo brent +0,18%, a US$ 65,24 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -1,22%, a 484 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.188,61 -0,70%
R$ 26.699 +0,0% (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda econômica

No Brasil, o destaque fica para os dados de volume de serviços de janeiro a serem revelados pelo IBGE às 9h, com expectativa de alta de 1,8% na comparação mensal. Ainda no noticiário econômico nacional, o jornal O Globo informa que o governo desistiu de desbloquear Orçamento até o fim do mês. Integrantes do governo avaliaram que, apesar de a arrecadação no primeiro bimestre do ano ter ficado bem acima das expectativas, ainda há incertezas fiscais que exigem cautela.

Na agenda de dados econômicos dos EUA, atenção para os dados de construção de moradias às 9h30 e às 10h15, para os números de produção industrial de fevereiro, com expectativa de alta de 0,9% na base mensal. Às 11h, serão divulgados os dados de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. 

3. Notícias do dia

Os jornais desta sexta-feira repercutem a morte trágica da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), que  foi assassinada a tiros quando voltava de carro para casa na quarta-feira e levou a uma onda de protestos em grandes cidades. O assassinato, apontam as publicações, reforçaram a pressão sobre os interventores federais no Rio, deixando encurralados os militares do Exército responsáveis pela segurança do estado. Integrantes da cúpula da intervenção federal afirmaram à Folha de S. Paulo que a ação criminosa contra uma autoridade, com potencial de repercussão política e social, foi vista como uma afronta ao trabalho dos militares do Exército.

As notícias sobre a situação de Lula na Justiça também seguem no radar. Segundo o Valor Econômico, uma nova solução se costura no STF (Supremo Tribunal Federal) para rediscutir a prisão após a condenação em segunda instância antes que o ex-presidente Lula seja preso. As atenções se voltam, desta vez, para o ministro Marco Aurélio Mello, relator de duas ações declaratórias de constitucionalidade sobre o assunto. Uma movimentação feita ontem nas ADCs abre margem para que o ministro leve a discussão em mesa para o plenário – ou seja, sem a necessidade de incluir o tema na pauta preparada pela presidente do STF, Cármen Lúcia. A iniciativa ocorre em meio a um jogo de empurra-empurra entre ministros que não querem assumir o ônus de pautar o assunto, diz o jornal. 

4. IMTV

Na InfoMoney TV, o programa Conexão Brasília desta semana se debruça sobre o movimentado noticiário jurídico. O impasse na questão da prisão após condenação em segunda instância, o processo do ex-presidente Lula e o atrito entre Executivo e Judiciário gerado pela decisão do ministro Luís Roberto Barroso sobre o indulto natalino do governo são alguns dos temas abordados na presença do advogado Renato Stanziola Vieira, sócio de Andre Kehdi & Renato Vieira Advogados e diretor do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). O programa é transmitido ao vivo, a partir das 14h45 (horário de Brasília). E conta com a participação do analista político Paulo Gama, da XP Investimentos

Mais cedo, às 13h30, o InfoMoney recebe José Aníbal, pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Na pauta, as prévias tucanas para a corrida ao Palácio dos Bandeirantes, as propostas para o estado, a conjuntura política nacional e os desafios de Geraldo Alckmin nas eleições presidenciais. Confira a grade completa da IMTV clicando aqui. 

5. Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo, O BNDES e a Votorantim, dois dos principais acionistas da Fibria,  concluíram a negociação para unir as fabricantes de papel e celulose Fibria e Suzano. Com isso, o BNDES receberá R$ 8,5 bilhões e ações da nova companhia (veja mais clicando aqui). Já a União Europeia estuda suspender as compras de carne de frango da BRF. A Usiminas, por sua vez, pagou R$ 378,8 milhões a credores. Enquanto isso, a Copel comunicou a contratação do banco BTG Pactual para ser o “formador de mercado” de suas ações ordinárias e preferenciais, visando dar maior liquidez às mesmas.

No radar de resultados, a Qualicorp comunicou lucro líquido de R$ 90,4 milhões no 4º trimestre, acima do registrado no mesmo período de 2016, que foi de R$ 78,4 milhões. Já a Triunfo entregou receita líquida ajustada de R$ 303,6 milhões no trimestre, enquanto que o indicador atingiu R$ 209 milhões no mesmo período do ano anterior. Na Log-In, o Ebitda (Lucro antes de Impostos, Juros, Depreciação e Amortização) alcançou R$ 34,4 milhões, no trimestre, enquanto a Estácio anunciou Ebtida 39,5% maior do que o de 2016, alcançando R$ 943,9 milhões. A PetroRio anunciou que sua receita líquida anual atingiu R$ 534 milhões. Na outra ponta, a Eztec comunicou Ebitda 87% menor no 4º trimestre de 2017, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, saindo de R$ 57,5 milhões para R$ 7,3 milhões.

Após o resultado, a Qualicorp foi rebaixada para “neutra” pelo Credit Suisse, mesmo patamar que a Eleven Financial conferiu à Natura. A Sonae Sierra foi elevada a “Overweight” pelo JP Morgan e a Locamerica recebeu recomendação de “compra” pelo Santander.

(Com Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.