Braskem salta 4,5% com notícia de novo acordo de acionistas e CCR sobe após vencer leilão; veja os destaques

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (19)

Rodrigo Tolotti

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Braskem (BRKM5)
A Petrobras e a Odebrecht estão em conversas adiantas para a assinatura de um novo acordo de acionistas da Braskem, informou o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, na tarde desta sexta-feira (19).

A notícia, que foi divulgada nos minutos finais do pregão, fez as ações da Braskem ganharem força e chegarem a subir 5,24% na máxima do dia, cotadas a R$ 51,04. As ações fazem parte da Carteira InfoMoney de janeiro (clique aqui para conferir o portfólio).

Em julho do ano passado aumentaram os rumores de que as duas empresas estão revendo o acordo, firmado em fevereiro de 2010 e que garante à Petrobras direitos como a a indicação de executivos e veto a investimentos. O acordo, porém, não permite a transferência desses direitos a um eventual comprador da fatia da estatal. 

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Na época, a própria Petrobras informou que o objetivo das negociações é a “criação de valor para todos os acionistas da Braskem”, mas desde então não houveram novidades sobre o assunto. A estatal tem 47% do capital votante da Braskem, que é controlada pela Odebrecht, com 50,1% das ações com direito a voto.

CCR (CCRO3, R$ 16,00, +0,63%)

O consórcio liderado pela CCR venceu a licitação das linhas 5-lilás e 17-ouro do metrô, realizada nesta sexta-feira na B3, em São Paulo. Contudo, as ações registram apenas leves ganhos. O leilão atingiu um ágio de 185%, sendo o lance vencedor o de R$ 553,88 milhões – bastante acima da outorga fixa mínima de R$ 194,3 milhões e da proposta concorrente da CS Brasil, a outra concorrente, de R$ 388,5 milhões.

A CS Brasil é da JSL (JSLG3, R$ 7,94, +0,63%).  A CCR é líder do consórcio Via Mobilidade, com participação de 83,34%; RuasInvest detém 16,66%. 

Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos do estado, a privatização da operação comercial das duas linhas valerá pelo período de 20 anos. O lance mínimo era de R$ 189,6 milhões e a expectativa, segundo o governo, era de R$ 3 bilhões de investimentos e reinvestimentos ao longo do prazo da permissão. O critério de julgamento será o de maior valor oferecido. 

Vale (VALE3, R$ 42,88, +0,05%) e siderúrgicas
As ações da Vale ficaram próximas da estabilidade após chegarem a subir mais de 1% após a queda da véspera, mesmo com os dados positivos da China. Nesta data, o contrato futuro do minério de ferro negociado em Dalian registrou alta de 1,59%, a 543,5 iuanes. 

O dia também foi de alta para a maior parte das siderúrgicas, que seguem o movimento das commodities e registram ganhos por mais uma sessão, com destaque para a Usiminas (USIM5, R$ 11,43, +4,57%), que informou a conclusão do pagamento de um bônus de valor total de US$ 400 milhões de sua subsidiária Usiminas Commercial emitidos em 2008. Como parte do pagamento (US$ 220 milhões) já havia sido feito, este valor retornará ao caixa da companhia, informou a empresa. CSN (CSNA3, R$ 10,68, +1,33%) também sobe, enquanto a Gerdau (GGBR4, R$ 14,16, -2,61%) caiu mais de 2%. 

Recomendações

No radar de recomendações, a Vivo (VIVT4, R$ 49,35, -2,68%) foi rebaixada a ’neutra’ pelo Credit Suisse, com preço-alvo passando de R$ 58 para R$ 56. 

“A performance do papel acompanhou de perto o Ibovespa ao longo de 2017, mesmo com um perfil mais defensivo, mas ficou pra trás desde o rali do final de dezembro ate a metade de janeiro. Acreditamos que em um mercado de alta essa tendência deve continuar e, apesar de a Vivo ser uma ótima empresa e com bons fundamentos, o menor crescimento no segmento móvel deve impactar um eventual otimismo com a ação”, informam os analistas.

A TIM Participações (TIMP3, R$ 12,76, -0,31%) é a top pick do setor. Enquanto isso, a Via Varejo (VVAR11, R$ 23,44, +4,09%) foi elevada a ’compra’ pelo Goldman Sachs, com preço-alvo de R$ 29,40. 

Petrobras (PETR3, R$ 19,31, -0,67%; PETR4, R$ 18,26, +0,22%)

Após abrir em alta, as ações da Petrobras viraram para queda com o petróleo registrando perdas superiores a 1% (1,39% para o WTI e 1,37% para o brent) e também após a fala do ministro do Planejamento Dyogo Oliveira.

Em entrevista à Reuters, o ministro afirmou que o governo não conta com pagamento de cessão onerosa em 2018, que provocou uma disputa com a Petrobras e cuja proximidade de acordo tinha impulsionado a estatal nos últimos dias. De qualquer forma, o ministro afirmou que o governo está trabalhando para chegar a um acordo o mais rápido possível e não quis estimar o montante que o governo deve receber, dizendo apenas que seriam bilhões de dólares. 

No radar da companhia, a estatal retomou a produção na plataforma Cidade de Maricá, no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade estava paralisada desde terça-feira devido a um princípio de incêndio. 

A petroleira reiterou que a emergência foi contida com o próprio equipamento de combate a incêndio existente no local e disse que o retorno à produção aconteceu após testes de segurança e liberação da Marinha e reafirmou que as autoridades competentes foram informadas da ocorrência e que uma comissão foi montada para investigar as causas do incidente.

Além disso, a companhia comunicou a elevação do preço da gasolina em 0,7% e redução do diesel em 0,6%, com reajuste válido a partir de sábado (20).

Embraer (EMBR3, R$ 19,68, +0,56%)

As ações da Embraer chegaram a subir até 6% com as novidades sobre a negociação de um acordo com a Embraer, mas diminuíram os ganhos ao longo do pregão. Segundo o Valor Econômico, a Boeing e a Embraer avaliam criar uma terceira empresa entre as opções para o acordo entre as duas. Mesmo que a Boeing tenha participação majoritária na eventual nova empresa, a Embraer manteria sua independência, por isso ideia não teria resistência do governo brasileiro. A opção é apenas sugestão levantada nos bastidores e não movimento em andamento pelas partes envolvidas, diz o Valor.

Ontem, a Reuters informou que a Boeing está estudando como superar as condições dos militares brasileiros para conseguir chegar a um acordo com a Embraer. Diante disso, a empresa americana estaria disposta a manter a “golden share” do governo brasileiro e ainda garantiria salvaguardas aos programas de defesa do Brasil, disseram quatro fontes.

A companhia foi obrigada a voltar a fazer um novo planejamento depois que as autoridades brasileiras recusaram na semana passada a ideia de transformar a Embraer em uma subsidiária, como a Boeing opera na Austrália e Reino Unido, segundo a Reuters.

“A Boeing veio para comprar a Embraer, não para uma parceria ou uma joint venture que estaríamos dispostos, mas para assumir o controle da empresa. Isso foi rejeitado”, disse uma das fontes, que é funcionário do governo. “A Boeing que volte com uma nova proposta”, completou.

Ainda segundo uma fonte da agência de notícias, a proposta da Boeing precificaria a Embraer em algo entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões. Atualmente, a companhia brasileira tem um valor de mercado de cerca de US$ 4,7 bilhões, o que coloca o “prêmio” sobre o preço atual entre 6,5% e 28%, considerando o piso e o teto proposto pela americana. Por outro lado, há preocupações em Brasília de que, no fim, Washington tenha poder de decisão sobre os programas brasileiros de defesa. A empresa norte-americana estaria disposta a preservar a “golden share” do governo brasileiro na Embraer, disseram as pessoas familiarizadas com o assunto, mas isso pode não ser suficiente para ganhar apoio para a prosposta.

Cielo (CIEL3, R$ 26,65, +1,14%)

A Cielo anunciou na tarde de ontem, levando as ações a fecharem em alta de 3,33%, a compra de 70% das ações da Stelo por R$ 87,5 milhões e, nesta sexta, as ações têm leve alta. Com a operação, a Cielo passa a deter todas as ações da empresa, uma vez que já detinha 30% de participação na companhia de meios de pagamentos.

De acordo com a Cielo, a aquisição da Stelo permitirá explorar novas iniciativas comerciais, como a venda de terminais de captura, por meio de uma marca própria e de uma estrutura independente: “com isso, acreditamos que aprimoraremos nossa estratégia comercial a fim de atender as mais variadas demandas de nossos clientes”, aponta a empresa.

Com a compra da Stelo, a companhia avança ainda mais na venda das “maquininhas”, mercado que foi bastante explorado nos últimos anos pela PagSeguro, sistema de pagamentos de compras que pertence ao UOL. Vale lembrar que a empresa pretende levantar R$ 6 bilhões em IPO (Oferta Pública de Ações) que será precificado na próxima terça-feira (23) na bolsa de Nova York.

No radar do setor, a companhia brasileira de processamento de cartões de crédito Stone estaria planejando realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) em Nova York no segundo semestre deste ano, diz a Reuters, citando três fontes. A Stone Pagamentos discutiu com bancos de investimento uma operação pela qual levantaria recursos e alguns de seus acionistas venderiam parte de suas participações. A companhia ainda não contratou assessores financeiros. A Stone não comentou imediatamente, segundo a Reuters

BB Seguridade (BBSE3, R$ 30,69, +0,23%)

 Uma das coligadas da BB Seguridade fez “uma indicação não vinculativa de interesse para distribuir alguns produtos de seguridade pelos canais de distribuição da Caixa”, segundo comunicado em resposta a pedido de esclarecimento da B3.

“Entretanto, considerando a baixa relevância, bem como o caráter não vinculante, não foi identificada necessidade de divulgação a mercado, uma vez que a avaliação de novas oportunidades de diversificação de canais de distribuição se trata de uma atividade rotineira das empresas do conglomerado”, disse a companhia. 

No dia 17 de janeiro, a Coluna do Broad, de O Estado de S. Paulo, disse que BB Seguridade fez proposta não-vinculante para disputar o balcão de seguros da Caixa Econômica Federal.  

Fibria (FIBR3, R$ 52,81, -0,11%) e Suzano (SUZB3, R$ 21,09 +0,43%)

Após a alta de até 7% na véspera, as ações do setor de papel e celulose perderam força nesta sessão. Ontem, o dia foi de disparada para os papéis  após relatório do Bradesco BBI, que está otimista sobre o setor e também após a Fibria (que inclusive é top pick do banco) anunciar um novo aumento de preços de celulose em US$ 30 a tonelada para a Europa e América do Norte, válidos a partir de 1 de fevereiro. 

A continuidade da alta de preços da celulose e das taxas de câmbio favoráveis, implicando uma significativa geração de fluxo de caixa livre e desalavancagem, ajudará os produtores de papel e celulose da América Latina a terem “outro ano estelar” em 2018, de acordo com relatório dos analistas do banco. 

A Fibria é a top pick do banco, que também gosta de Suzano. Klabin, CMPC e COPEC têm recomendação neutra; no Chile, CMPC é preferida. O Bradesco BBI espera que as principais produtoras de celulose tomem importantes decisões estratégicas, em projetos de crescimento ou consolidação. O banco tem estimativa média de US$ 720 a tonelada para o preço da celulose em 2018, 12% acima de 2017 e 11% acima das previsões anteriores do banco.

“Esperamos que os preços da celulose tenham uma corrida saudável em direção a níveis máximos de US$ 820 a tonelada até 2020, sendo que depois disso modelamos uma correção gradual para nossa projeção de preço de longo prazo de US$ 580 a tonelada”. 2018 será um ano de decisões importantes para as cias. de papel e celulose da América Latina, dizem os analistas, citando que a Fibria pode decidir avançar com a expansão de Horizonte 3, enquanto Suzano também avalia uma expansão de parcerias.

Ambev (ABEV3, R$ 22,00, +0,36%)

A Ambev concluiu a compra de 30% da Tenedora, titular de quase a totalidade da Cervecería Nacional Dominicana, passando a deter agora 85% da companhia.

Anunciada pela Ambev no mês passado, a operação envolveu o pagamento de US$ 926,5 milhões à E. León Jimenez (ELJ), que possui fatia de 15% na companhia.

Prumo (PRML3, R$ 11,00, 0,00%) e BR Distribuidora (BRDT3, R$ 17,90, 0,00%)

A Prumo fez acordo com a BR Distribuidora pelo fornecimento de combustível para veículos e quipamentos no Porto de Açu. Um ponto de abastecimento será instalado no Complexo Portuário e Industrial do porto.

 
“A área destinada ao ponto de abastecimento será de aproximadamente 5 mil m² e contará com estrutura de tanques para fornecimento de combustível, para veículos e equipamentos, com venda direta para as empresas instaladas no Complexo Portuário e Industrial do Porto do Açu”, disse a Prumo. Nenhum valor foi divulgado, mas a empresa de logística informou que os custos serão pagos por futuros investidores.

Metal Leve (LEVE3, R$ 24,86, +2,30%)

O Conselho de Administração da Metal Leve aprovou o plano de negócios para industrialização e comercialização da tecnologia MBE2 de forma a incrementar o processo da produção de etanol de primeira geração.

A companhia iniciará essa operação diretamente ou através de uma controlada, e, espera para o ano de 2018 vendas no montante de R$ 4,9 milhões e investimentos de R$ 12,4 milhões.

RNI (RDNI3, R$ 6,13, -5,40%)

A RNI caiu após a divulgação de prévia operacional do 4º trimestre. A construtora informou que os lançamentos cresceram para R$ 199 milhões no quarto trimestre ante R$ 18 milhões na base de comparação anual, com três projetos em 2017. A parte RNI nos lançamentos foi de 88%; os projetos foram os únicos lançados no ano. As vendas brutas contratadas ficaram estáveis na base anual em R$ 173 milhões, sendo 93% a parte da RNI. Os distratos foram de 27% das vendas brutas, totalizando R$ 46 milhões. 

Suzano (SUZB3, R$ 21,09, +0,43%)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de 92,84% do capital social da Fábrica de Papel da Amazônia (Facepa) pela Suzano Papel e Celulose, conforme indica despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 19. O negócio, anunciado em dezembro, custou por R$ 310 milhões à Suzano.

A Facepa produz e comercializa uma vasta lista de produtos de papel, incluindo toalhas de papel, guardanapos, fraldas, papel higiênico e lenços de papel sob diversas marcas, com forte presença no Norte e Nordeste do Brasil. A empresa tem fábricas localizadas em Belém (PA) e Fortaleza (CE) e uma capacidade instalada total de aproximadamente 50 mil toneladas por ano.

A operação aprovada pelo Cade envolve o mercado de papéis sanitários, também chamados de “tissue”, cujo principal produto é o papel higiênico, mas inclui também a produção de toalhas, guardanapos, lenços e outros.  

A Suzano tem duas linhas de produção, em Mucuri (BA) e Imperatriz (MA), com capacidade de 120 mil toneladas de bobinas de papel “tissue” por ano. Essa produção foi iniciada recentemente, em setembro de 2017.

Eletropaulo (ELPL3, R$ 14,50, +0,21%)

A Coluna do Broad informa que a Eletropaulo já contratou os bancos de investimento que trabalharão em sua oferta subsequente de ações (follow on). O sindicato é formado por JPMorgan, Bank of America Merril Lynch, Itaú BBA e Bradesco BBI. Procurada pela publicação, a companhia reiterou que avalia a possibilidade de realização de uma oferta, “dentre outras alternativas disponíveis para o financiamento de suas atividades”.

JBS (JBSS3, R$ 9,71, +0,73%)

A J&F, controladora da JBS, está implementando um programa de “compliance” em todas as suas empresas, informa a coluna de Mônica Bergamo, da Folha.  A JBS saiu na frente e já tem uma diretoria independente voltada para essa área, diz o jornal. O responsável por dirigir o “compliance” da holding será o advogado Emir Calluf Filho, com passagens por Philip Morris e International Flavors & Fragrances.

Gol (GOLL4, R$ 15,90, -1,12%)

Segundo informa a Folha, o Ministério dos Transportes cumpriu decisão cautelar do TCU (Tribunal de Contas da União) e suspendeu nesta quinta-feira (18) a reabertura do aeroporto da Pampulha, na capital mineira, para voos entre Estados. 

A Gol estava com passagens à venda para Pampulha e inclusive já havia programado um voo inaugural para a próxima segunda-feira (22). O Boeing-737/700 da companhia sairia de Congonhas, em São Paulo.  A Gol informou que vai acatar a decisão dos órgãos e suspender o voo. 

(Com Agência Estado) 

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.