4 bancos iniciam cobertura para 4 ações; Vale “top pick” do Credit, mudança na Gerdau, novo IPO no radar e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira 

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Além do julgamento do recurso em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mercado também ficará de olho nos destaques corporativos. Além de Braskem, afirmando não ter sido comunicada sobre oferta de ações, as recomendações estão no radar. Confira os destaques:

Braskem (BRKM5)

A Braskem afirma não ter sido comunicada sobre nenhuma decisão de realização de oferta secundária de ações. O posicionamento veio em comunicado ao mercado na noite desta terça-feira, após notícia da Coluna do Broadcast, à tarde, intitulada “Braskem prepara oferta de ações bilionária para dar saída à Petrobras”. Na ocasião, ambas as empresas foram procuradas e não comentaram.

 Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear

No comunicado, a Braskem lembra que no último dia 19 de janeiro foi comunicada sobre discussões para reorganização societária, com a unificação das suas espécies de ações e aprimoramentos na sua governança corporativa, “porém ainda não há qualquer decisão sobre o tema”.

A Petrobras, que já anunciou sua decisão de se desfazer do negócio em petroquímica, detém 47% das ações ordinárias da companhia e outros 50,1% dos papéis com direito a voto estão nas mãos da Odebrecht.

Recomendações

Atenção ainda para o radar de recomendações: a Sanepar (SAPR11) foi reiniciada como ’outperform’ (desempenho acima da média do mercado) pelo Itaú BBA, a Locamerica (LCAM3) também foi iniciada como ‘outperform’, mas pelo Bradesco BBI, enquanto o IRB (IRBR3) foi iniciado como ‘compra’ pelo Santander, com preço-alvo de R$ 47. Por fim, o BK Brasil (BRBK3) teve a cobertura iniciada também com recomendação de compra pelo BTG Pactual.

Vale (VALE3)

Em relatório, os analistas do Credit Suisse apontaram que a Vale é a ação preferida entre as mineradoras, devido seu produto de alta qualidade e redução do balanço. Já a Rio Tinto é a segunda preferida dado o fluxo de caixa livre e estratégia de retorno ao acionista.

Novo IPO no radar

A Ri-Happy, uma das maiores varejistas de brinquedos e artigos infantis do Brasil, pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo prospecto publicado nesta terça-feira, 23, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O BTG será o coordenador líder da operação, que inclui emissão de novas ações e dos sócios.

Iguatemi (IGTA3)

 A administradora de shopping centers de alto padrão Iguatemi comunicou guidance na noite da última terça-feira, apontando crescimento de 2% a 7% na receita líquida em 2018 e investimento de R$ 170 milhões a R$ 220 milhões. A Iguatemi ainda estimou a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 75% a 79% por cento neste ano.

 
As projeções de crescimento de receita em 2018 são iguais ao estimado pela companhia para 2017 por ocasião da divulgação dos resultados de terceiro trimestre do ano passado, enquanto a projeção para a margem Ebitda de 2017 era de 73% a 77%. A estimativa para o investimento foi ampliada ante os R$ 80 a R$ 130 milhões de previstos para 2017.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau informou que o presidente da divisão de aços longos na América do Norte, Peter Campo, deixou a companhia. Ele será substituído interinamente pelo presidente-executivo do conglomerado, Gustavo Werneck, que acumulará a função.

A Gerdau afirmou que Werneck ocupará a presidência da operação norte-americana de aços longos pelos próximos meses, “até o anúncio de um novo líder”. “A recente alteração de nosso portfólio de negócios na América do Norte demanda uma mudança na liderança para ampliar o foco na rentabilidade e, ao mesmo tempo, buscar formas inovadoras para melhor atender nossos clientes”, afirmou Werneck no comunicado.

Petrobras (PETR3;PETR4)

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou ontem que pode considerar permanecer no cargo da companhia, dependendo do resultado das eleições presidenciais no Brasil em 2018.

Em entrevista à Bloomberg TV, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Parente disse que está “sendo muito cuidadoso” em estipular expectativas sobre o tema de se manter no comando da Petrobras e que a equipe está correndo para atingir a meta de vendas de ativos.

O executivo reiterou que a Petrobras não sofreu interferência do governo e que acredita que a gestão da companhia deve ser decidida através de indicação profissional, não pessoal. Ele ainda comentou que uma série de pesquisas mostram que a população brasileira não quer a privatização da Petrobras.

 (Com Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.