Vale sobe 3%, Oi dispara até 22% após credores aprovarem plano e estatal salta 15% com aquisição

Confira os principais destaques da Bolsa desta sessão

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa voltou a operar acima dos 73.000 pontos nesta quarta-feira (20) e fechou na sua terceira alta em quatro pregões, sustentado pelos ganhos da Vale e Petrobras, enquanto os bancos, que chegaram a subir mais de 1% após o Banco Central reduzir as alíquotas dos recolhimentos compulsórios à vista e a prazo, reduziram os ganhos. 

Fora do índice, chamaram atenção as ações da Celesc, que saltaram 15% com forte volume financeiro, após a Energias do Brasil anunciar que adquiriu participação na companhia por R$ 230 milhões. Os papéis ENBR3, por sua vez, fecharam em queda. Além delas, destaque ainda para a Oi, que chegou a disparar 22% nesta sessão, mas encerrou em alta mais amena após os credores terem aprovado plano de recuperação judicial da empresa em reunião que durou 15 horas. 

Confira abaixo os destaques da Bolsa desta quarta-feira (20):

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Oi (OIBR3, R$ 3,53, +0,86%; OIBR4, R$ 3,56, +5,95%)
As ações ONs e PNs da Oi chegaram a disparar 10,86% e 21,73%, respectivamente, nesta sessão, mas fecharam em alta mais amena. O movimento ocorreu após a companhia ter conseguido aprovar, na madrugada desta quarta-feira, o seu plano de recuperação judicial, 15 horas após o início da assembleia geral, às 11h30 de terça-feira. Uma nova versão do texto, com ajustes em diversas propostas, foi construída pelos diretores da companhia durante negociações a portas fechadas com advogados dos credores ao longo do dia, durante pausas na assembleia.

A aprovação na classe 1 (credores trabalhistas) e na classe 2 (com garantia real) atingiu 100% dos presentes em ambas. O aval na classe 3 (quirografários) atingiu 99,56% dos presentes, e na classe 4 (pequenos fornecedores), 99,8%. Antes disso, os credores ainda votaram pela aprovação do tratamento das propostas de reestruturação de todas as empresas do grupo Oi em um plano único e consolidado para todas, em vez de planos individuais para cada uma das unidades.

“Com essa força que vocês (credores) nos deram, colocaram a Oi no lugar que ela merece. Nunca pensei em chegar a uma vitória tão brilhante como essa”, discursou o presidente da operadora, Eurico Teles, à frente de algumas centenas de credores que aplaudiam de pé, no Pavilhão 3 do Riocentro. “Agradeço a todos os credores, de todas as classes. A Oi é uma empresa muito forte. Faremos todo o possível para honrar a confiança que os senhores depositaram em nós”, completou o executivo.

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A Oi entrou em recuperação judicial em junho de 2016, após acumular R$ 63,9 bilhões em dívidas com cerca de 55 mil credores. Os ajustes no plano da Oi – que chegou à sexta versão desde o início do processo – têm como uma das principais mudanças a diminuição do prazo de manutenção dos atuais diretores executivos nos cargos. Esse prazo caiu de cinco anos para apenas um ano após a homologação do plano de recuperação. A partir daí haverá uma transição a ser definida pelo conselho de administração. O próprio conselho também terá uma nova composição, com a manutenção de seis membros atuais e a inclusão de outros três participantes a serem indicados por investidores, com aprovação da Anatel.

A versão do plano que estava vigente até então foi alvo de críticas ferozes dos principais acionistas da Oi – o Société Mondiale, de Nelson Tanure, e o Pharol, antiga Portugal Telecom, que apontavam a dotação de “superpoderes” à diretoria, especialmente ao presidente, Eurico Teles, que poderia se perpetuar no posto por um período prolongado.

No caso da Anatel, a Oi passou a reconhecer um montante de R$ 14 bilhões de passivos a serem reestruturados, em vez de R$ 11 bilhões. Agora, porém, as dívidas terão tratamento desmembrado em duas categorias, ao contrário do encaminhamento único que estava proposto até aqui. Os créditos inscritos em dívida ativa (R$ 8 bilhões) serão novados e quitados nos termos vigentes até então, ou seja, em 240 meses. Por sua vez, os créditos ilíquidos, não inscritos em dívida ativa, (R$ 6 bilhões) serão novados e quitados na modalidade de pagamento geral dentro do plano. Essa modalidade prevê 20 anos de carência do principal, seguida de pagamento de 5 parcelas com amortização linear e reajuste por Taxa de Referência (TR). Para o BNDES, houve o detalhamento da taxa de juros para seis casas decimais, que ficaram em TJLP acrescida de 2,946372% ao ano.

Também foi incluído um prazo limite até 20 de fevereiro de 2019 para a efetivação do aporte de capital de R$ 4,0 bilhões. A injeção de recursos também estará sujeita a condições precedentes que, entretanto, ainda não foram informadas. No caso da venda de ativos, haverá reinvestimento de 100% dos recursos durante os primeiros cinco anos, ao invés de três.

Bancos 

As ações dos bancos amenizaram os ganhos depois de subirem mais de 1% nesta quinta-feira, em reação ao anúncio do Banco Central de ajustes nas regras dos depósitos compulsórios. A mais importante delas, destacam os analistas do BTG Pactual, foi a redução de 45% para 40% no compulsório sem remuneração do depósito à vista. “Notícia boa para os bancos, na nossa opinião”, comentam.  

As ações dos principais bancos fecharam em leve alta: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 41,00, +0,37%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,88, +0,16%), Bradesco (BBDC4, R$ 33,00, +0,92%) e Santander (SANB11, R$ 31,03, +0,06%). 

Apesar da alta, os analistas do Credit Suisse comentam que, assumindo que estão investindo a taxa Selic, veem um impacto marginal no lucro dos bancos: 0,9% para Banco do Brasil; 0,5% para o Banrisul; 0,4% para o Itaú Unibanco; 0,3% para o Santander; e 0,3% para o Bradesco.  

Vale (VALE3, R$ 3,15, +3,43%)
As ações da Vale subiram forte seguindo a alta do minério de ferro nesta sessão, que subiu 1,13% no porto de Qingdao, na China. Acompanharam o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 28,35, +3,09%) – holding que detém participação na Vale – e das siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 12,27, +1,32%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,71, +2,51%), CSN (CSNA3, R$ 7,78, +4,99%) e Usiminas (USIM5, R$ 8,99, +4,53%). 

Se uma ação pode salvar o Réveillon, essa ação é a Vale, diz analista

Petrobras (PETR3, R$ 15,96, +1,27%;PETR4, R$ 15,24, +0,66%)

Acompanhando os preços do petróleo, as ações da Petrobras subiram nesta sessão. Em Londres, os contratos futuros do Brent registravam alta de 2,10%, a US$ 64,56 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, avançaram 0,92%, a US$ 58,09 o barril. 

Além disso, no radar, a Petrobras anunciou a elevação do preço da gasolina em 1,4% e do diesel em 0,7%. Os preços serão repassados para refinarias a partir de 21 de dezembro, segundo website da petrolífera. 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Copel (CPLE6, R$ 22,97, +3,42%)
As ações da Copel subiram forte nesta sessão. A empresa aparece entre outras 11 que anunciaram dividendos neste final de ano e ainda não ficaram “ex”, termo utilizado para marcar o dia que será realizado o ajuste dos proventos. Ou seja, quem comprar agora ainda consegue aproveitar o pagamento.

Da lista (que você pode conferir clicando aqui), a Copel é a que pagará o maior provento por ação, de R$ 1,01887, o que representa um dividend yield (dividendos por ação) de 4,6% baseado no fechamento dos papéis CPLE6 da última terça-feira. 

Banco do Brasil

Segundo a Coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, apesar da expectativa quanto ao anúncio de uma nova reestruturação no Banco do Brasil, a reunião do Conselho de Administração da última segunda-feira terminou apenas com algumas mudanças de cadeiras. A então gerente executiva da instituição Carla Nesi foi promovida à diretora de clientes, enquanto Simão Kovalski, que comandava esta área, foi para a diretoria de reestruturação de ativos no lugar de Adriano Meira Ricci, que assumiu a diretoria de micro e pequenas empresas. Isso porque o responsável pela área, Edmar Casalatina, se aposentou. Segundo o jornal, ao que parece, nenhuma mudança mais profunda no BB deve ser anunciada em 2017. “Rumores que circulam, principalmente, nos corredores do banco davam conta de possíveis enxugamentos no quadro de talentos e até mesmo um programa de demissão voluntária (PDV)”, destaca a coluna.

Ainda sobre bancos, vale destacar que o  Banco Central publicou nesta terça-feira (19) uma nota em que informa a redução das alíquotas dos recolhimentos compulsórios sobre recursos à vista e a prazo. No caso dos recursos à vista, a taxa passa de 45% para 40%, enquanto a incidente sobre recursos a prazo cai de 36% para 34%, disse o BC em comunicado. A medida, que faz parte do programa Agenda BC+ e gera efeito líquido que corresponde à liberação de R$ 6,5 bilhões de recursos depositados, contribuindo para a redução estrutural do volume de depósitos compulsórios, explica a autoridade monetária. “Estas reduções reforçam o caráter expansionista da política monetária ao melhorar as condições financeiras na economia e também por aumentar a capacidade de os bancos emprestarem recursos (aumento do multiplicador bancário)”, ressalta a LCA Consultores.

Para o Credit Suisse, contudo, a contribuição das medidas para o crescimento de crédito deve ser baixa. “Esperamos impacto marginal nos ganhos dos bancos: 0,9% para Banco do Brasil, 0,5% para o Banrisul, 0,4% pra o Itaú Unibanco, 0,3% para o Santander Brasil e 0,3% para o Bradesco”, apontam os analistas. 

Recomendações

No radar de recomendações, a SLC Agrícola (SLCE3, R$ 24,82, -0,08%) foi rebaixada a ’neutra’ pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 27. A Locamerica (LCAM3, R$ 15,30, 0,0%) teve a cobertura iniciada como ‘compra’ pela Eleven Financial. 

Já o Itaú BBA mudou a carteira Small Caps com visão positiva para 2018. As novas escolhas do portfólio combinam exposição cíclica tática e questões específicas da empresa, diz Itaú BBA em relatório assinado por Lucas Tambellini, Luiz Cherman e Tiago Binsfeld. O novo portfólio inclui Alupar, Copasa, Randon, Even, Tenda, Metalúrgica Gerdau, Camil, Ser, Valid e Wiz. As ações oferecem avaliação atrativa, potencial de fusões e aquisições ou potencial de crescimento. Saíram da lista as ações de Smiles, Fleury, São Martinho, SLC, Minerva e Cesp: os três primeiros em virtude do crescimento da capitalização de mercado. Analistas acreditam que 2018 será positivo para ações brasileiras, diante dos sinais de recuperação de emprego, baixa inflação e crédito ao consumidor, o que não exclui possíveis choques. 
A carteira small caps do Itaú BBA teve valorização de 35,6% ante alta de 21% para o Ibovespa e 42% para o índice Small Caps. 

Já o Santander destacou o cenário para construtoras após 2018, apontando para recuperação gradual sustentada pela melhora do crescimento do PIB e pela inflação controlada e taxas de juros baixas. “Cyrela continua ’top pick’ no Brasil” devido à expectativa dos analistas do Santander de melhora gradual da demanda e diminuição dos distratos, baixa alavancagem da cia. e uma esperada geração de caixa robusta, que deve gerar dividendos consideráveis nos próximos anos, “compensando os retornos de curto prazo temporariamente baixos”.

Gerdau (GGBR4, R$ 12,27, +1,32%)
O Conselho de Administração da Gerdau, após formalizar a aceitação do pedido de renúncia do diretor presidente André Bier Gerdau Johannpeter e dos diretores Vice-Presidentes Claudio Johannpeter e Guilherme Chagas Gerdau Johannpeter, elegeu seus novos membros.

Para o cargo de diretor presidente, foi eleito Gustavo Werneck da Cunha, que também passará a ser o substituto do diretor de Relações com Investidores. Também foram eleitos como diretores: Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig, Fladimir Batista Lopes Gauto, Fernando Pessanha Santos, Cesar Obino da Rosa Peres, Mauro de Paula e André Brickmann Areno.

Embraer (EMBR3, R$ 16,49, -0,30%)

A Embraer demonstrou à Força Aérea Brasileira o atingimento da Capacidade Inicial de Operação (Initial Operational Capability – IOC) do novo jato de transporte militar
e reabastecimento, segundo comunicado. O atingimento da IOC assegura as condições necessárias para o início da operação da aeronave, em conformidade com o escopo acordado com a FAB.

Como parte da IOC, Embraer obteve Certificado de Tipo Provisório do KC-390 junto à Anac atestando adequação do projeto aos requisitos de certificação de aeronaves da categoria transporte. Até o momento, a campanha de ensaios acumula mais de 1.500 horas de voo nos dois protótipos e mais de 40.000 horas de testes em laboratório dos diversos sistemas da aeronave, segundo o comunicado.

A campanha de ensaios estruturais se aproxima do fim, restando apenas o ensaio de fadiga em corpo de prova em escala real. Ao longo de 2018, estão previstos a emissão do Certificado de Tipo final pela Anac, bem como realização de ensaios em voo de diversas funcionalidades militares, incluindo testes remanescentes de reabastecimento aéreo, lançamento de cargas e outros, visando o atingimento da Capacidade Final de Operação (Final Operational Capability – FOC), objeto da certificação militar final da aeronave. A entrega da primeira aeronave de série à FAB está programada para acontecer ainda em 2018, diz Embraer.

Cielo (CIEL3, R$ 23,39, +0,30%)
A Cielo informou que suas ADRs (American Depositary Receipts) serão negociadas, a partir de 02 de janeiro de 2018, no Nasdaq International Designation, o novo segmento do mercado de balcão norte-americano (OTC).

A Cielo lançou seu programa de ADRs Nível I em março de 2010, no qual cada ADR representa uma ação ordinária da companhia. O Bradesco continua como instituição depositária das ações da empresa, enquanto o Deutsche Bank segue como instituição depositária contratada pela Cielo nos Estados Unidos.

IRB (IRBR3, R$ 32,83, +0,09%)

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) anunciou mudanças importantes ontem à noite para o setor de resseguros. O CNSP acabou com os limites de operação intragrupo – até então havia um limite de 20% por operação com uma escala de ampliação que atingiria 75% em 2020. A regra de reserva obrigatória de mercado de 40% para resseguradoras locais também acaba. “É importante mencionar que a regra preferencial e proteções para o segmento agro continuam valendo. As mudanças podem pesar nas ações do IRB hoje dado que mercado via essas proteções como barreiras de entrada”.

Restoque (LLIS3, R$ 33,00, +7,32%)

O BTG Pactual ressalta que, em evento na segunda-feira, a Restoque comentou que espera melhorias nos resultados financeiros em 2018, com os ajustes no nível da loja e estoques e ganhos fiscais. Esses benefícios fiscais provêm principalmente da amortização do ágio relacionado à aquisição da Dudalina em 2014 e de benefícios fiscais decorrentes de sua fábrica e um centro de distribuição construído este ano no estado de Goiás.

“Além disso, esperam aumentar as vendas em 2018 (embora sem abertura de lojas) pela melhora de produtividade, enquanto margens também se beneficiam da redução de estoques de coleções antigas (e menores markdowns)”, apontam os analistas. 

Gafisa (GFSA3, R$ 20,58, -1,39%)
A Gafisa adiou o vencimento de dívidas de R$ 456,32 milhões para o período entre 2020 e 2021. A postergação, feita em condição suspensiva do aumento de capital em valor mínimo de R$ 200 milhões, cumpre uma das condições para a obrigação da Wishbone Management, acionista da empresa em conjunto com a Conifer Capital Management, e fundos de investimento sob gestão de suas afiliadas, de subscrever ações e eventuais sobras no contexto do aumento de capital a ser deliberado por AGE, disse a Gafisa em comunicado.

Randon (RAPT4, R$ 6,52, +2,84%)

A receita líquida consolidada de novembro da Randon foi de R$ 280,7 milhões, alta de 36,5% na comparação anual. A receita bruta total subiu 42,8% na base anual para R$ 411,4 milhões em novembro, sendo alta de 12,3% para R$ 3,82 bilhões no acumulado do ano. A receita líquida da Fras-Le subiu 13,1% na base anual em novembro para R$ 67 mi, atingindo R$ 752,3 mi no acumulado do ano, segundo outro comunicado. 

Smiles (SMLS3, R$ 72,30, -1,09%)
Depois de cair quase 4% ontem, as ações da Smiles tentaram pregão de correção hoje, mas viraram para queda durante à tarde. O movimento negativo ocorre em meio à discussão sobre o Projeto de lei 2.303/2017, do deputado Aureo (SD-RJ), que dispõe da inclusão das moedas virtuais e programas de milhagens aéreas na definição de arranjos de pagamentos sob a supervisão do Banco Central.  

Embora o projeto não seja novo – as discussões correm nos últimos anos em algumas comissões na Câmara dos Deputados -, o mercado voltou a jogar luz sobre o assunto na semana passada, quando o relator Expedito Netto (PSD-RO) publicou seus comentários preliminares sobre o texto que poderia trazer (se finalmente aprovado) alguns aspectos negativos tanto para as moedas digitais (veja aqui) quanto para as empresas do setor.

Em nota enviada a clientes, os analistas do BTG Pactual destacam os seguintes pontos negativos para os programas de milhagens: o aumento do prazo de validade dos pontos para cinco anos e uma exigência de “cash back” – dinheiro de volta ao invés de milhagens – para os pontos acumulados.

Apesar dos avanços em torno da discussão, eles comentam que ainda acham muito cedo para acreditar que o texto será aprovado no Congresso nesse formato. Vale menção que, ontem mesmo, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados discutia o projeto de lei, mas o presidente da comissão, o deputado Alexandre Valle (PR-RJ), decidiu não pautar o relatório ainda. Ele lembrou que ainda terão outras audiências para serem feitas e que quer que o assunto seja mais debatido para tentar encontrar uma solução. 

Celesc + Energias do Brasil

As ações da Celesc (CLSC4, R$ 27,00, +14,89%) disparam após a Energias do Brasil (ENBR3, R$ 13,41, -1,69%) comunicar a aquisição de uma participação na estatal de energia de Santa Catarina por R$ 230 milhões. A empresa se comprometeu a adquirir da Previ 33,1% das ações ordinárias e 1,9% das preferenciais, que juntas totalizam 14,5% do capital total da Celesc.O montante será atualizado pela variação do CDI até a data de conclusão da operação. Além disso, a Energias do Brasil pretende indicar membros para o conselho da Celesc, mas não tem intenção de alterar a composição do controle acionário da empresa.

Com a conclusão da operação, a Energias do Brasil irá lançar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para adquirir até 32% das preferenciais da Celesc em circulação no mercado, a R$ 27 por ação – um prêmio de 15% frente ao valor de fechamento da última terça-feira.

O BTG Pactual comenta que o valor pago foi bem barato, mas, apesar disso, essa é uma aquisição com muito risco pois é muito dependente de uma eventual privatização. À primeira leitura, os analistas comentam que não gostaram do anúncio e acreditam que essa também será a leitura do mercado.

A Energias do Brasil iniciou hoje às 9h30 uma conferência com analistas do mercado para dar mais detalhes da transação. 

Equatorial (EQTL3, R$ 63,88, -0,58%)
Nesta terça-feira foi cumprida a última das condições precedentes para a conclusão da operação de aquisição de ações representativas de 51% do capital social da Integração Transmissora de Energia (Intesa), disse a Equatorial Energia em comunicado.

Dentre as condições precedentes para a operação, estavam a aprovação dos termos e condições pelo Cade e pela Aneel. Com cumprimento das condições, nesta terça foram transferidas para Equatorial ações representativas de 51% do capital social da Intesa, mediante pagamento de aproximadamente R$ 277 milhões.

Tegma (TGMA3, R$ 18,80, -2,99%)

A Tegma teve o  rating elevado para B1 pela Moody’s, com perspectiva estável. A elevação de B2 para B1 reflete melhora no perfil de liquidez da empresa, fortalecimento das métricas de crédito e redução material da dívida, diz a Moody’s, em relatório divulgado nesta terça-feira.

A elevação de rating também incorpora melhora substancial na produção de automóveis no Brasil no último ano, assim como visão de que maior flexibilidade financeira da cia. vai ajudá-la a suportar potenciais volatilidades futuras no mercado automotivo brasileiro. A Moody’s espera que desempenho operacional da Tegma continue melhorando em 2018.

(Com Agência Estado)