Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta terça-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após o Ibovespa atingir na véspera nova máxima histórica, as atenções do mercado se voltam para o retorno de Wall Street, enquanto a Ásia registra uma nova sessão de ganhos. A ofensiva de Temer pela reforma da Previdência e a “Carta de Lula” ao Povo Brasileiro também estão em destaque. Confira no que se atentar:

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1. Bolsas mundiais
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, com as chinesas se recuperando de perdas de ontem e a japonesa alcançando o maior nível em 26 anos com o enfraquecimento do iene ante o dólar. Mas o grande destaque foi o Hang Seng, de Hong Kong, que atingiu máxima histórica.

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Vale destacar que, em conversa telefônica, o presidente da China, Xi Jinping, disse hoje ao presidente dos EUA, Donald Trump, que o governo chinês está pronto para trabalhar com Washington numa solução para a questão nuclear da Península Coreana e resolver também questões econômicas e comerciais de interesse mútuo. No Japão, o Nikkei teve alta de 1%, a 23.951,81 pontos, maior patamar desde janeiro de 1992, sustentado por papéis ligados à automação de fábricas, assim como de montadoras e de tecnologia. Já na Europa, o dia também é de ganhos, com os investidores de olho no início da temporada de balanços. 

No mercado de commodities, o petróleo mantém patamar de US$ 64, enquanto metais recuam em Londres e pausam rali. Além disso, depois de operar em baixa durante a sessão asiática, o bitcoin sofreu acentuada queda de mais de 10% em cerca de uma hora de negócios, atingindo níveis não vistos desde o começo de dezembro. A criptomoeda chegou a ser negociada em torno de US$ 11.700, ante US$ 13.200 apenas uma horas antes, segundo a CoinDesk.

Às 8h27 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

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*CAC-40 (França) +0,31%

*FTSE (Reino Unido) +0,20%

*DAX (Alemanha) +0,71% 

*FTSE MIB +0,49%

*Hang Seng (Hong Kong) +1,81% (fechado)

*Xangai (China) +0,79% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1% (fechado)

*Petróleo WTI -0,09%, a US$ 64,24 o barril

*Petróleo brent -0,81%, a US$ 69,69 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -1,58%, a 529,5 iuanes (nas últimas 24 horas)

Bitcoin US$ 11.901,20 -14,06% (nas últimas 24 horas)

2. Agenda de indicadores

A atenção fica voltada para a retomada do mercado norte-americano após o feriado de Martin Luther King Jr. Às 11h30, será revelado o Empire Manufacturing de janeiro. 

Antes disso, na agenda doméstica, saiu o resultado do IGP-10, que ficou em 0,79% em janeiro, levemente acima das estimativas de 0,76% do mercado. 

 3. Ofensiva de Temer pela Previdência

O jornal Valor Econômico desta terça-feira destaca as novas frentes do presidente Michel Temer para conquistar votos a favor da reforma da Previdência: além da ida a programas populares, uma articulação com lideranças de igrejas evangélicas.

Hoje Temer reúne-se com o pastor José Wellington, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Paulo às 17h. Ele também grava participação no programa de estreia de Amaury Jr na TV Bandeirantes. Ontem, Temer recebeu no Planalto o apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. O presidente busca o convencimento dos fiéis por meio dos pastores, e sobretudo dos parlamentares que têm ligação com esses líderes religiosos e integram a bancada evangélica na Câmara.

Ontem, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, avaliou que o panorama atual pela aprovação da previdência é mais favorável do que em dezembro, quando começou o recesso parlamentar.

O Valor também informa que o governo está sendo positivamente surpreendido com os números fiscais de 2017, existindo a possibilidade concreta de que o déficit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) fique abaixo de R$ 120 bilhões, ante uma meta de R$ 159 bilhões prevista para o ano passado, de acordo com fontes da área econômica.

4. Lula e eleições

Em entrevista à Bloomberg, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara uma nova “Carta ao Povo Brasileiro”, para tentar conter novamente o nervosismo do mercado com sua candidatura. A carta, que segundo ela já está sendo redigida por Lula e sua equipe, apresentará o modelo de desenvolvimento econômico para o Brasil caso o petista volte a ser presidente. 

Atenção ainda para o “Dia D” para Lula nas eleições, o próximo dia 24, quando ele será julgado na segunda instância. Apesar de muitos alardes, o chefe do GSI, general Sérgio Etchegoyen, fez um relato ao presidente Michel Temer sobre o esquema de segurança montado pelas forças locais para conter qualquer tumulto no dia 24. Segundo o militar, que troca informações com o comando do RS, aposta-se na repetição da estratégia que garantiu atos pacíficos em Curitiba, quando o petista foi condenado em primeira instância, informa a coluna Painel, da Folha. 

5. Noticiário corporativo

Mais uma vez, o noticiário corporativo tem como destaque a Eletrobras, com o Estadão destacando que disputas judiciais podem empurrar para 2019 a privatização da companhia elétrica. Atenção ainda para a Direcional, que apresentou prévia operacional do quarto trimestre com vendas líquidas somando R$ 242 milhões, alta de 35% na base de comparação anual. Além disso, o Bradesco BBI revisou o setor, vendo recuperação de construtoras de alta e média renda: Even foi elevada para outperform e Cyrela elevada para neutra. Contudo, MRV e Tenda são as top picks do banco. Também no radar de recomendações, a Braskem foi elevada a ’outperform’ por Itau BBA, com preço-alvo de R$ 55.

Atenção ainda para assembleia de empresas: a Vale prevê fazer assembleia geral ordinária de acionistas em 13 de abril, enquanto a Oi marcou reunião para o dia 27 de abril. Já a Petrobras Distribuidora fará primeira AGO após abertura de capital no dia 25 do mesmo mês. Por fim, a Multiplan também soltou prévia operacional do quarto trimestre e do ano passado, com as vendas nos shoppings crescendo 6,8% no ano. 

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.