Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta sexta-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a queda da última quinta-feira (7), a sessão pode ser mais positiva para o mercado brasileiro, tanto por fatores externos quanto internos. Lá fora, o dia é de ganhos após o Congresso norte- americano ter conseguido adiar o “shutdown”, enquanto o mercado aguarda a divulgação do Relatório de Emprego dos EUA referente ao mês de novembro, além de repercutir os dados positivos da economia da China e Japão. Por aqui, a Previdência tem uma data, mas o mercado ainda monitora os avanços do governo para conseguir votos. Confira os destaques desta sexta-feira (8):

  1. 1. Bolsas mundiais

    O dia é de ânimo para a maior parte das bolsas mundiais. As ações europeias e o Dow Jones Futuro avançam após Congresso norte-americano evitar um “shutdown” do governo e com o progresso do pacote tributário de Trump. Na noite de ontem, a Câmara dos Representantes aprovou por 235 contra 193 a extensão do prazo para negociação da elevação do teto da dívida do país até 22 de dezembro, que agora segue para aprovação do Senado. Na prática, a extensão do período evita a paralisação de agências federais a partir de sábado, o que forçaria o governo norte-americano a tomar medidas extraordinárias para continuar funcionando.

Já as bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira, na esteira de indicadores econômicos encorajadores da China e do Japão, as duas maiores economias da região. A balança comercial chinesa surpreendeu positivamente em novembro, com avanços anuais de 12,3% nas exportações e de 17,7% nas importações. Analistas previam ganhos menores, de 6% e 12%, respectivamente. Os números vieram num momento de preocupações renovadas com a possibilidade de que a China desacelere no próximo ano, diante de esforços de Pequim para reduzir riscos financeiros. 

O Japão também trouxe boas notícias no campo macroeconômico. Revisão divulgada ontem à noite mostrou que o PIB (Produto Interno Bruto) japonês teve expansão anualizada de 2,5% no terceiro trimestre, bem maior do que a primeira prévia de 1,4%.

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Às 8h29 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,23%

*CAC-40 (França) +0,72%

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*FTSE (Reino Unido) +0,30%

*DAX (Alemanha) +1,30% 

*FTSE MIB +0,30%

*Hang Seng (Hong Kong) +1,19% (fechado)

*Xangai (China) +0,55% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,39% (fechado)

*Petróleo WTI +0,67%, a US$ 57,07 o barril

*Petróleo brent +0,72%, a US$ 62,65 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -1,17%, a 506,5 iuanes

2. Agenda de indicadores

Em destaque na agenda doméstica, às 9h00 (horário de Brasília), está o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro. A inflação deve desacelerar para 0,35% em novembro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após alcançar 0,42% na medição anterior.

Já às 11h30, nos EUA, atenção para o relatório de emprego de novembro, com a expectativa de criação de 195 mil novas vagas, enquanto a taxa de desemprego deve se manter em 4,1%, segundo estimativa mediana de economistas consultados pela Bloomberg. Às 13h00, serão divulgados os dados de estoques do atacado e o sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan. Mais tarde, às 23h30, teremos os dados de preços ao consumidor e ao produtor de novembro na China. 

3. Reforma da Previdência

A reforma da Previdência ganhou uma data, de acordo com o líder do governo na Câmara, o que pode animar o mercado após o movimento de aversão ao risco da véspera em meio à avaliação de que os votos não estariam assegurados. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) disse que combinou com Rodrigo Maia o início da votação em 18 de dezembro e concluir a votação na quarta-feira (20). A próxima semana será dedicada ao esforço de convencimento dos parlamentares para que o governo atinja pelo menos 320 votos – número considerado como uma margem de segurança para aprovar o texto.

Assim, o placar da previdência segue sendo monitorado pelos jornais, que também destacam as medidas do governo para a aprovação da reforma. Segundo o Valor Econômico, articuladores de Temer dizem ter hoje 296 votos assegurados, enquanto o Estadão relata que Temer estuda devolver cargos que foram tirados de aliados que votaram contra o governo nos últimos meses para garantir mais votos.

4. 2018 vem aí…

Segundo a Folha de S. Paulo, Geraldo Alckmin tentará se reaproximar do PMDB e neutralizar o apoio a uma eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fazendo uma ofensiva ao mercado financeiro. Segundo o jornal, o tucano aumentará os encontros com empresários e investidores, assim como adotará em seu discurso um tom mais voltado à economia, com a defesa de medidas de equilíbrio fiscal e de recuperação da atividade econômica.

Sobre 2018, em evento realizado ontem na Casa do Saber, em São Paulo, Luciano Huck afirmou que neste momento “é preciso encontrar uma candidatura viável de centro”, principalmente porque os candidatos que estão liderando as pesquisas não são bons. À imprensa, Huck chegou a dizer que Marina Silva e Geraldo Alckmin são bons nomes, mas disse esperar que algum outro nome, de fora de política, também entre na disputa: “tem que aparecer” – veja mais clicando aqui.

Enquanto isso, o líder das pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula, é matéria de capa da revista Veja desta semana. Segundo a publicação, em proposta de delação premiada, Antonio Palocci, afirma que o ditador líbio Muamar Kadafi (morto em 2011) repassou US$ 1 milhão à campanha do então candidato petista em 2002. A assessoria de Lula respondeu, quando procurada pela Bloomberg, que não comentará a “suposta alegação de possível delação”. 

5. Noticiário corporativo

A Braskem foi rebaixada a ’equal-weight’ pelo Morgan Stanley, enquanto a Hermes Pardini rebaixada a ’neutra’ pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 33,50. Na Kroton, Jamil Saud Marques assume como vice-presidente financeiro a partir de janeiro, enquanto na Estácio, o Globo informa que a Justiça do Trabalho suspendeu as demissões da Estácio no Rio de Janeiro. Por fim, o Bradesco pagará JCP complementar aos acionistas que soma R$ 4,82 bilhões.

(Com Agência Estado e Agência Brasil) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.