Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta terça-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário político deve nesta terça-feira (12), em meio às incertezas sobre a aprovação da reforma da Previdência, enquanto o mercado digere a ata do Copom. Lá fora, destaque para a alta do petróleo e queda do minério de ferro, enquanto os investidores aguardam pelas reuniões de política monetária do Fed e BCE (Banco Central Europeu). Confira os destaques: 

1. Bolsas mundiais

As bolsas europeias operam praticamente estáveis, pressionadas pela queda das ações das mineradoras em vista da correção do minério de ferro na China, enquanto os investidores aguardam as reuniões de política monetária do Fed e BCE na quarta-feira (13) e quinta-feira (14), respectivamente.

No mercado de commodities, o petróleo avança após o desligamento de um dos mais importantes oleodutos do Mar do Norte após detectada uma fissura, eliminando um fornecimento significativo de um mercado já “apertado” devido aos cortes na produção liderados pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Às 8h12 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,05%

*CAC-40 (França) +0,22%

*FTSE (Reino Unido) +0,18%

*DAX (Alemanha) +0,14% 

*FTSE MIB +0,08%

*Hang Seng (Hong Kong) -0,59% (fechado)

*Xangai (China) -1,24% (fechado)

*Nikkei (Japão) -0,32% (fechado)

*Petróleo WTI +0,72%, a US$ 58,41 o barril

*Petróleo brent +0,99%, a US$ 65,33 o barril

*Bitcoin US$ 17.070 +1,79% (nas últimas 24 horas) 

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,98%, a 503 iuanes (nas últimas 24 horas)

2. Agenda de indicadores

Na agenda doméstica, destaque para a ata do Copom que foi divulgada às 8h (horário de Brasília), após o Comitê ter reduzido a Selic para a mínima histórica, em 7% ao ano, e ainda deixar espaço para cortar ainda mais os juros em 2018. Na ata, o Comitê destacou que nova redução moderada é adequada para a próxima reunião, mas a visão é mais suscetível a mudanças, destacando que o atual estágio do ciclo recomenda cautela. 

No exterior, atenção especial para os Estados Unidos, com os números de preços ao produtor de novembro às 11h30, como também ocorre o primeiro dia da reunião do Fomc que será concluída na quarta-feira, com grande expectativa de alta de juros no país, deixando o comunicado como foco de atenção dos investidores.

3. Reforma da Previdência

Com a contagem de votos estacionada em 270, Michel Temer pretende adiar para o ano que vem a votação da reforma da Previdência, segundo informações da Folha de S. Paulo. O mesmo jornal informa, contudo, que o presidente colocou nas mãos dos ministros Ricardo Barros (Saúde), Alexandre Baldy (Cidades) e Helder Barbalho (Integração Nacional) uma última cartada para tentar aprovar a reforma. O presidente pediu para que os três façam uma readequação nos orçamentos de suas pastas para abrir um espaço de R$ 3,6 bilhões em recursos a serem negociados com a base aliada na Câmara. Enquanto isso, no PSDB, embora a reforma da Previdência seja motivo de divergência no partido, o novo presidente Geraldo Alckmin disse a tucanos que está disposto a fechar questão ainda esta semana.

Em vista das incertezas, a consultoria de risco político Eurasia Group avalia ser improvável que a Previdência seja aprovada na próxima semana. A nomeação de Carlos Marun, durante o fim de semana, para um
cargo ministerial focado na negociação com o Congresso, não deve fazer grande diferença nos esforços do governo para obter votos. A Eurasia ainda reitera que o esforço contínuo para aprovar o texto até a última semana legislativa do ano deixa pouco tempo para se concentrar na aprovação do pacote fiscal do governo de 2018.

4. Enfim, o acordo

Segundo o Estadão, uma disputa de cerca de três décadas finalmente será encerrada. Representantes de poupadores e bancos chegaram a um consenso sobre o pagamento de perdas ocorridas na caderneta de poupança em função dos planos econômicos das décadas de 80 e 90. O acordo, que vinha sendo intermediado desde o ano passado pela AGU (Advocacia Geral da União), foi assinado pelas partes na noite de ontem.

Com a assinatura, o acordo depende agora apenas da homologação do Supremo Tribunal Federal para começar a valer. Os pagamentos, que ultrapassam os R$ 10 bilhões, devem começar logo após a homologação. 

5. Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário, a CVM abriu novo processo de investigação de Wesley Batista e JBS. Já na Eletrobras, o Valor informa que a Fazenda venceu a queda de braço sobre privatização e retira artigo que permitia ao governo indicar presidente do Conselho. Na BR Properties, o conselho aprovou a emissão R$ 250 milhões em debêntures, enquanto a Locamerica emitiu R$ 118 milhões em notas comerciais. A PetroRio convocou AGE para decidir sobre recompra de 1 milhão de ações e para finalizar, no radar de recomendações, a LPS Brasil foi rebaixada a ‘underperform’ pelo Itaú BBA.

(Com Agência Estado e Agência Brasil) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.