Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta terça-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em um dia de agenda econômica fraca no exterior, as bolsas mundiais refletem a reabertura do governo norte-americano após pacto fechado entre republicanos e democratas. No Brasil, atenção para a proximidade do julgamento de Lula, os rumores sobre o adiamento da reforma da Previdência enquanto que, na agenda econômica, o destaque fica para o IPCA-15. Veja os destaques:

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  1. 1. Bolsas mundiais

    As bolsas asiáticas tiveram robustos ganhos nesta terça-feira, seguindo o tom positivo dos mercados acionários de Nova York, que ontem renovaram recordes de fechamento após o Senado chegar a um acordo para encerrar a paralisação parcial do governo dos EUA, como também foram impulsionadas pela decisão do Banco Central do Japão em manter sua política monetária inalterada. Na Europa, o dia também é de ganhos depois de republicanos e democratas chegarem a um acordo temporário para evitar a paralisação do governo dos EUA.

Entre as commodities, o petróleo registra nova alta de olho na expectativa de novo corte de produção pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), enquanto os contratos futuros de minério de ferro negociados em Dalian recuam em meio à demanda mais fraca na China por conta do corte de produção das siderúrgicas em vista do inverno, período de menor demanda pela commodity metálica. Com isso, foi registrado novo aumento nos estoques dos portos do país para um recorde de mais de 150 milhões de toneladas.

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Às 8h27 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*Dow Jones Futuro  +0,32%

*CAC-40 (França) -0,09%

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*FTSE (Reino Unido) +0,33%

*DAX (Alemanha) +0,84% 

*FTSE MIB (Itália) +0,07%

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*Hang Seng (Hong Kong) +0,43% (fechado)

*Xangai (China) +1,66% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,29% (fechado)

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*Petróleo WTI +0,53%, a US$ 63,91 o barril

*Petróleo brent +0,46%, a US$ 69,35 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -3,96%, a 521,5 iuanes (nas últimas 24 horas)

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Bitcoin US$ 10.593,50 -10,34% (nas últimas 24 horas)

2. Agenda de indicadores e eventos

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA-15 referente ao mês de janeiro às 9h, que segundo a GO Associados deve mostrar alta de 0,32%. Se isso se confirmar, no acumulado em 12 meses o índice continuará em 2,94%. Segundo os analistas, apesar da aceleração recente, o cenário inflacionário segue benéfico: “a expectativa é que a inflação convirja gradualmente para 4,0% no fim do ano, abrindo espaço para novo corte de 0,25 pp na Selic na reunião de 6 e 7 de fevereiro, pelo Copom”, explicam.

Nos EUA, atenção para o índice de manufaturas do Federal Reserve de Richmond às 13h. À noite, às 22h30, o Japão terá os dados prévias do PMI de manufatura. 

3. Dia D de Lula

Na quarta-feira (24), às 8h30 (horário de Brasília), a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, dará início ao julgamento do recurso de Lula contra a decisão que o condenou, em primeira instância, à prisão por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em quatro anos de Lava Jato, os 3 desembargadores só absolveram 5 de 77 condenados por Moro.

Alternativamente ao pedido de absolvição, em memoriais no âmbito de apelação contra pena no caso triplex, advogados do ex-presidente reafirmaram a sua inocência e requerem aos desembargadores que reconheçam a prescrição dos supostos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção atribuídos ao petista. A defesa do ex-presidente ainda reivindicou o direito de recorrer em liberdade, caso a sentença de Moro seja confirmada pelos desembargadores.

4. Posse polêmica e previdência

A decisão da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia de suspender a posse da deputado Cristiane Brasil no ministério do Trabalho segue gerando polêmica. Segundo a coluna Painel, da Folha, a decisão irritou o Palácio do Planalto e desencadeou reações extremadas, com muitos aliados de Michel Temer vendo até mesmo risco de crise institucional. Segundo relatos ouvidos pela coluna, o governo está disposto a subir o tom e apontam que a sentença foi política, havendo elementos para afirmar que o Supremo está interferindo no Executivo, ao cassar competências do presidente.

Enquanto isso, as notícias sobre a reforma da Previdência seguem no radar, com o jornal O Estado de S. Paulo apontando que o governo pode adiá-la para novembro. Ontem, em reunião com investidores em Londres, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já avisou que a proposta pode voltar a ser pautada logo após a eleição, caso não seja aprovada no mês que vem. O discurso é que, em novembro, há a perspectiva de que uma janela se abra em função do fim do mandato de deputados e senadores que não temerão mais um julgamento popular. Caso confirmado, esse seria o quinto adiamento da votação da reforma desde que a proposta foi encaminhada ao Congresso no final de 2016.

Já pelas contas de aliados de Rodrigo Maia, o governo não tem os votos favoráveis, mas erra ao começar a admitir que a votação poderá ficar para novembro. Não vislumbrando a Previdência, o presidente da Câmara defende a votação de outros pontos de interesse do governo e do mercado diante da falta de otimismo em votar a reforma em fevereiro, diz o jornal O Globo. Entre as prioridades de Maia estariam o projeto de privatização da Eletrobras, a reoneração da folha de pagamentos de alguns setores e as medidas provisóvias que tratam do adiamento do reajuste dos servidores e do aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo, segundo o jornal.

5. Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, a Petrobras Distribuidora foi iniciada como ’overweight’ pelo JPMorgan, enquanto a Helbor divulgou as vendas contratadas do quarto trimestre de 2017, com R$ 338,3 milhões, alta de 27,3% na base anual. A Hering divulgou receita bruta de R$ 537,6 milhões no quarto trimestre, alta de 4,4% na base anual, ao passo que o Valor informa que a Vinci está em conversas com potenciais parceiros para oferta em leilão de privatização da Cesp.

(Com Agência Estado e Agência Brasil) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.