Publicidade
SÃO PAULO – Mesmo em meio ao receio de “shutdown” nos EUA, o dia é de ganhos para os principais índices mundiais, também guiados pela alta de commodities. Por aqui, o noticiário corporativo é movimentado, principalmente com relação ao acordo Boeing-Embraer, ao mesmo tempo em que o governo dá as suas últimas tacadas em busca de apoio à reforma. Já o Tesouro confirmou emissão de US$ 1,5 bilhão e diz que demanda foi 4 vezes maior. Confira no que ficar atento nesta sexta-feira:
1. Bolsas mundiais
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, ignorando o desempenho negativo da bolsa dos EUA na última quinta-feira por conta das preocupações com negociações no Congresso para evitar um “shutdown” do governo. Na noite de ontem, a Câmara dos Representantes aprovou projeto ampliando o teto de endividamento, mas a votação no Senado ainda é cercada por incertezas, onde democratas alegam ter votos suficientes para bloquear a medida. No mercado de commodities, o petróleo interrompe rali e tem baixa moderada nesta manhã mesmo após a nova queda dos estoques nos EUA, enquanto os contratos futuros de minério de ferro negociados na China sobem após o Barclays elevar suas previsões para a commodity. Às 8h07 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices: *Dow Jones Futuro +0,32% *CAC-40 (França) +0,49% *FTSE (Reino Unido) +0,12% *DAX (Alemanha) +0,92% *FTSE MIB (Itália) +0,65% *Hang Seng (Hong Kong) +0,43% (fechado) *Xangai (China) +0,41% (fechado) *Nikkei (Japão) +0,19% (fechado) *Petróleo WTI -0,73%, a US$ 63,48 o barril *Petróleo brent -0,68%, a US$ 68,84 o barril *Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,59%, a 543,5 iuanes (nas últimas 24 horas) Bitcoin US$ 11.736,80 +3,12% (nas últimas 24 horas) 2. Agenda de indicadores
Em dia de agenda fraca, os destaques ficam para os indicadores americanos da confiança ao consumidor de Michigan, às 13h, como para o discurso de Randal Quarles, diretor do Federal Reserve, às 16h. Em destaque no Brasil, o Tesouro Nacional confirmou a captação de US$ 1,5 bilhão com a reabertura do bônus Global 2047, com vencimento em 21 de fevereiro daquele ano. O título foi emitido no mercado norte- americano com yield de 5,6% ao ano e spread de 271 pontos-base acima da Treasury de 10 anos. Segundo o Tesouro, a demanda de títulos foi quatro vezes maior que o volume emitido, comprovando a percepção positiva dos estrangeiros para o País mesmo após o recente rebaixamento de rating pela S&P. 3. Temer: Previdência e caso Rodrimar
A Michel Temer enviou na última quinta-feir ao STF (Supremo Tribunal Federal) as respostas por escrito às perguntas feitas pela Polícia Federal no inquérito para investigar o suposto favorecimento da empresa Rodrimar por meio da edição do chamado “Decreto dos Portos”. Nas respostas, Temer negou qualquer favorecimento para Rodrimar S/A e recebido doações. Em outra das 50 respostas enviadas à PF, Temer diz não ter recebido ofertas para acrescentar no decreto dispositivos que beneficiassem determinadas empresas e afirma que agiria com “enérgica repulsa” diante de tal atitude: “não recebi nenhuma oferta de valor para inserir dispositivos mais benéficos no Decreto dos Portos, ainda que em forma de doação de campanha eleitoral. Em tal hipótese, minha reação seria de enérgica repulsa, seguida da adoção das medidas cabíveis”, afirmou. Destaque ainda para as últimas tacadas de Temer para aprovar a reforma da Previdência. Ontem, ele participou de gravações no SBT, nos programas de Silvio Santos e Ratinho, de forma a aumentar a aprovação popular à mudanças nas regras de aposentadoria: “foi uma honra e uma alegria participar do programa do Silvio Santos, no SBT. Tive a oportunidade única de explicar a importância de uma reforma da Previdência mais justa para todos e que combata os privilégios”, escreveu o presidente através de sua conta no Twitter. Já o Estadão informa que, para aumentar o apoio entre os deputados, o goveno vai abrir as torneiras das emendas parlamentares para aprovar a reforma da Previdência antes do fim de fevereiro e consolidar a estratégia de montar uma ampla frente eleitoral com todos os partidos da base aliada. O valor do “arsenal” de Temer, como em restos a pagar de emendas parlamentares e novas emendas do Orçamento, pode superar R$ 30 bilhões, informa a publicação. 4. Lula: carta aos brasileiros e julgamento chegando
Na próxima quarta-feira, o recurso do ex-presidente Lula em segunda instância ganha todos os holofotes. Enquanto isso, destaca o Estadão, a equipe do petista tenta dar ares de normalidade à sua pré-campanha à Presidência e finaliza a nova Carta ao Povo Brasileiro do petista. O documento será apresentada em 26 de fevereiro – quando o PT completa 37 anos –, seja qual for o resultado do julgamento em Porto Alegre. Contudo, diz o jornal, ao contrário da Carta ao Povo Brasileiro de 2002, feita para acalmar o mercado financeiro receoso diante da possibilidade da primeira eleição de Lula, o texto de 2018 será voltado para a classe média, especialmente para o eleitorado que já votou no PT, mas culpa Dilma pela crise econômica e associa o partido aos escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. 5. Noticiário corporativo
Em destaque no radar corporativo, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, suspendeu a liminar que proibia a realização do leilão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo, que será realizado hoje às 10h00 na B3. A CCR é apontada como uma das favoritas para faturar as linhas. As notícias sobre o acordo entre Embraer e Boeing também estão no radar. Segundo o Valor, as companhias discutem um novo modelo de negócios, com criação de nova companhia, que poderiam ter controle da norte-americana. A Reuters, por sua vez, informou que a proposta da Boeing precificaria a Embraer em algo entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões (veja mais aqui). A Usiminas, por sua vez, quitou US$ 400 milhões em títulos, enquanto a Petrobras retomou as operações no FPSO no Campo Lula após incêndio. A Ambev tornou-se titular de cerca de 85% da Tenedora, enquanto a Prumo informou que o Porto do Açu firmou contratos com a BR Distribuidora. Por fim, no radar de recomendações, a Vivo foi rebaixada a ’neutra’ por Credit Suisse, com preço-alvo de R$ 56, enquanto a Via Varejo foi elevada a ’compra’ pelo Goldman, com preço-alvo de R$ 29,40. (Com Agência Estado e Agência Brasil) Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear
