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SÃO PAULO – Compre crescimento e evite ações com beta alto. É assim que a equipe do Bank of America Merrill Lynch formada David Beker, Nicole Inui e Paula Andréa Soto vê uma boa forma de se posicionar no Ibovespa neste ano que se inicia – e que promete ser de fortes emoções por conta do ano eleitoral (ainda mais levando em conta a forte incerteza desse ano).
“À medida que entramos em um ano eleitoral no Brasil, muitos investidores estão questionando como devem posicionar”, apontam os estrategistas do banco americano. Desta forma, eles examinaram os anos das eleições anteriores para entender quais categorias de ações normalmente apresentam um desempenho superior ou inferior ao dos anos eleitorais.
Nos últimos três ciclos eleitorais (2006, 2010 e 2014), as ações relacionadas ao crescimento tendiam a ter melhores resultados, assim como as ações de empresas com fortes fundamentos. Por outro lado, os ativos com beta alto (ou seja, bastante sensível às variações tanto positivas quanto negativas do Ibovespa. Quando o índice sobe, a ação da empresa sobe muito mais e vice-versa), que têm maior alavancagem e alta volatilidade apresentaram desempenho consistentemente inferior.
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Mas o que são as “ações de crescimento”? São papéis de empresas com alavancagem moderada, onde a relação entre dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) é menor que 2,5 vezes, que reinvestem seu fluxo de caixa e que possuem as mais altas taxas de crescimento de longo prazo baseadas nas estimativas dos analistas fundamentalistas do banco. São elas: Estácio (ESTC3), Magazine Luiza (MGLU3), São Martinho (SMTO3), TIM Participações (TIMP3) e Usiminas (USIM5), que possuem recomendação de compra pelo banco, assim como Pão de Açúcar (PCAR4) e Duratex (DTEX3), que possuem recomendação neutra.
Já as ações com alto beta aparecem com um desempenho constantemente abaixo em ano eleitoral. Em 2016, o desempenho das ações com alto beta melhorou em meio à percepção mais positiva de risco no Brasil. “Dirigindo-se a um ano eleitoral, se o histórico for um guia, o beta alto deve ser evitado”, apontam os estrategistas. A cesta de ‘beta alto’ inclui empresas com alta alavancagem (acima de 2,5 vezes), alta volatilidade, além de empresas estatais e/ou de setores regulados pelo governo. No cenário atual, os estrategistas apontam CSN (CSNA3), Light (LIGT3), Cemig (CMIG4), Banrisul (BRSR6), Gerdau (GGBR4), Rumo (RAIL3) e Banco do Brasil (BBAS3).
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