Os 4 eventos econômicos que todo investidor deve monitorar ao longo desta semana

IPCA-15 e ata da última reunião do Fed serão acompanhados de perto pelo mercado

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Em um dia que promete ser de baixa liquidez por conta do feriado do Dia do Presidente nos EUA, o Ibovespa sobe 0,45%, aos 84.905 pontos, às 10h52 (horário de Brasília) desta segunda-feira (19), com os investidores digerindo o resultado acima do esperado do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), como de olho na agenda econômica desta semana, que resguarda ainda o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) e a ata da última reunião do Fed, que prometem mexer com o rumo dos juros. Vale lembrar que hoje teremos o vencimento de opções sobre ações na B3.

O IBC-Br apontou crescimento de 1,41% na passagem de novembro para dezembro, enquanto os analistas de mercado aguardavam por um avanço de 0,99% na passagem. Com o resultado, o índice, que é considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, cresceu 1,04% no acumulado de 2017 e interrompeu dois anos consecutivos de queda. O dado oficial será divulgado em 1ª de março.

Contudo, o indicador mais importante da semana está reservado para sexta-feira (23), quando será publicado o IPCA-15, com expectativa de avanço de 0,39% na passagem de janeiro para fevereiro, o mesmo valor verificado um mês antes. A divulgação ganhou importância depois da ata do Copom abrir a porta por um corte de 25 pontos-base na reunião dos dias 20 e 21 de março caso a inflação siga abaixo do esperado pelo Banco Central e o cenário externo não se deteriorar. Também estão previstos para esta semana, mas ainda sem data definida, os dados do Caged de janeiro.

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No exterior, atenção especial na quarta-feira (21) para a ata do Fomc, que deve reforçar a intenção do Fed de realizar a primeira alta de juros do ano na próxima reunião, nos dias 20 e 21 de março. Além disso, fica a expectativa por novos sinais da autoridade monetária sobre o ritmo esperado de elevação do juro ao longo do ano. Segundo a GO Associados, por ora, tanto a maioria dos membros do BC dos EUA quanto o mercado esperam três altas em 2018. Entretanto, o aumento das apostas de quatro altas tem ganhado força e é um dos motivos da turbulência nas bolsas americanas, com impacto negativo sobre o resto do mundo. Além disso, o Senado e a Câmara norte-americanos entram em recesso, que dura até 23 de fevereiro.

Para finalizar, na sexta-feira, será divulgada a inflação da Zona do Euro referente ao mês de janeiro, que diferente dos EUA, onde a inflação começa a dar sinais de vida, o indicador está em torno de 1% ao ano, muito abaixo da meta de 2% do BCE (Banco Central Europeu). Isso sugere que o BCE manterá sua política monetária expansionista por mais algum tempo ainda. Para acessar a agenda completa de indicadores, clique aqui.

Destaques do mercado

Do lado positivo, destaque para as ações da Suzano, que sobem após a empresa confirmar que está em conversas preliminares com a Fibria. Do lado negativo, os papéis da BB Seguridade recuam após o resultado abaixo do esperado pelo mercado (veja mais aqui).

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 CSAN3 COSAN ON 44,55 +3,85 +7,35 9,10M
 GOAU4 GERDAU MET PN 7,66 +2,96 +32,30 29,13M
 GGBR4 GERDAU PN 16,35 +2,64 +32,07 50,50M
 SUZB3 SUZANO PAPELON 21,83 +2,30 +16,80 14,08M
 NATU3 NATURA ON 34,34 +2,14 +3,87 3,22M

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 BBSE3 BBSEGURIDADEON 30,79 -3,02 +8,07 72,17M
 BRML3 BR MALLS PARON 12,20 -0,73 -4,16 1,26M
 TAEE11 TAESA UNT N2 20,52 -0,63 -3,84 724,83K
 ABEV3 AMBEV S/A ON 22,33 -0,45 +5,27 5,98M
 TIMP3 TIM PART S/AON 14,03 -0,43 +7,10 894,49K
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

Intervenção no Rio de Janeiro e Previdência
A Câmara dos Deputados vota nesta segunda-feira às 19h o decreto de intervenção na segurança do Rio de Janeiro anunciado na última sexta-feira. De acordo com a Constituição Federal, apesar de já estar em vigor, a intervenção precisa ser autorizada pelo Congresso Nacional. O regimento interno da Câmara estabelece que esse tipo de matéria deve tramitar em regime de urgência, com preferência na discussão e votação sobre os outros tipos de proposição.

O anúncio do decreto afetou o cronograma do Congresso. Parte da agenda parlamentar fica esvaziada, uma vez que a vigência do decreto impede que os congressistas façam qualquer mudança na Constituição. A determinação inviabiliza a análise de várias propostas de Emenda à Constituição que tramitam no Congresso, entre as quais a que trata da reforma da Previdência.

O presidente Michel Temer já disse que pretende suspender a intervenção no Rio de Janeiro se conseguir os votos necessários, mas a tendência é que este fato dificulte ainda mais a luta do governo pelo apoio que falta para a reforma – e esta semana será decisiva nisso: “se votar o decreto da intervenção dia 21, vai ser difícil votar a Previdência até o dia 28. Não dá para num dia votar o decreto, e no outro dia suspender”, afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A avaliação de muitos analistas é de que Temer fez uma mudança tática ao focar em segurança de modo a fortalecer a sua popularidade, mas a estratégia também tem riscos embutidos – veja mais clicando aqui.

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