Não acredita no mercado de ações? Banco lista 5 motivos para ficar otimista em 2018

Estrategistas do Credit Suisse seguem neutros para o mercado brasileiro

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Com forte valorização este ano e renovando máxima histórica a cada mês, os principais índices de ações dos Estados Unidos refletem o otimismo dos investidores globais com o mercado de ações em 2017, movimento sustentado pela manutenção da política monetária expansionista dos principais bancos centrais do mundo, o que oferece maior atratividade para a renda variável, assim como melhores resultados corporativos. Para se ter uma ideia, até o último fechamento, o S&P 500 registra alta de 16,2%, enquanto Dow Jones e Nasdaq sobem 19,3% e 27,8%, respectivamente. Com essa forte alta, muitos investidores se perguntam: ainda há espaço para valorização em 2018? Para o Credit Suisse, ainda há upside.

Em relatório publicado nesta terça-feira (28) com cerca de 300 páginas, os estrategistas do banco de investimento suíço, liderados por Andrew Garthwalte, detalharam suas expectativas para o mercado em 2018 e seguem “overweight” (recomendação de exposição acima da média do portfólio) com as ações, prevendo, inclusive, upside de 11% para o S&P 500 no ano que vem. Esse otimismo tem como base 5 fatores:

1) cenário macroeconômico favorável: nível de investimento deve seguir forte no ano que vem, o que sustenta a expectativa de melhores resultados para as empresas;

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2) lucro seguirá forte: os estrategistas projetam crescimento de 8% para o lucro por ação das empresas de sua cobertura, com o PIB (Produto Interno Bruto) crescendo mais rápido do que os salários, em parte devido ao crescimento acelerado do investimento;

3) valuation atrativo: por conta da expectativa de melhores resultados, e, com isso, maiores lucros, os analistas tendem ajustar para cima suas projeções, o que resultará em valuations mais atrativos em 2018;

4) Liquidez abundante: apesar de ajustes pontuais, os principais bancos centrais seguirão com sua política monetária expansionista, o que, automaticamente, favorece um maior fluxo para o mercado de ações

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5) Mercado não está esticado: entre os 10 indicadores técnicos que os estrategistas monitoram, apenas de alavancagem está de fato esticado, comprovando que ainda há momentum de alta para capturar no ano que vem;

E para o Brasil?

Com relação aos mercados emergentes, mais especificamente sobre o Brasil, o banco de investimento segue com sua recomendação “neutral” (exposição em linha com a média do portfólio) para o mercado brasileiro, ao citar a forte valorização do real frente aos seus pares emergentes, assim como pelas incertezas com as eleições, que devem trazer maior turbulência ao mercado no ano que vem.

Se o cenário político não anima tanto, os estrategistas estão otimistas com o ritmo de recuperação da economia doméstica em 2018, guiada pela queda estrutural da taxa de juros e o comportamento benigno da inflação, assim como não acreditam que o valuation para as ações brasileiras está caro nos atuais níveis, mesmo após a valorização de 20% do Ibovespa este ano.