Ação PN do Santander dispara 7% com distribuição de dividendos “gordos”; veja mais destaques

Confira os principais destaques da Bolsa desta sexta-feira 

Rodrigo Tolotti

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Confira abaixo os principais destaques de ações deste pregão:

Petrobras (PETR3, R$ 17,84, +0,79%; PETR4, R$ 16,83, +0,60%)
As ações da Petrobras tiveram leves ganhos, apesar do dia de queda dos preços do petróleo. Em Londres, os contratos futuros do Brent caíram 0,66%, a US$ 67,62 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, recuaram 0,89%, a US$ 61,46 o barril. Apesar disso, o preço da commodity segue próxima da máxima de 3 anos após o relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) mostrar a 7ª queda seguida dos estoques do óleo cru no país, a maior sequência desde agosto. 

Além disso, no radar, a petroleira anunciou corte de 1,1% do preço da gasolina e de 1,7% no preço do diesel nas refinarias, que serão válidos a partir deste sábado (6).

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A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. 

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

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Cyrela (CYRE3, R$ 13,70, +1,56%)

O Morgan Stanley revisou a recomendação para as ações da Cyrela de underweight (exposição abaixo da média do mercado) para overweight (exposição acima da média do mercado), com o preço-alvo sendo elevado de R$ 10 para R$ 15, o que configura um potencial de alta de 11% em relação ao último fechamento. 

Siderúrgicas
Depois de forte movimento de alta nos últimos dias, as ações das siderúrgicas tiveram uma sessão bastante volátil após a Coluna do Broad, do Estadão, apontar que a Usiminas (USIM5, R$ 10,03, -4,29%) já fechou com as montadoras um reajuste do preço do aço de 23%.

O percentual é o mesmo firmado e já divulgado pela CSN (CSNA3, R$ 9,49, +2,26%). Procurada, a Usiminas não comentou. A realização dos lucros ocorre após uma alta de 15% da Usiminas nos últimos 3 pregões. No mesmo período, a CSN subiu 10%. 

As ações da Gerdau (GGBR4, R$ 13,48, -1,25%) também tiveram pregão de correção hoje após subirem 10% em 3 dias, enquanto a Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 6,27, +0,32%), que estava mais afastada do rali (alta de 10% em 3 dias), ficou praticamente estável. 

Bradespar (BRAP4, R$ 31,49, +2,41%)
Seguindo o movimento da Vale, as ações da Bradespar – holding que detém participação na mineradora – estendem os ganhos de ontem. Os papéis sobem sem pausa pelos últimos 14 pregões, acumulando no período valorização de 20,3%. 

Ontem, os analistas do Credit Suisse e BTG Pactual comentaram sobre os papéis da Bradespar em relatórios. Para eles, a ação parece negociar hoje com um desconto – de cerca de 25% – exagerado em relação à Vale (VALE3, R$ 42,29, +1,56%), sendo que ela é uma holding com praticamente um único ativo e quase sem dívida (R$ 44 milhões). Para os analistas do Credit, um desconto de apenas um dígito seria mais razoável. Eles elevaram o preço-alvo da ação para R$ 33,70, reforçando a recomendação outperform (desempenho acima da média). 

Eles apontam ainda que o pagamento de imposto de ganho de capital com a venda das ações da CPFL foi menor do que o teórico, devido aos créditos fiscais que a empresa tinha, além de outros beneficios como o pagamento de JCP.  Além disso, eles lembram que, no dia 15 de fevereiro, encerra o periodo de “lock up” das ações VALE3 e que, apesar de não ser o cenário-base, um desinvestimento poderia ser um catalisador para fechar o spread. “No entanto, ponderamos que há um risco (improvável, porem não impossível) de que a Bradespar decida por fazer novos investimentos ao invés de distribuir caixa aos acionista”, afirmam.

Já os analistas do BTG também destacam que a empresa pagou imposto na venda da CPFL bem abaixo das expectativas (eles acreditam que a holding tenha pago cerca de R$ 280 milhões em impostos, R$ 200 milhões abaixo de suas expectativas). Eles disso eles apontam que a alavancagem da empresa caiu para próxim de zero.

“Considerando que esta é uma holding de um único ativo (Vale) e sem dívida, na nossa opinião, uma das melhores alternativas de alocação de capital com o excesso de dinheiro seria acelerar o programa de recompra. Embora não tenhamos nenhuma definição sobre os próximos passos do holding nesta conjuntura, acreditamos que o diretoria está ciente do desconto excessivo. Os próximos meses serão críticos”, comentam.

Santander (SANB4)
As ações preferenciais do Santander dispararam durante a tarde e atingiram a máxima histórica com os investidores de olho nos proventos que a companhia irá distribuir. Hoje foi o último dia para aproveitar a distribuição da remunuração, com o banco passando a negociar “ex-dividendos” e “ex-JCP” na próxima segunda-feira (8).

Levando-se em consideração os dois proventos, o dividend yield (dividendo pago por ação dividido pelo último fechamento) dos papéis preferenciais alcança 4,4%.

Confira a tabela dos proventos que serão distribuídos:

Ação Tipo de provento Valor do provento por ação (R$)
SANB3 JCP 0,2489101082
SANB3 Dividendo 0,3182993711
SANB4 JCP 0,2738011190
SANB4 Dividendo 0,3501293082
SANB11 JCP 0,5227112272
SANB11 Dividendo 0,6684286793

Locamerica (LCAM3, R$ 22,00, +9,95%)
A Locamerica disparou nesta sexta-feira após chegar a cair 7% desde ontem em meio ao “block trade” – quando há leilão para negociar um grande lote de ações na Bolsa. 

De acordo com dados da B3, a operação somou R$ 109,3 milhões por 4,9 milhões de papéis, com a venda saindo a um valor aproximado de 22,30 – muito acima dos R$ 18,79 apontados no comunicado divulgado na véspera, e que fizeram com que as ações caíssem quase 5% na sessão passada. 

Vale destacar ainda que a operação ocorre após o papel disparar 23% entre o dia 28 de dezembro e 3 de janeiro, na esteira da notícia de proposta de fusão entre a Locamerica e a Unidas. Após a conclusão da operação, a Locamerica-Unidas contará com uma escala com mais de 100 mil carros, 234 lojas de locação de veículos, 72 lojas de seminovos e presença em todos os Estados e no Distrito Federal.

O movimento de alta não é algo incomum de acontecer após operações de block trade. Isso porque, como há uma venda generalizada de ações, os preços começam a ficar atrativos para compra ao mesmo tempo em que “seca” a quantidade de acionistas querendo se desfazer dos papéis. 

Azul (AZUL4, R$ 27,20, -0,11%)

Em entrevista ao Valor, o presidente da Azul, John Rodgerson, disse que não cogita mudar o plano de investimento por causa de sua maior acionista individual, a chinesa HNA, que enfrenta dificuldades para pagar alguns compromissos. “Não tem nenhum impacto. O plano de investimento da Azul independe do HNA”, disse ele. 

Embraer (EMBR3, R$ 20,65, -5,28%)

As ações da Embraer caíram forte após notícia da agência da Dow Jones divulgada pelo WSJ sobre o acordo entre a companhia brasileira e a Boeing.

De acordo com a agência, a Boeing está em discussões com a Embraer e o governo brasileiro sobre formas de lidar com os receios do governo sobre a potencial aquisição. As duas empresas concordaram informalmente em termos de pagamento das ações da Embraer em US$ 28 por ação, o que desanimou o mercado, que esperava um prêmio maior pelos papéis.

Vale destacar, contudo, que há uma resistência do governo sobre a combinação dos negócios da companhia, que se baseia principalmente na área de defesa da Embraer. Com isso, informa a agência, a Boeing está considerando permitir que o governo mantenha um poder de veto dado pela golden share sobre transações envolvendo a área de defesa.

Ultrapar (UGPA3, R$ 77,26, +0,21%) e BR Distribuidora (BRDT3, R$ 17,50, +1,74%)

O Valor Econômico informa que as quatro maiores distribuidoras de combustíveis do país podem receber uma multa milionária do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) após um parecer da Superintendência Geral (SG) da autoridade antitruste apontar que Ale, BR (BRDT3), Ipiranga – da Ultrapar (UGPA3), e Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) formaram um cartel em Belo Horizonte e municípios vizinhos entre 2007 e 2008. 

Segundo o Valor, a multa pode chegar perto do teto permitido pela legislação, de 20% do faturamento no ano anterior ao da abertura do processo nas regiões afetadas. Isso porque os fatos apurados são considerados graves por pessoas que tiveram acesso aos autos. O ano para efeito de cálculo será 2010 e a receita se refere às cidades incluídas no processo. O caso deve ir a julgamento ainda neste ano.

(Com Agência Estado)

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.