Otimismo continua: Ibovespa renova máxima histórica e atinge 88 mil pontos pela 1ª vez na história

Mercado sobe forte acompanhando bom humor internacional e melhores expectativas do Focus

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Com a alta nesta manhã, o Ibovespa renovou sua máxima histórica (antes em 87.358 pontos) e às 10h39 (horário de Brasília) desta segunda-feira (26) sobe 0,91%, atingindo a faixa de 88 mil pontos pela primeira vez na história. O otimismo do mercado internacional contamina o índice mais uma vez, que reflete também a última pesquisa do Relatório Focus, com o mercado elevando a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) e reduzindo da inflação para este ano.

Conforme pesquisa divulgada na manhã desta segunda-feira (26), a mediana das projeções para o PIB subiu de 2,80% para 2,89% neste ano, ao passo que no seguinte se mantiveram em 3%. Melhora também foi observada nas projeções para a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A mediana para o indicador recuou de 3,81% para 3,73% neste ano, ao passo que para 2019 as apostas continuaram em 4,25%. Já a Selic permaneceu em 6,75% para 2018 e em 8% no ano seguinte.

Com o mercado reduzindo mais uma vez sua expectativa para a inflação, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2021 recuavam 5 pontos-base, cotados a 8,48%, da mesma forma que com vencimento em 2023 marcavam queda de 6 pontos, aos 9,28%. No mesmo momento, o dólar futuro com vencimento em março registrava desvalorização de 0,29%, aos R$ 3,231.

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Destaques do mercado

Do lado positivo, destaque para as ações do setor siderúrgico e Vale, que sobem na esteira do minério de ferro, enquanto os papéis da CCR seguem em forte queda com o mercado digerindo as acusações de corrupção (veja mais aqui). 

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 GGBR4 GERDAU PN 17,16 +3,25 +38,61 15,09M
 GOAU4 GERDAU MET PN 8,16 +3,16 +40,93 14,23M
 EMBR3 EMBRAER ON 23,23 +2,79 +16,15 11,73M
 CPLE6 COPEL PNB 26,08 +2,68 +4,53 3,33M
 MGLU3 MAGAZ LUIZA ON 89,30 +2,66 +11,32 17,58M

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 CCRO3 CCR SA ON 13,19 -4,35 -18,33 64,17M
 RAIL3 RUMO S.A. ON 14,14 -0,84 +9,02 7,10M
 SMLS3 SMILES ON 81,73 -0,80 +7,68 3,55M
 LREN3 LOJAS RENNERON 36,14 -0,66 +1,83 3,69M
 HYPE3 HYPERA ON 36,75 -0,57 +4,76 15,36M
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

Agenda da semana
Nesta semana, o grande destaque da agenda de indicadores fica por conta do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2017, que será divulgado quinta-feira (1) às 9h00. O mercado espera que a economia brasileira cresça 0,5% nos últimos meses do ano, com uma alta de 1,2% no total de 2017, encerrando o período de dois anos seguidos de recessão.

Além do PIB, sairão dados fiscais, números do emprego, do setor externo e índices de inflação. Entre os principais números, na quarta-feira (28) o Banco Central apresenta o resultado fiscal do governo central, com a estimativa da GO Associados de um superávit primário de R$ 32,8 bilhões no mês, mantendo o déficit primário em 1,7% do PIB no acumulado em 12 meses. No mesmo dia também o IBGE divulga o resultado de janeiro da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, com o mercado esperando que a taxa de desemprego ficará estável em 11,8% no trimestre encerrado em janeiro.

Vale ainda destacar que, após o rebaixamento da nota soberana do Brasil na sexta-feira pela Fitch Ratings, a agência de avaliação de riscos Moody´s abre missão no Brasil e também deve seguir os passos de suas concorrentes.

A semana será bastante importante no mercado externo, em especial nos Estados Unidos. Na terça-feira (27), o recém-empossado presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará seu primeiro discurso no Congresso, marcado ao meio dia. Ele poderá dar novas pistas sobre os próximos passos do Fomc (Comitê de Política Monetária) em um momento que o mercado está dividido sobre o ritmo de altas de juros ao longo do ano. 

Entre os indicadores, na quarta-feira (28) atenção para a segunda prévia do PIB do quarto trimestre dos EUA, que deve confirma uma expansão de 2,6% no fim do ano passado, com alta acumulada de 2,3% em 2017. Além disso, na quinta-feira (1), será divulgado o PCE (Personal Consumption Expenditure), que é a medida de inflação mais acompanhada pelo Fed, com expectativa de avanço de 0,4% na passagem de dezembro para janeiro.

Na Zona do Euro, destaque para a divulgação dos dados de inflação ao consumidor, na quarta-feira (28), e para a taxa de desemprego da região, que sai na quinta-feira (1). Já na China, atenção especial paras os PMIs da indústria e serviços, que costumam ter impacto em empresas de commodities, como a Vale. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui

Noticiário político

O noticiário político teve como destaque neste fim de semana para a continuidade das movimentações do ministro da Fazenda Henrique Meirelles em torno de sua candidatura. Em entrevista ao Estadão neste fim de semana, ele afirmou que está discutindo qual será seu partido, citando o tempo de TV do MDB. O jornal O Globo aponta ainda que, diante da ofensiva de Meirelles, grupos do PMDB capitaneados pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), já começaram a discutir nomes para a sucessão na pasta. Segundo interlocutores do Planalto ouvidos pelo jornal, Jucá defende que o eventual substituto seja o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Em entrevista ao Canal Livre, da Band, o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), fez elogios ao atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn e sinalizou que estaria disposto a manter a atual diretoria da instituição: “eu até manteria essa diretoria. Acho que o Ilan é um cara muito bom”, disse. Ele também disse ser favorável às privatizações de estatais brasileiras, como no caso da Petrobras, desde que o processo seja amplamente fiscalizado e embasado por um marco regulatório robusto. Neste assunto, em entrevista à Folha, Paulo Guedes, economista ligado a Bolsonaro, diz ser favorável à uma privatização ainda mais intensa: “se privatizar tudo, você zera a dívida, tem muito recurso para saúde e educação. Privatiza metade e já baixa metade da dívida”, disse o economista.

No noticiário do governo, Temer deve anunciar nesta segunda-feira o novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Segundo o Estadão, o presidente escolheu o ministro Raul Jungmann para assumir o novo ministério da Segurança Pública. No lugar de Jungmann na Defesa assume o general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-geral da pasta. Ele foi chefe do Estado Maior do Exército e é general do Exército da reserva. 

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