InfoTrade: o que esperar para o mercado depois do corte do rating brasileiro?

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Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO, 12 de janeiro de 2018 (sexta-feira)

Depois de muita especulação, a S&P (Standard & Poor’s) cortou o rating brasileiro de ‘BB’ para ‘BB-‘, o que acabou gerando uma expectativa negativa para abertura do Ibovespa nesta sexta-feira e pode ofuscar o fechamento bastante positivo do índice no pregão passado, como também anular a expectativa de baixa para o dólar, que encerrou perdendo seu principal suporte.

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Portanto, o último pregão da semana promete ser marcado por uma intensa volatilidade e o trader deve ter na “ponta da língua” os principais pontos de suportes e resistências do Ibovespa, como do dólar e das blue chips da bolsa, a fim de antecipar possíveis reversões. Por isso, confira abaixo os patamares que vão definir o rumo do mercado depois do corte da agência de classificação de risco:

Ibovespa

+1,49% 79.365

Resistências: 79.415 / 79.600 / 79.825
Suportes: 78.164 / 77.600 / 76.400
O fechamento na máxima e muito próximo de superar o topo histórico em 79.415 pontos apontava sem grandes dúvidas para mais um pregão de ganhos, mas o corte do rating pode colocar “água no chopp” da festa. Assim, o trader deve ficar de olho nos 78.164 pontos, pois sua perda confirmará um Topo Duplo (padrão de reversão) no índice e abrirá caminho para uma correção até 76.400 pontos, onde oferecerá uma nova oportunidade de compra. Agora, caso o Ibovespa seja contaminado pelo otimismo das bolsas internacionais, lembrando que teremos às 11h30 a inflação ao consumidor dos EUA de dezembro, que pode repetir o resultado abaixo do esperado dos preços ao produtor, um novo topo histórico será cravado e o caminho estará aberto para o objetivo do gráfico semanal em 79.600 pontos.
Dólar Futuro

-0,43% 3.223

Resistências: 3.265 / 3.277 / 3.298

Suportes: 3.210 / 3.190 / 3.172

Ao deixar para trás 3.233 pontos, a moeda desconfigurou o sinal de fundo e voltou a ganhar volatilidade na venda, mas a expectativa pelo aumento de aversão ao risco por conta do corte do rating pode inibir os vendidos. Para isso, além de recuperar 3.245 pontos, será preciso romper 3.265 pontos para de fato anular o viés de baixa, tendo como objetivo 3.300 pontos. Agora, prevalecendo o viés negativo, o que representa deixar para trás a mínima do pregão passado em 3.220 pontos, a moeda tem pela frente o gap para fechar em 3.210 pontos, que é sua “última esperança”, pois a perda abrirá caminho direto para a mínima de outubro em 3.172 pontos.
Petrobras (PETR4)

+2,68% R$17,25

Resistências: R$17,31 / R$17,44 / R$18,17
Suportes: R$16,57 / R$16,10 / R$15,87
Confirmado o prognóstico de queda do mercado, não sendo o petróleo, que segue embalado pela quarta sequência de queda dos estoques da commodity nos EUA, a estatal deve encerrar mais uma semana abaixo do topo em R$ 17,44 e os investidores devem ficar de olho em R$ 16,57, pois sua perda abrirá caminho para uma correção mais forte, tendo como alvo a faixa de R$ 16,00. Do contrário, deixando para trás a principal resistência de curto prazo, a estatal vai em busca de R$ 18,17 e R$ 18,49, barreiras cravadas em outubro de 2016.
Vale (VALE3)

+1,95% R$43,30

Resistências: R$43,75 / R$ 44,64 / R$ 45,00
Suportes: R$42,29 / R$41,30 / R$40,26
Apesar da recuperação acompanhada, a mineradora não foi capaz de superar o último topo em R$ 43,75 e o fraco volume na compra sugere atenção para quem ainda está comprado, pois o risco da perda de R$ 42,29 não foi descartado e ganhou ainda mais força com a possibilidade de queda do mercado. Para seguir com seu ritmo de alta, o papel precisa deixar para trás R$ 43,75, renovando seu momentum positivo e abrindo caminho para a máxima cravada em 2011 em R$ 44,64, lembrando que seu principal alvo está em R$ 50,18 – topo histórico. Uma correção somente será engatilhada com a perda de R$ 42,29, tendo como objetivo fechar o gap em R$ 40,26.
Itaú Unibanco (ITUB4)

+2,09% R$45,37

Resistências: R$45,37 / R$45,60 / R$46,05

Suportes: R$44,16 / R$43,57 / R$42,80

Depois de marcar fundo intermediário em R$ 44,16 e pelo fechamento positivo de ontem, tudo indicava que o banco poderia renovar o topo histórico em R$ 45,60, mas o corte do rating soberano irá afetar diretamente os bancos, já que boa parte das carteiras está lastreada nos títulos do governo e um corte da nota de crédito das instituições financeiras é algo automático. Portanto, fica a expectativa pela manutenção dos preços sob a máxima histórica, mas uma correção mais forte somente será engatilhada na perda de R$ 44,16, tendo como objetivo testar o topo rompido em R$ 42,80. O rompimento de R$ 45,60 anula todo esse cenário.
Gráfico do Dia: Braskem (BRKM5)

+2,89% R$46,21

Resistências: R$46,21/ R$46,87 / R$47,44

Suportes: R$44,50 / R$43,76 R$43,30

Recomendação de compra aberta em 22 de dezembro, o papel superou R$ 45,66 no pregão passado e consolidou o Fundo Duplo (quadrados pretos) formado em dezembro, que por si gerou uma expectativa positiva nesta sexta-feira, que ganhou mais um componente: expectativa de alta do dólar pelo corte do rating. Como a empresa tem parte de sua receita lastreada na moeda, uma alta tende a consolidar esse cenário gráfico positivo. Assim, superando a máxima em R$ 46,21, a ação ganhará volatilidade na compra (abertura das Bandas de Bollinger) e irá atingir o objetivo da operação em R$ 47,44, o que corresponde a um potencial de valorização de 10% frente o ponto de entrada em R$ 43,30. O stop loss deve seguir em R$ 41,43 (-4,3%), ao passo que deve ser elevado na confirmação da perda de R$ 42,24.

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O analista responsável é Rafael Ribeiro (CNPI-T EM-946), com supervisão de Thiago Salomão (CNPI-P EM-1399).

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