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SÃO PAULO – Após chegar a subir 1,17% e superar a marca de 88 mil pontos, o Ibovespa perdeu força mas conseguiu chegar a sua nona alta consecutiva apoiado no bom humor do mercado externo, em especial nos Estados Unidos, onde os três principais índices subiram mais de 1%. Além disso, os investidores ficam de olho na última pesquisa do Relatório Focus, com o mercado elevando a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) e reduzindo da inflação para este ano.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com alta de 0,41%, aos 87.652 pontos, renovando mais uma vez sua máxima histórica de fechamento. O volume financeiro ficou em R$ 11,799 bilhões. Já o dólar comercial, por sua vez, teve queda de 0,28%, cotado a R$ 3,2326 na venda.
“O mercado está mais calmo, com todo mundo esperando uma realização para ver se compra [em nível] mais baixo. Cenário para frente é o mesmo, com juros e inflação para baixo”, disse Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da H. Commcor, para a Bloomberg.
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Conforme pesquisa divulgada na manhã desta segunda-feira (26), a mediana das projeções para o PIB subiu de 2,80% para 2,89% neste ano, ao passo que no seguinte se mantiveram em 3%. Melhora também foi observada nas projeções para a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A mediana para o indicador recuou de 3,81% para 3,73% neste ano, ao passo que para 2019 as apostas continuaram em 4,25%. Já a Selic permaneceu em 6,75% para 2018 e em 8% no ano seguinte.
Com o mercado reduzindo mais uma vez sua expectativa para a inflação, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2021 recuavam 5 pontos-base, cotados a 8,48%, da mesma forma que com vencimento em 2023 marcavam queda de 6 pontos, aos 9,28%. No mesmo momento, o dólar futuro com vencimento em março registrava desvalorização de 0,29%, aos R$ 3,231.
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Destaques do mercado
Do lado positivo, destaque para as ações do setor siderúrgico e Vale, que sobem na esteira do minério de ferro, enquanto os papéis da CCR seguem em forte queda com o mercado digerindo as acusações de corrupção (veja mais aqui). As maiores altas, dentre as ações que compõem o índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Noticiário político
O noticiário político teve como destaque neste fim de semana para a continuidade das movimentações do ministro da Fazenda Henrique Meirelles em torno de sua candidatura. Em entrevista ao Estadão neste fim de semana, ele afirmou que está discutindo qual será seu partido, citando o tempo de TV do MDB. O jornal O Globo aponta ainda que, diante da ofensiva de Meirelles, grupos do PMDB capitaneados pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), já começaram a discutir nomes para a sucessão na pasta. Segundo interlocutores do Planalto ouvidos pelo jornal, Jucá defende que o eventual substituto seja o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Em entrevista ao Canal Livre, da Band, o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), fez elogios ao atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn e sinalizou que estaria disposto a manter a atual diretoria da instituição: “eu até manteria essa diretoria. Acho que o Ilan é um cara muito bom”, disse. Ele também disse ser favorável às privatizações de estatais brasileiras, como no caso da Petrobras, desde que o processo seja amplamente fiscalizado e embasado por um marco regulatório robusto. Neste assunto, em entrevista à Folha, Paulo Guedes, economista ligado a Bolsonaro, diz ser favorável à uma privatização ainda mais intensa: “se privatizar tudo, você zera a dívida, tem muito recurso para saúde e educação. Privatiza metade e já baixa metade da dívida”, disse o economista. No noticiário do governo, Temer deve anunciar nesta segunda-feira o novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Segundo o Estadão, o presidente escolheu o ministro Raul Jungmann para assumir o novo ministério da Segurança Pública. No lugar de Jungmann na Defesa assume o general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-geral da pasta. Ele foi chefe do Estado Maior do Exército e é general do Exército da reserva. Agenda da semana Além do PIB, sairão dados fiscais, números do emprego, do setor externo e índices de inflação. Entre os principais números, na quarta-feira (28) o Banco Central apresenta o resultado fiscal do governo central, com a estimativa da GO Associados de um superávit primário de R$ 32,8 bilhões no mês, mantendo o déficit primário em 1,7% do PIB no acumulado em 12 meses. No mesmo dia também o IBGE divulga o resultado de janeiro da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, com o mercado esperando que a taxa de desemprego ficará estável em 11,8% no trimestre encerrado em janeiro. Vale ainda destacar que, após o rebaixamento da nota soberana do Brasil na sexta-feira pela Fitch Ratings, a agência de avaliação de riscos Moody´s abre missão no Brasil e também deve seguir os passos de suas concorrentes. A semana será bastante importante no mercado externo, em especial nos Estados Unidos. Na terça-feira (27), o recém-empossado presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará seu primeiro discurso no Congresso, marcado ao meio dia. Ele poderá dar novas pistas sobre os próximos passos do Fomc (Comitê de Política Monetária) em um momento que o mercado está dividido sobre o ritmo de altas de juros ao longo do ano. Entre os indicadores, na quarta-feira (28) atenção para a segunda prévia do PIB do quarto trimestre dos EUA, que deve confirma uma expansão de 2,6% no fim do ano passado, com alta acumulada de 2,3% em 2017. Além disso, na quinta-feira (1), será divulgado o PCE (Personal Consumption Expenditure), que é a medida de inflação mais acompanhada pelo Fed, com expectativa de avanço de 0,4% na passagem de dezembro para janeiro. Na Zona do Euro, destaque para a divulgação dos dados de inflação ao consumidor, na quarta-feira (28), e para a taxa de desemprego da região, que sai na quinta-feira (1). Já na China, atenção especial paras os PMIs da indústria e serviços, que costumam ter impacto em empresas de commodities, como a Vale. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
MGLU3
MAGAZ LUIZA ON
94,32
+8,43
+17,58
274,46M
CSNA3
SID NACIONALON
10,88
+6,04
+29,83
118,97M
USIM5
USIMINAS PNA
12,75
+4,51
+40,11
190,95M
GOAU4
GERDAU MET PN
8,19
+3,54
+41,45
177,11M
CPLE6
COPEL PNB
26,28
+3,46
+5,33
37,93M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
CCRO3
CCR SA ON
12,41
-10,01
-23,16
597,67M
HYPE3
HYPERA ON
35,27
-4,57
+0,54
95,20M
ECOR3
ECORODOVIAS ON
9,79
-4,30
-20,41
57,01M
JBSS3
JBS ON
9,93
-3,59
+1,22
100,04M
NATU3
NATURA ON
34,75
-2,93
+5,11
46,17M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
PETR4
PETROBRAS PN
21,52
+1,89
1,04B
991,03M
45.044
VALE3
VALE ON
47,40
+2,86
959,85M
804,19M
32.873
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN EDJ
52,94
-0,11
611,98M
923,48M
31.592
CCRO3
CCR SA ON
12,41
-10,01
597,67M
112,34M
85.297
ABEV3
AMBEV S/A ON
22,15
+0,82
418,32M
317,29M
41.571
PETR3
PETROBRAS ON
23,18
+2,34
363,25M
229,26M
34.447
BBDC4
BRADESCO PN
40,47
0,00
308,66M
525,76M
20.903
BRFS3
BRF SA ON ATZ
28,60
+0,70
306,68M
183,93M
23.993
BBAS3
BRASIL ON
43,02
+1,46
300,10M
437,40M
18.749
MGLU3
MAGAZ LUIZA ON
94,32
+8,43
274,46M
115,28M
10.807
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
Nesta semana, o grande destaque da agenda de indicadores fica por conta do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2017, que será divulgado quinta-feira (1) às 9h00. O mercado espera que a economia brasileira cresça 0,5% nos últimos meses do ano, com uma alta de 1,2% no total de 2017, encerrando o período de dois anos seguidos de recessão.