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SÃO PAULO – O noticiário corporativo tem como grande destaque a recomendação de quatro grandes bancos para a ação da BR Distribuidora, enquanto o Credit Suisse elevou o preço-alvo para os ADRs da Vale. Prévias operacionais de Helbor e Hering, entre outros destaques, também estão no radar. Confira abaixo:
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BR Distribuidora (BRDT3)
Grandes bancos iniciaram cobertura para a BR Distribuidora, que estreou na bolsa em 15 de dezembro, todos eles com recomendação equivalente à compra, caso de Bradesco BBI (preço-alvo de R$ 23,00), JPMorgan (R$ 23), Santander (R$ 24) e Morgan Stanley (R$ 21). Ainda no radar da companhia, a Petrobras e a BR Distribuidora firmaram contrato de compra e venda de gás natural, segundo comunicado. A modalidade contratual tipo take-or-pay para mercado não térmico firme inflexível e o prazo do contrato é de 365 dias. Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras anunciou redução de 0,5% para preço do diesel e de 0,8% no valor da gasolina comercializados nas refinarias, com reajustes válidos partir da próxima quarta-feira (24). A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Ainda no radar da empresa, dados da Bloomberg e da ANP apontam que as 13 refinarias da Petrobras no Brasil processaram 1,72 milhão de barris por dia de petróleo no ano passado, o menor volume desde 2004. Em 2017, o processamento de petróleo bruto registrou queda de 4,9% na base anual, enquanto a taxa de utilização foi de 73%, a menor desde pelo menos 2000. Vale (VALE3)
O Credit Suisse elevou o preço-alvo para os ADRs da Vale de US$ 15,00 para US$ 16,00, mantendo a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) e o top pick da mineradora no setor. Os analistas fizeram a revisão do preço-alvo ao atualizar os preços das commodities para o trimestre, incorporar o guidance anunciado no Vale Day e também os preços de carvão sugeridos pela equipe de commodities do banco suíço. “O valuation parece interessante e enxergamos o papel negociando a 4,7 vezes o EV/Ebitda para 2018 com 11,4% FCF yield. Em um cenário de minério 20% pra baixo, enxergaríamos o papel negociando a 6,5 vezes o EV/Ebitda com 7% de FCF yield”, apontam os analistas. Sanepar (SAPR11)
O Bank of America Merrill Lynch iniciou a cobertura para as units da Sanepar com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 89,00, implicando um potencial de valorização de 62%. O banco aponta três motivos para ter visão positiva: i) CAGR (Taxa Composta Anual de Crescimento Real) do lucro por ação de 11% esperado para 2017 a 2020, ii) um dividend yield atrativo de 7,6% e iii) uma regulamentação positiva para o setor. Os analistas apontam que o risco político não pode ser desprezado, mas ainda assim o valuation parece excessivamente descontado. Mais recomendações
O UBS iniciou cobertura para as ações do IRB (IRBR3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 45,00. Já a Gafisa (GFSA3) foi rebaixada a ’underperform’ pelo Bradesco BBI, enquanto o BK Brasil (BKBR3) foi iniciado com recomendação ’neutra’ pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 19. Carrefour Brasil (CRFB3)
Destaque para uma notícia que pode mexer com as ações do Carrefour Brasil. O grupo varejista francês Carrefour anunciou planos de investir, cortar empregos, formar parcerias e reduzir custos, como parte de um nova estratégia para impulsionar seu desempenho. O Carrefour revelou que pretende investir 2 bilhões de euros (US$ 2,44 bilhões) anualmente a partir deste ano, sendo que 2,8 bilhões serão destinados à área digital nos próximos cinco anos. A meta do Carrefour é tornar-se um grande concorrente no comércio eletrônico de alimentos, com uma participação de pelo menos 20% na França até 2022 e vendas de 5 bilhões de euros. O Carrefour também informou que vai oferecer um plano de demissão voluntária a cerca de 2,4 mil funcionários de sua sede francesa, na região administrativa de Ilha de França. O escritório principal do grupo emprega 10,5 mil pessoas. A estratégia do Carrefour aparentemente agradou investidores. Por volta das 7h15 (de Brasília), a ação do varejista saltava 6,5%, a 19,67 euros, na Bolsa de Paris. Embraer (EMBR3)
Segundo a Folha de S. Paulo, a fabricante sueca Saab pode rever seu contrato para fornecer caças Gripen à Força Aérea Brasileira se considerar que a eventual associação entre a americana Boeing e a brasileira Embraer coloca em risco segredos tecnológicos de seu produto. Em 2013, o avião sueco venceu uma longa concorrência internacional contra o francês Dassault Rafale e o americano F/A-18, da Boeing. Locamerica (LCAM3)
A Superintendência Geral do CADE aprovou sem restrições o acordo entre Locamerica-Unidas. “A decisão já era esperada uma vez que a sobreposição operacional das duas empresas é baixo. Reiteramos compra em Locamerica (e vemos como um dos principais calls de small caps para 2018)”, afirmam os analistas do BTG Pactual. Helbor (HBOR3)
A Helbor divulgou os resultados operacionais preliminares e não auditados para o quarto trimestre de 2017, divulgando vendas contratadas totais de R$ 338,3 milhões, 27,3% superior ao mesmo período de 2016 e 58,7% acima do terceiro trimestre de 2017. A parte Helbor alcançou R$ 235,3 milhões, 13,6% maior na base de comparação anual e 42,8% maior frente o terceiro trimestre. Em 2017, as vendas atingiram R$ 1,145 bilhão, 28,6% acima do ano anterior. As vendas sobre oferta (VSO), considerando-se a parte Helbor, foram de 11,2% no trimestre, 180 pontos-base na comparação anual. No acumulado do ano, os lançamentos somaram R$ 795,2 milhões em VGV total e R$ 425,0 milhões em parte Helbor, altas respectivas de 182,8% e 107,9% em relação ao ano e mesmo período de 2016. De acordo com o BTG Pactual, a prévia operacional veio acima do esperado, com vendas líquidas de R$ 180 milhões e velocidade de vendas de 6.5%, mesmo com altos cancelamentos. “mantemos o Neutro, pela falta de momento operacional (velocidade de vendas ainda fraca) e alavancagem alta”, apontam os analistas. Cia Hering (HGTX3)
A receita bruta da Cia. Hering alcançou R$ 537,6 milhões no quarto trimestre de 2017, 4,4% superior na base anual. Em 2017 a receita bruta avançou 5,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 1.841,6 milhões, “impulsionada pelo desempenho das lojas operadas pela companhia e o crescimento de dois dígitos do e-commerce”, informou a empresa. As vendas no 4º trimestre de 2017 da rede Hering Store, que compreende as vendas a consumidores finais de lojas próprias e franquias (sell-out), regrediram 0,8% na base anual. Já asvendas base mesmas lojas (same-store sales), as quais consideram as lojas comparáveis abertas há pelo menos 13 meses, mesmo apresentando melhora sequencial em cada mês ao longo do trimestre, encolheu 1,1% na base anual, “ainda com alta dispersão de resultados entre lojas, destacando-se, no lado positivo, os desempenhos das lojas localizadas em shopping centers e lojas operadas pela companhia”, disse a Cia. Hering. Segundo o BTG, os números do quarto trimestre foram fracos, apesar da base de comparação fraca. “Os resultados recentes foram mistos, com melhora relevante de margens de um lado, receita fraca e ROIC ainda bem abaixo da média histórica. Seguimos com visão cautelosa pela falta de recuperação de vendas e mantemos recomendação neutra”, apontam os analistas. Siderúrgicas
A produção de aço bruto em 2017 foi de 34,4 milhões de toneladas, alta de 9,9% ante 2016, informou o Instituto Aço Brasil (IABr). Somada à produção de aço bruto, a de laminados foi de 22,4 milhões de toneladas, uma expansão de 7,2% frente ao ano anterior. A produção atendeu à demanda externa, com expansão nas exportações, mas as importações também chamaram a atenção no ano passado. Conforme a IABr, as vendas internas cresceram 2,3% em 2017 ante 2016, atingindo 16,9 milhões de toneladas. Com isso, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 19,2 milhões de toneladas ano passado, crescimento de 5,3% em relação a 2016. Consumo aparente corresponde ao total da produção adicionada das importações e subtraída das exportações. No comércio internacional, as importações cresceram 23,9% em 2017 frente ao ano anterior, totalizando 2,3 milhões de toneladas, informou o IABr. Em valores, as importações somaram US$ 2,2 bilhões, avanço de 32,7% na mesma base de comparação. Já as exportações foram de 15,4 milhões de toneladas ou US$ 8,0 bilhões, expansão de 14,3% em volume e de 43,9% em valor na comparação com 2016. De acordo com o BTG, os dados do setor continuam apontando para uma perspectiva positiva para os aços planos, enquanto a realidade para os longos ainda não é tão animadora (demanda por planos está crescendo 20% na base anual versus queda de 1% para os longos). “Estamos bem construtivos com o setor, vislumbrando um 2018 bastante positivo. As importações permanecem em patamares baixos e o forte cenário de preços internacionais está configurado para ajudar a emplacar os aumentos de preços no mercado interno recentemente anunciados. Reiteramos nossa posição construtiva no setor e mantemos compra em Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5)”, apontam os analistas do BTG. JBS (JBSS3)
O grupo J&F, dono da JBS, iniciou novas conversas com o Ministério Público Federal (MPF) que podem resultar numa repactuação do acordo de leniência da empresa. As novas tratativas, ainda incipientes segundo uma fonte revelou ao ‘Estado’, incluiriam a confissão por parte dos irmãos Joesley e Wesley Batista do crime de uso de informação privilegiada (insider trading, em inglês) que resultou em lucro no mercado financeiro à época da divulgação dos seus acordos de delação. As informações foram reveladas pela agência Reuters e confirmadas pelo Estadão. A defesa dos irmãos Batista negou as tratativas. Por meio de nota, afirmou que eles não cometeram o crime de insider trading e “jamais confessarão delitos que não cometeram”. Joesley e Wesley tiveram prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Acerto de Contas, segunda fase da Tendão de Aquiles, que investigou o uso indevido de informações privilegiadas em transações ocorridas entre abril e 17 maio de 2017, data de divulgação de informações relacionadas a acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República. Joesley ainda cumpre mandado de prisão por causa de supostas omissões na delação premiada. Oi (OIBR3;OIBR4)
O Société Mondiale informou a redução no último dia 19 de sua participação no capital social da Oi de 43.637.500 ações ordinárias, equivalente a 6,53% das ações ordinárias emitidas pela companhia para 30.306.300 ações ordinárias, equivalente a 4,54% do total de ações ordinárias emitidas pela empresa, totalizando a redução de 5,28% do capital social para 3,67%. O Fundo declarou que a redução não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia. (Com Agência Estado)