Eike Batista anuncia pelo Twitter: “estou de volta!”

Implicado na Operação Lava Jato, o empresário voltou a postar na rede social e anunciou canal no Youtube e Instagram

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Implicado na Operação Lava Jato, mas solto desde abril por conta de decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, o empresário (e ex-bilionário) Eike Batista anunciou pelo Twitter que “está de volta”. Além do Twitter, ele se aventurará em outras redes sociais.  

“Estou de volta! Fiquem ligados em meu novo canal no Youtube e no Instagram, onde estarei contando um pouco da minha trajetória. Poucos sabem, mas são mais de 36 anos de dedicação ao Brasil”, afirmou ele em tuíte na noite da última sexta-feira (26), após ficar mais de um ano sem publicar nada na rede social. 

Segundo ele, nos novos canais, falará sobre “projetos únicos e estruturantes que revolucionaram nosso querido Brasil nas áreas de superportos, mineração e geração de energia em larga escala, assim como trabalhos na área social melhorando a vida de muitos brasileiros”. 

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Eike chegou a ser o homem mais rico do Brasil, mas as suas empresas passaram a enfrentar grandes dificuldades. A joia da coroa do grupo, a OGX [hoje Dommo Energia], entrou em recuperação judicial em 2013, com uma dívida de R$ 13,8 bilhões. Em março daquele ano, no auge da crise do grupo EBX, Eike disse, por meio de sua conta no Twitter, que os investidores que estavam apostando na perda de valor de suas empresas ficariam de “calças curtas” e que “rumores e boatos são as armas dos que estão vendidos”. Mas os “rumores e boatos” se concretizaram. 

No final de janeiro de 2017, Eike foi preso no âmbito da Operação  Eficiência, um desdobramento da Lava Jato. O empresário é réu na Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo as investigações, Eike teria repassado US$ 16,5 milhões em propina ao então governador do Rio, Sérgio Cabral, por meio de contratos fraudulentos com o escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, e uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, por intermédio de um banco no Panamá. Em depoimento na Polícia Federal, Eike confirmou o pagamento para tentar conseguir vantagens para as empresas do grupo EBX, presididas por ele. Em abril, ele foi solto. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.